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O FAZ-DE-CONTA NA EDUCAÇÃO DA INFÂNCIA E O DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM

Por:   •  30/4/2018  •  3.643 Palavras (15 Páginas)  •  551 Visualizações

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No Segundo Período (2016/2), o curso de Pedagogia, por intermédio de seu Núcleo Docente Estruturante (NDE) elegeu a disciplina Jogos e Brinquedos na Infância para ancorar (subsidiar) as atividades práticas supervisionadas (APS).

Com isso, tem a pretensão de proporcionar aos estudantes de Pedagogia a apropriação da ludicidade, em especial da brincadeira do faz-de-conta para o desenvolvimento infantil.

A partir da análise do Plano de Ensino da disciplina Jogos e Brinquedos na Infância, verificou-se que este componente curricular permite ao docente o desenvolvimento de projetos com os alunos para estudo e análise de, entre outros, aos temas relacionados aos brinquedos, brincadeiras e o jogo simbólico na infância tomando como referência as contribuições, entre outros, de Piaget e Vigotsky.

- JUSTIFICATIVA

A escolha do tema surgiu porque temos constatado a partir de pesquisas (Kishimoto, 1995; Fortuna, 2003) e depoimentos de nossas alunas e nossos alunos que as crianças em suas brincadeiras representam vários papéis. No jogo do faz-de-conta, passam de um papel para outro, brigam, disputam brinquedos entre si, fazem as pazes e, desse modo, estão descobrindo meios de lidar com suas emoções e reorganizando seus pensamentos. Ademais, as histórias infantis também constituem boas oportunidades para que a criança entre em contato com medos, conflitos e ansiedades. Não é à toa que são eternas as histórias de lobos e madrastas malvados, bruxas com encantamentos e, por outro lado, fadas benfeitoras e crianças inocentes.

Nestes termos, entendemos que este projeto poderá ser de grande valia para a formação de nossos pedagogos e pedagogas para atuação na docência da infância. Outro aspecto importante, a nosso ver é que a Relevância Social do Curso de formação do Licenciado em Pedagogia volta-se ao desenvolvimento de sua capacidade reflexiva buscando nas teorias científicas a articulação às práticas, a partir da compreensão e da análise do todo que constitui a organização do trabalho educativo, quer em instituições públicas ou particulares, escolares ou não escolares, tendo como rumo a transformação da sociedade. Mesmo porque acreditamos que “é necessário que o educador insira o brincar em um projeto educativo, o que supõe intencionalidade, ou seja, ter objetivos e consciência da importância de sua ação em relação ao desenvolvimento e à aprendizagem infantis” (FORTUNA, 2003, p.45).

Parte do pressuposto que a relevância da formação do licenciado em Pedagogia deve-se ao desenvolvimento de sua capacidade reflexiva ao buscar nas teorias científicas a articulação às práticas, tanto na perspectiva da docência como na formação do profissional da educação de suporte pedagógico, o cenário enseja atenção aos espaços da educação escolar e não escolar, cuidando-se, entretanto, para não ocorrer fragmentação do curso.

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OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

Realizar o trabalho de atividades pratica supervisionado, (APS) destinada pela universidade paulista (UNIP).

3.2 Objetivos Específicos

- Analisar os aspectos cognitivos envolvidos no processo de faz de conta.

- Relatar a brincadeira de uma criança em seu momento lúdico.

- Relacionar a teoria do brincar com as práticas realizadas pela crianças.

- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

- A brincadeira do faz de conta

A brincadeira por si só é importante em todas as idades/fases da criança em seu processo de desenvolvimento, pois é nesse momento que a mesma pode ser quem quiser, e fazer com que aquilo que te angostie seja liberado, é o momento onde ela pode enfrentar seus medos e descobrir seus limites. Segundo Kishimoto (2007), o brinquedo estimula a representação, a expressão de imagens que evocam aspectos da realidade, já o jogo explicitamente ou implicitamente determina o desempenho de certas habilidades definidas por uma estrutura pré-determinada no objeto em si e em suas regras. Para a autora a brincadeira é a ação que a criança desempenha ao realizar as regras do jogo, ao ir fundo, ao se envolver completamente na ação lúdica. É o lúdico em ação. Assim, o brinquedo e a brincadeira se relacionam estreitamente com a criança e não se confundem com o jogo.

Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI), referindo-se ao brincar assim encontramos:

Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia. O fato de as crianças, desde muito cedo poder se comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde representar determinado papel na brincadeira faz com que ela desenvolva sua imaginação. Nas brincadeiras as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação. (BRASIL, 1998, v. 2, p. 22).

Para Kishimoto (2002), com a repetição da brincadeira juntamente com a participação de um adulto, a criança descobre a regra, ou seja, a seqüência de ações que compõem a modalidade da brincadeira e não só a repete, mas toma a iniciativa, altera sua seqüência ou introduz novos elementos. Assim ela demonstra ter domínio das regras da brincadeira além de uma boa capacidade criativa.

Gilles Brougère (2001) chama a atenção do leitor para os aspectos culturais e sociais envolvidos na brincadeira na tentativa de romper com o mito de que a brincadeira é natural na criança.

Trataremos aqui da brincadeira humana que supõe contexto social e cultural. É preciso, efetivamente, romper com o mito da brincadeira natural. A criança está inserida, desde o seu nascimento, num contexto social e seus comportamentos estão impregnados por essa imersão inevitável. Não existe na criança uma brincadeira natural. A brincadeira é um processo de relações interindividuais, portanto de cultura. É preciso partir dos elementos que ela vai encontrar em seu ambiente imediato, em parte estruturado por seu meio, para se adaptar às suas capacidades. A brincadeira pressupõe uma aprendizagem social. (BROUGÈRE, 2001, p. 97).

A brincadeira do faz-de-conta transmite para as crianças estímulos do meio social em que está vivendo, fazendo com que elas imitem as pessoas e transformem

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