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Trabalho Sobre Autismo

Por:   •  21/12/2017  •  2.825 Palavras (12 Páginas)  •  400 Visualizações

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O pensamento autístico é subconsciente, isto é, os objetivos que prossegue e os problemas que põe a si próprio não se encontram presentes na consciência. Não se encontra adaptado à realidade externa, antes cria para si próprio uma realidade de imaginação ou sonhos. Tende, não a estabelecer verdades, mas a recompensar desejos e permanece estritamente individual e incomunicável enquanto tal, por meio da linguagem, visto que opera primordialmente por meio de imagens e, para ser comunicado, tem que recorrer a métodos indiretos, evocando, por meio de símbolos e mitos, os sentimentos que o guiam (Piaget, apud Vygotsky 1930 Pag 59-60).

Com apoio da família e professores a criança autista pode desenvolver a independência e aprender a interagir, nessa idade os pais e professores são referências.

Em São Paulo a AMA (Associação de Amigos dos Autistas) oferece tratamento gratuito e convênio com o governo estadual para pessoas com o transtorno, eles empregam a terapia comportamental. É um método de eficácia comprovado cientificamente, os principais objetivos são controlar a agressividade das crianças e proporcionar autonomia, com treinamento adequado algumas pessoas com autismo atingem um grau de independência como andar pela cidade, usar transporte coletivo, mas é importante ressaltar que o autismo é muito diversificado. Atualmente o AMA está sobrecarregado, as oportunidades de tratamento gratuito não estão ao alcance da maioria das famílias.

Atualmente, chamamos de Síndrome de Asperger, mas antigamente era chamado de psicopatia autista e transtorno esquizoide da infância, o que hoje esses termos são considerados arcaicos e imprecisos. Muitos autores não diferenciam a Síndrome Asperger do autismo e hoje é classificada dentro do que chama espectro autista.

O indivíduo com a síndrome é tido como inteligente e ambicioso, tímido, calado e muito racional e com as mesmas características do autismo, comportamentos estereotipados, dificuldades na mudança de rotina, falta de coordenação motora, porém, a Síndrome de Asperger pode inclusive apresentar talentos específicos. O nome Asperger é uma homenagem ao psiquiatra pediatra austríaca Hans Asperger, o primeiro a reconhecê-la como independente do autismo. Em relação à Síndrome, o indivíduo manifesta argumentação sofisticada e uma memória boa, tanto que Hans Asperger chamava-os de “pequenos professores”. A síndrome é diagnosticada da mesma forma que o autismo sendo importante fazer-se um diagnóstico precoce, como não se detecta nenhuma alteração orgânica ou biológica o diagnóstico tem que basear-se num conjunto de peculiaridades e comportamentos.

Os portadores da Síndrome de Asperger que chegam à vida adulta sem diagnóstico e tratamentos podem enfrentar sérias dificuldades de relacionamento.

Quando o diagnóstico é tratado o quanto antes, os portadores da Síndrome podem se tornar pessoas integradas na sociedade e ter um grande desempenho profissional, mas, vale ressaltar que sempre enfrentarão algumas dificuldades próprias de suas condições. Por isso, a inclusão em escola regular é importante para a integração dessas crianças segundo Miranda (1998).

INCLUSÃO ESCOLAR

No início dos anos 60 foi o período que surgiu a história da educação de pessoas com necessidades especiais no Brasil, foi instituída com a denominação de “educação dos excepcionais” que foi dividida em três períodos: primeiro período foi em 1854 iniciativas de caráter privado, segundo período 1957, definido por ações oficiais de âmbito nacional e terceiro período foi em 1993 caracterizado pelos movimentos em favor da inclusão escolar. O primeiro atendimento clínico foi fundado no Rio de Janeiro em 1854, chamado de pioneirismo do instituto dos meninos cegos que realizavam atendimentos direcionados as pessoas com deficiências mental, físicas e sensoriais.

Em 1957 a educação especial foi assumida pelo poder público e em 1972 foi constituído pelo MEC (Ministério de Educação e Cultura) o grupo tarefa de educação especial, esse centro atualmente é a Secretaria de Educação Especial (SEESP) que manteve as mesmas competências e estruturas.

A evolução dos serviços de educação especial visava apenas ao bem-estar da pessoa com deficiência. Em seguida, chegou às instituições de educação escolar e, depois, a integração da educação especial no sistema geral de ensino. Atualmente, muitos professores questionam com a proposta de inclusão total e incondicional desses alunos nas salas de aula do ensino regular.

Mesmo depois de muitas discussões podemos dizer que pessoas com necessidades especiais ainda sofrem com preconceitos, embora existam leis que protejam essas pessoas, como a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 LDB, (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) que foi concluída baseada no princípio do direito a educação para todos, constando no artigo 203, incisos IV e V, da Constituição Federal). Esta legislação firma a regra do atendimento diferenciado, preferencialmente na rede regular de ensino. Nessa mesma lei 9394/96 no artigo 60, temos anunciada “alternativa preferencial a ampliação do atendimento ao deficiente na própria rede pública de ensino, que ocorrera independente do apoio previsto à iniciativa privada”. Com essa lei, as instituições de ensino regulares não podem negar o atendimento às crianças com necessidades especiais.

No contexto escolar, a inclusão é algo que está em processo embora tenha a Lei de Diretrizes e Bases 94/96 que assegura a inclusão nas escolas regulares existem muitos questionamentos. Mas afinal o que seria inclusão escolar? A inclusão escolar seria incluir todas as crianças independentes de suas necessidades especiais na escola regular, o termo mais comum é a inclusão de pessoas com necessidade educacionais especiais (NEE).

A Educação é um direito de todos e deve ser orientada no sentido do pleno desenvolvimento e do fortalecimento da personalidade. O respeito aos direitos e liberdades humanas, primeiro passo para a construção da cidadania, deve ser incentivado segundo Carvalho, citado por Alonso (2013).

“Ao refletir sobre a abrangência do sentido e do significado do processo de Educação inclusiva, estamos considerando a diversidade de aprendizes e seu direito à equidade. Trata-se de equiparar oportunidades, garantindo-se a todos - inclusive às pessoas em situação de deficiência e aos de altas habilidades/superdotados, o direito de aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conviver”. (CARVALHO apud ALONSO,2013, p.46).

Muitos professores não têm informações

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