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A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE PARA A EDUCAÇÃO DE CORPO INTEIRO

Por:   •  15/8/2018  •  2.832 Palavras (12 Páginas)  •  230 Visualizações

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[...] Com a constatação de que as características das pessoas

São definidas de maneira conceitual e operacional, sem refe-

ciar as questões do ambiente ou considerar as características

culturais relativas a cada pessoa.(Krebs,1997, p.16)

Fora da escola não precisamos nos isolar para aprender, o que então justifica a postura da escola de isolar os alunos? Se tivermos de formar cidadãos do mundo, para viver em sociedade, coletivamente, a atitude de agir só não pode estar de acordo com a atitude de agir cooperativamente.

Por mais que queira separar o ato humano do contexto de sua existência, para efeitos didáticos como se diz uma breve repassada pela história nos mostra que não será nosso esforço pedagógico apenas se definem os padrões de movimento, mas sim pelo esforço de adaptação da espécie humana ao mundo e pela incessante construção de uma cultura.

De modo geral, pode se dizer, que ao nascer, a criança é caracterizada por uma atividade do tipo automática, reflexa que lhe permite receber vários alimentos para sobreviver, além de formar e desenvolver recursos vitais. Com o tempo, a criança constrói mecanismos motores sólidos e sofisticados que lhes permitem entrar em contato com muitas das coisas que existem para se conhecer. Isso, porém, não a satisfaz. Como sua curiosidade não para, a criança que ir mais longe, mais a fundo.

Alguma coisa de muito diferente começa a acontecer, uma função espetacular que só distingue a espécie humana começa a se mobilizar. A maturação biológica coloca à disposição dos seres um recurso que define, na terra, uma espécie diferente: o símbolo. Uma vez tendo acesso ao símbolo, a criança começa a representar mentalmente as ações que vive no mundo, essas representações mentais são construções que exigem coordenações semelhantes às que garantem as condutas motoras.

A criança demonstra que começou a pensar quando inicia conosco uma comunicação em linguagem verbal, social. Nessa nova etapa, a criança penetra num mundo de fantasia, do faz- de- conta. Conhece coisas que nós, adultos, já vivemos e esquecemos.

Quanto ao aspecto motor, os esquemas já construídos continuarão a se desenvolver em termos qualitativos: novos arranjos, novas combinações se processam entre eles, e o que vemos é uma criança que corre mais veloz, salta mais longe, tem mais equilíbrio, e assim por diante.

Se tivermos essas habilidades natas, então, porque não as utilizar como recursos de aprendizagem? A relutância em reconhecer o caráter pedagógico do lúdico, especialmente quando aplicados a criança, só se justifica pela crença- fundamentada mais na tradição do que na confirmação científica- de que o conhecimento se refere a um número limitado de conteúdos disciplinares, geralmente mais identificados com informações do que com conhecimentos práticos.

Tivéssemos olhos mais abertos para enxergar certas brincadeiras infantis, nossa arrogância intelectual certamente seria menor. A fina ironia das crianças, quando brincam de escolinha, certamente possui um caráter formador bem mais consequente que as informações maçantes de certas aulas. Negar que, ao fazer tal brincadeira, as crianças não aprendem, é deixar-se cegar por uma arrogância injustificável.

Objetivos.

Objetivo Geral:

Entender que corpo e mente são componentes que integram o mesmo organismo, dando oportunidade ao educador de compreender o significado e a importância das atividades lúdicas para o desenvolvimento da criança, ajudando a formar cidadãos críticos e participativos.

Objetivos específicos:

- Averiguar como as atividades lúdicas podem propiciar vários recursos pedagógicos;

- Repetir, de forma mais aprofundada, brincadeiras já conhecidas;

- Desenvolver atividades lúdicas de sensibilização corporal;

- Orientar e incentivar habilidades sociais, de manipulação, afetivos, intelectuais, perceptivos e simbólicos.

Metodologia:

Com base no exposto, base em nossas observações, pesquisas e conhecimentos prévios resolvemos trabalhar num projeto que envolve a ludicidade para a educação de corpo inteiro, este projeto foi realizado no Colégio Municipal Professora Maria Ângela Moreira Pinto, situado à Rua Tupiniquins,392,São Francisco-Niterói-RJ, e tem por objetivo de inserir a ludicidade como processo educativo, demonstrando que o lúdico é indispensável no desenvolvimento da criança, mostrar que corpo e mente devem ser entendidos como componentes que integram um único organismo e, tentar acabar com a concepção de que a escola só deve mobilizar a mente e o corpo ficar reduzido a um estorvo que, quanto mais quieto estiver, menos atrapalhará.

O foco deste projeto volta-se a crianças do primeiro ao quinto ano, sendo esta uma fase que merece atenção especial por parte dos adultos, porque a grande preocupação dos professores, especialmente no final da Educação Infantil, em antecipar a alfabetização da criança, reduzindo seus espaços de brincar. Diante dessa realidade, sentiu-se a necessidade de aprofundar estudos na área.

O que podemos pensar sobre as palavras acima? É preocupante o fato de que as crianças possam estar perdendo um tempo precioso que é a infância, o tempo de brincar, para realizar atividades que envolvem somente a alfabetização. É preciso que os educadores trabalhem mais as brincadeiras, os jogos, a coordenação motora, realizando um trabalho pedagógico mais centrado na infância, em suas especificidades, beneficiando as crianças e contribuindo para uma formação que as considere como sujeitos relevantes do processo de aprendizagem.

No contexto, observarmos as atividades desenvolvidas dentro da sala de aula, através do lúdico, brincadeiras e brinquedos disponibilizados para as crianças nessa faixa etária. Durante o desenvolvimento, foi possível identificar e reconhecer se os educadores estão preparados e conscientes da importância de trabalhar o brincar dentro da sala de aula. A pesquisa partiu da realidade concreta do dia-a-dia dos próprios participantes e de suas experiências reais. Assim, foi possível desenvolver um trabalho contextualizando os processos, as estruturas, as organizações e os diferentes sujeitos, ou seja, as crianças,

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