O olhos não vê o corpo sentem
Por: Carolina234 • 13/12/2017 • 4.015 Palavras (17 Páginas) • 434 Visualizações
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Entretanto, no contexto da Educação Física escolar em que alunos com deficiência fazem parte quase sempre a dança não e trabalhada, por muitas vezes não está no plano de ensino do professor, por achar que os alunos terão uma difícil aceitação por se tratar de dança, isso é muito frequente no gênero masculino, pois a sociedade ainda é muito preconceituosa e tem o pensamento de que homem que dança é ou pode ser homossexual ou ate mesmo os professores não estão preparados para trabalhar dança com deficientes em suas aulas.
E porque não levar a dança para as aulas de Educação Física e mais ainda por que não possibilitar a dança para alunos com deficiência e para alunos ditos normais? Estudos científicos desenvolvidos por. Santos (1996, p. 78); Freud (1976, p. 288), Lakoff e Johnson (1999) comprovam que essas pessoas especiais podem ter seu comportamento e desempenho influenciado e melhorado através da dança.
Como postula os PCN’s de Educação física a dança é um conteúdo tão importante quanto qualquer outro da grade curricular da Educação Física, pois melhora o convívio entre alunos, trabalha a coordenação motora, influência a liberdade de expressão, emoção, razão, desperta a criatividade e melhora a postura corporal, entre outros inúmeros benefícios.
Assim sendo, praticar a dança, possibilita a superação de limites impostos pelas deficiências e com o próprio corpo, ela promove a melhoria do equilíbrio e da locomoção da socialização, da realização pessoal e propicia uma vida ativa, além disso, a dança aumenta a compreensão da noção de espaço temporal e a noção de consciência corporal pela concretização da imagem de si mesmo, podendo ser espaço de descobertas e consolidação de novos padrões motores que possibilitam novas aprendizagens e a aquisição da autonomia.
Desta forma, o referido estudo tem como pergunta problematizadora: De que forma a dança pode contribuir para a inclusão de alunos com deficiência visual nas aulas de Educação Física?
4 JUSTIFICATIVA:
A importância de se trabalhar a dança para o deficiente visual, é a partir da necessidade de trabalhar a socialização o respeito e os valores éticos entre os alunos na escola para auxiliar na construção da cidadania desses sujeitos.
Segundo o IBGE quando o assunto é Educação, apenas entre 20% a 30% das crianças com deficiência visual estão matriculadas na escola, quanto às contribuições da dança para pessoas com deficiência, para Ramos e Noronha (2006) é notável que sua aplicação valorize as potencialidades expressivas dos alunos e melhora suas fragilidades biológicas de diversas formas: através do restabelecimento físico emocional, melhora do suporte psicológico e social, redução da ansiedade, da depressão, do comportamento agressivo, melhora da autoestima, desenvolvimento motor e cognitivo e, principalmente, aperfeiçoa as hipóteses iniciais.
Com base nos estudos de Ramos e Noronha (2006), a dança na escola introduz aos alunos um novo conhecimento teórico-prático, o qual proporciona o desenvolvimento de um potencial criativo, de habilidades motoras e cognitivas, da percepção, da consciência corporal; valorização da expressão e compreensão do mundo por meio da estética dos movimentos; superação e desmistificação dos preconceitos em relação às danças, bem como às diversas culturas, através de reflexão, pesquisa e discussões em grupos; desenvolvimento do convívio em grupo e em sociedade a partir da constante interação que promove seu bem estar.
Dessa forma, é possível divulgar a importância da dança como componente intrínseco do currículo escolar. Tolocka (2006) ressalta que atualmente a dança promove a reflexão crítica, denuncia as desigualdades sociais e desvantagens das ações que marginalizam os seres humanos, com a finalidade de revelar novos valores e significados, de estar junto com as diferenças e assumir sua própria diferença frente aos outros.
A dança é exaltada como possibilidades de movimentos que não se limitam a corpos, formas ou técnicas perfeitas, mas como um meio de comunicação, transmissão de ideias, de fala e expressão das diferenças. Almeida (2010) articula que é por meio da corporeidade que as pessoas apreendem o espaço, sendo que, o ambiente afeta o corpo e proporciona o conhecimento sensível e subjetivo da realidade, assim, a movimentação criativa no espaço torna-se elemento fundamental para a compreensão do mundo e do próprio ser.
Diante disto Marques (2010) aponta, na perspectiva da “dança sem limites”, que se deve buscar uma forma de ensino, visando despertar o senso criativo do aluno no ambiente em que ele se insere e observar o seu processo criativo.
Com base em vários autores citados podemos ver como é importante levar a dança para as aulas de Educação Física e mais ainda para as crianças com deficiência visual, possibilitando uma aprendizagem mais ampla e diversificada, tendo assim o respeito dos demais alunos e respeito consigo mesmo e com sua condição encontrada.
5 OBJETIVOS:
5.1 Geral:
- Analisar de que forma a dança pode contribuir para a inclusão de alunos com deficiência visual nas aulas de Educação Física;
- Específicos:
- Promover as relações entre os alunos na escola para proporcionar um espaço Escolar agradável para o aprendizado
- Favorecer as habilidades da dança aos alunos com deficiência visual
- Demonstrar a capacidade do aluno com deficiência para realizar a arte da dança
6 REVISÃO DE LITERATURA
6.1 A Dança enquanto elemento da cultura corporal
Dança é a arte de se movimentar expressivamente o corpo seguindo movimentos ritmados, em geral ao som da música, dança pode ser também uma criação individual ou coletiva baseado no corpo e nos movimentos funcionais e na cultura que o ser humano possui.
Segundo Nani (1998) a dança é como uma arte que significa expressão gestual e facial através de movimentos corporais, emoções sentidas a partir de determinado estado de espirito.
Para Laban (1978), a dança é um dos meios através do qual todos os povos expressam sua cultura, sua relação com a natureza e com os homens.
A dança faz parte do elemento
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