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Ficha de leitura: Pedagogia do oprimido

Por:   •  7/11/2018  •  1.290 Palavras (6 Páginas)  •  471 Visualizações

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Sobre os temas geradores, Freire relata que o momento deste buscar é o que inaugura o diálogo da educação como prática da liberdade. É o momento em que se realiza a investigação do que chamamos de universo temático. O que se pretende investigar realmente, não são os homens, como se fossem peças anatômicas, mas o seu pensamento-linguagem referido à realidade, os níveis de sua percepção desta realidade, a sua visão de mundo [...]. (p. 101).

A investigação do tema gerador, que se encontra contido no “universo temático mínimo” (os temas geradores em interação), se realizada por meio de uma metodologia conscientizadora, além de nos possibilitar sua apreensão, insere ou começa a inserir os homens numa forma crítica de pensarem seu mundo. (p.112).

Nas etapas da descodificação, o autor nos diz que, estarão os homens exteriorizando sua visão do mundo, sua forma de pensá-lo, sua percepção fatalista das “situações-limites”, sua percepção estática ou dinâmica da realidade. (p.113). E nesta forma expressada de pensar o mundo fatalistamente, de pensá-lo dinâmica ou estaticamente, na maneira como realizam seu enfrentamento com o mundo, se encontram envolvidos seus “temas geradores”. (p.114).

Ainda sobre o tema gerador, Freire enfatiza que é investigar, o pensar dos homens referido à realidade, é investigar seu atuar sobre a realidade, que é sua práxis. (p.114). Quanto mais assumam os homens uma postura ativa na investigação de sua temática, tanto mais aprofundam a sua tomada de consciência em torno da realidade e, explicitando sua temática significativa, se apropriam dela. (p.114).

Do ponto de vista do investigador importa, na análise que faz no processo da investigação, detectar o ponto de partida dos homens no seu modo de visualizar a objetividade, verificando-se, durante o processo, se observou ou não alguma transformação no seu modo de perceber a realidade. (p.115). A investigação temática se faz, assim, um esforço comum de consciência da realidade e de autoconsciência, que a inscreve como ponto de partida do processo educativo, ou da ação cultural de caráter libertador. (p.115). Como também, um processo de busca, de conhecimento, por isto tudo, de criação, exige de seus sujeitos que vão descobrindo, no encadeamento dos temas significativos, a interpenetração dos problemas. (p.116).

Freire enfatiza que a investigação do pensar do povo não pode ser feita sem o povo, mas com ele, como sujeito de seu pensar. E se seu pensar é mágico ou ingênuo, será pensado o seu pensar, na ação, que ele mesmo se superará. E a superação no se faz no ato de consumir ideias, mas no de produzi-las e de transformá-las na ação e na comunicação. (p.117).

Sobre a teoria antidialógica Freire nos diz que as massas são objetos que incidem a ação da conquista e na teoria dialógica são sujeitos a quem cabe conquistar o mundo. (p.193). Ou seja, no primeiro caso, cada vez mais se alienam, no segundo, transformam o mundo para a liberdade dos homens. (p.194).

Considerações sobre o pesquisador-aluno: o livro de Freire aborda vários aspectos para compreendermos sobre a educação problematizadora, instigando o diálogo, o amor e suas relações. Penso que através do diálogo e do amor e partindo da realidade de cada educando atribuímos uma relação de confiança entre docente e discente, fazendo com que suas aprendizagens tenham significado para sua vida. Como também, devemos tornar o ensino problematizador e intencional com o objetivo dos educandos perceberem suas realidades tornando-os conscientes, críticos e autônomos, resultando num processo de libertação e tornando sujeitos de sua própria cultura.

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