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Mini-estudo - “A avaliação do aprendiz em EAD”

Por:   •  19/10/2017  •  1.536 Palavras (7 Páginas)  •  444 Visualizações

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Diante destas considerações e embasados pelos comentários do autor, entendemos que há de fato uma necessidade de se rever e aperfeiçoar os métodos avaliativos em EAD, pois ela exige um novo enfoque ao se considerar as necessidades de cada aluno enquanto indivíduo.

Conforme as afirmações de Polak (2009), a avaliação em EAD deve ser pautada em um processo dinâmico, aberto e contextualizado, que ocorre em um determinado espaço de tempo, não sendo uma ação pontual e isolada. “[...] Destaca-se que a estrutura conceitual da avaliação em EAD não se modifica, o que altera são as circunstâncias: o momento – quando avaliar; as funções – por que avaliar; os conteúdos – o que avaliar; os procedimentos e as ferramentas – como avaliar; os agentes – quem avalia [...]” (POLAK, in. LITTO; FORMIGA, 2009, p. 154).

Quando abordamos o tema avaliação, tanto no ensino presencial quanto no a distância, podemos dividi-la em três modalidades, como demonstra Polak (2009), sendo elas: somativa, diagnóstica e formativa. De acordo com as definições demonstradas pelo autor, a primeira teria o propósito de classificar o aluno, atribuindo-lhe uma nota; a segunda não seria mensurável em termos de nota, mas seria importante para se conhecer o grau de edubilidade cognitiva do aluno. Por fim, a formativa possuiria várias classificações, utilizando diversos instrumentos e buscando os o aperfeiçoamento do processo de ensino e aprendizagem. Sob a perspectiva de Polak (2009) a última seria a “[...] modalidade de avaliação mais significativa para a EAD, na qual se procura o aprendizado do aluno, ajudando-o em sua trajetória em busca do conhecimento e no modo como serão usados seus resultados [...]” (POLAK, in. LITTO; FORMIGA, 2009, p. 154).

O autor chama a atenção para o fato de que a avaliação formativa também pode ser classificada de diversas formas, como participativa, autoavaliativa, avaliativa interpares, motivadora e processual.

[...] A avaliação formativa em EAD é processual, contínua e on-line, e possibilita a identificação do aluno com aquilo que faz, com o que busca nos ambientes virtuais de aprendizagem individualmente ou em grupo, permitindo também o seu acompanhamento no ambiente virtual de aprendizagem [...] (POLAK, in. LITTO; FORMIGA, 2009, p. 154).

Este nosso debate apenas se torna possível se levarmos em consideração outras abordagens como aquelas baseadas no construtivistamo. Polak (2009) nos atenta para isto ao comentar sobre esta teoria do aprendizado que configura, na verdade, uma estratégia para a educação. Segundo ele, o método compartilha a ideia de que o desenvolvimento cognitivo é um “[...] processor ativo de construção e reconstrução das estruturas mentais, no qual o conhecimento não pode ser simplesmente transmitido do professor para o aluno [...]” (POLAK, in. LITTO; FORMIGA, 2009, p. 155).

Se pararmos para refletir acerca destes conceitos, de forma isolada ou integrada, podemos constatar que a avaliação do aluno em EAD deve ser feita continuamente. Nossa visão vai ao encontro do que Polak (2009) pondera ao afirmar que há, sem dúvida, a necessidade do estabelecimento de etapas predefinidas e socializadas, de forma que o aluno tenha ciência de como, quando e por quem será avaliado. “[...] A socialização prévia dos critérios de avaliação minimiza o poder do avaliador, desmistifica a avaliação e torna o processo avaliativo natural e inerente ao processo ensino-aprendizagem [...]” (POLAK, in. LITTO; FORMIGA, 2009, p. 155). Desta forma, diminuem-se as incertezas e inseguranças dos alunos no momento em que serão avaliados.

Além disso, é valido ponderar também acerca dos modelos e ferramentas mais utilizados na avalição on-line. Sob a ótica de Polak (2009), a avaliação em EAD é feita em momentos presenciais e on-line. No entanto, há de se ter um cuidado especial para que este último fato não nos induza a reproduzir o modelo de avaliação do ensino presencial no EAD. Com o respaldo teórico de Rodrigues (2002), Polak (2009) argumenta que ao se fazer uma comparação entre os modelos de avaliação para educação a distância, pode-se concluir que existem poucos modelos de avaliação que oferecem as funcionalidades necessárias a um ambiente de EAD; “[...] várias ferramentas são fechadas e não possibilitam a interatividade desejada, e em sua maioria, possibilitam a avaliação somativa; a avaliação informal deve ser complemento da forma, e não sua substituta [...]” (POLAK, in. LITTO; FORMIGA, 2009, p. 155).

Diante deste breve cenário que pudemos avaliar de forma superficial, podemos concluir que, conforme o que foi exposto pelo autor, a avaliação do processo ensino-aprendizagem em EAD é de extrema relevância, pois propicia feedback ao aluno, ao docente e ao sistema, oportunizando redirecionamentos necessários.

Além disso, Polak (2009) chama a atenção para a necessidade de propostas inovadoras de avaliação que contemplem os aspectos formais e informais no processo, com o intuito de assegurar uma avaliação integral. Não por acaso, o autor aponta a necessidade de maiores investimentos em pesquisa na área, tanto em termos pedagógicos, quanto em termos tecnológicos para que a “[...] avaliação seja um juízo de valor norteador da tomada de decisão [...]” (POLAK,

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