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FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO

Por:   •  15/2/2018  •  2.633 Palavras (11 Páginas)  •  293 Visualizações

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• Que tipos de competências e conteúdos são centrais no ensino da filosofia?

A filosofia não é uma disciplina, como a história ou a física. É uma disciplina a priori ou que se faz pelo pensamento apenas. Não usamos laboratórios, estatísticas, observações telescópicas ou microscópicas. Neste aspecto, a filosofia está mais próxima da matemática, que é também uma disciplina a priori.

Novas perspectivas para a educação no século XXI

Ao se falar de educação nos dias de hoje, muitas perguntas surgem sobre o futuro. Das metodologias utilizadas aos fins que se aguardam. Como é a educação que se vive no Brasil e qual sua finalidade?

As respostas teoricamente são boas, afirmativas, no sentido de um modelo educacional inclusivo, que auxilie o sujeito em sua formação intelectual e moral.

Infelizmente a realidade é bem diferente, pois a teoria quase nunca se torna prática, e quando ocorre ainda esbarra em alguma lacuna da sociedade que não foi englobada no contexto.

Numa sociedade com grandes diferenças sociais, como é a nossa, muitas visões dessa educação que se espera ter, é ilusão.

Para que ocorram mudanças no mundo, as pessoas precisam mudar; seu pensamento, suas atitudes e sua maneira de entender as situações que a rodeiam.

Através de uma educação mais humana- sem traços maquiados do autoritarismo, da coletividade para um bem maior, podemos alcançar melhores formas de viver em sociedade.

A mercantilização da educação é um dos desafios mais decisivos da história atual,

porque ela sobre valoriza o econômico em detrimento do humano. Só uma

educação emancipadora poderá inverter essa lógica, através da formação para a

consciência crítica e para a desalienação. Educar para outro mundo possível é

educar para a qualidade humana para além do capital (István Mészáros).

A realidade do ensino no país é reflexo da busca do sistema por atender suas prioridades. Uma educação com bases tradicionais na aplicação de seus conteúdos, que não almeja um cidadão crítico, reflexivo e sim mão de obra para o mercado de trabalho.

È preciso uma educação aberta aos novos paradigmas da sociedade, que não permita que a produção de bens supere as necessidades humanas, morais e sociais do indivíduo.

Hoje, o homem é colocado de lado como pessoa. Tenta-se por meio do consumismo, alienar o sujeito sobre seus valores e direitos.

Por outro lado, há sim uma pequena parte da sociedade que vive a educação de forma diferente. Uma educação também movida por fins, que não os dos próprios alunos, mas de um poder que precisa mostrar-se preocupado com a questão, ou por pessoas que acreditam que é pela educação que o mundo realmente poderá ser transformado.

Dessa educação surgem os poucos preparados para efetivamente mudar alguma coisa em relação a atual situação do ensino.

Para que o mundo se torne um lugar mais justo, digno e igualitário é preciso pensar e repensar certos padrões que a sociedade segue. Como educadores pais e cidadãos é nosso dever caminhar para que isso aconteça, e sem dúvidas, a educação é o primeiro passo.

A indústria cultural interfere na realidade da educação contemporânea

A educação não sofre influência somente política nos dia de hoje. Na verdade o fenômeno: indústria cultural já vem modificando o ambiente escolar há décadas.

Em 1947 no livro A Dialética do Esclarecimento, o autor Theodor Adorno (1903-1969) queria entender a lógica da burguesia industrial para defender mudanças na estrutura social e, com esse propósito, acabou entrando no terreno da Pedagogia - apesar de não ser considerado por especialistas como um teórico da área.

Ele criticava a indústria cultural por acreditar que ela prejudicava a capacidade humana de agir com autonomia. A consciência humana era dominada pela comercialização e banalização dos bens culturais. Á esse processo foi dado o nome de semiformação.

A crítica de Adorno á escola se dá ao fato de a educação ter se afastado de seu objetivo essencial, que é promover o domínio pleno do conhecimento e a capacidade de reflexão, tornando-se um simples instrumento a serviço da indústria cultural.

Ao perder esses valores, foram anulados o desenvolvimento da autorreflexão e a da autonomia humana, o que resulta na deformação da consciência.

Hoje a indústria cultural está presente também de forma pedagógica, através de materiais didáticos de conteúdos fechados, sem espaço para intervenções do docente. Dessa forma o professor apresenta apenas o que se apresenta no livro, sem maiores questionamentos e aberturas para críticas ou debates. Então ocorre a deformação da consciência, como acreditava Adorno.

Em algumas escolas o aluno deixa de ler uma obra literária completa, fazendo uso apenas de trechos decorados para responder questões sobre o texto. Assim banaliza o conhecimento e não estimula o raciocínio. Em seu texto "Educação e emancipação", Adorno (1995) adverte-nos quanto à necessidade de mantermos uma postura crítica permanente e vai além, tentando despertar os educadores para os efeitos negativos de um processo educacional que visa apenas passar informações aos alunos sem lhes permitir um conhecimento histórico e político em que esta educação está se concretizando. Para ele "quanto mais a educação procura se fechar ao seu condicionamento social, tanto mais ela se converte em mera presa da situação social existente" (p. 11).

Para finalizar temos ainda o consumismo incitado nas crianças pela mídia, onde promovem a uma importância maior os materiais escolares que recebem a caracterização de personagens e pessoas famosas. Deixando de lado a real utilidade do produto, essa forma de consumir causa alienação e o sujeito passa a não questionar mais se precisa ou não do que está adquirindo.

O círculo se completa com a educação para mão de obra, não se desenvolve o raciocínio para chegar ao conhecimento, cidadão que produz sem se questionar sobre seus próprios valores e por fim consome o que é produzido para compensar

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