A DIVERSIDADE CULTULRAL E RELIGIOSA NO BRASIL

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essencial para a formação da sociedade brasileira, levando para salas de aulas conteúdos que os preparassem para vida e a sociologia era fundamental para alavancar este desenvolvimento.

Essa modernização deveria criar sistemas escolares propicio para o momento vivido, mas não deveria deixar esquecidos os valores sociais, políticos, culturais ou sociais já existentes.

Objetivando a preparação do homem para atuar na sociedade de uma forma geral, para futuramente prepará-los para outras funções específicas.

Florestan Fernandes, assim como Fernando de Azevedo, defendia o ensino publico para todos, e aproveitando-se das mesmas linhas de pensamento de Azevedo, buscava em seu manifesto ênfase na inserção da sociologia na educação brasileira.

Pautando-se nas ciências sociais para que o homem pudesse compreender a sociedade em que vivia.

Salientava que o ensino no Brasil estava mal organizado e os professores mal preparados para época, destacando o descaso do governo, pois este não estava dando a atenção merecida à educação.

Em conseqüência deste descaso estávamos vivendo um ensino publico precário e sem qualidade.

Em seu Manifesto dos Educadores (1959) a qual Fernando de Azevedo também fizera parte, Florestan Fernandes buscava o desenvolvimento da educação e a democratização do país, acreditava que para o sucesso dessa democratização o ensino e as oportunidades educacionais deveriam ser proporcionais no país e expansiva a todos os níveis da educação.

A educação para Florestan era vista como principal meio de transformação do homem, que por sua vez deveria ter consciência do seu papel de cidadão para entender seu valor social.

Para ele, a sociologia poderia ser usada para investigação dessas transformações sociais, acreditando em uma escola fundamentada em métodos científicos visando à formação completa dos alunos.

Florestan Fernandes julgava que para desenvolver-se econômica e socialmente era preciso que o povo brasileiro se educasse popularmente.

Ao avaliarmos Florestan Fernandes e Fernando de Azevedo, é possível ver que ambos lutavam pelos mesmos ideais de educação, cada um a sua maneira, eles buscavam na sociologia uma maneira de revolucionar a educação e a sociedade, com pensamentos parecidos, mas idéias diferentes devido as suas influências teóricas.

Enquanto Azevedo tinha relação com os pensamentos de Durkheim, Florestan tinha suas bases fundadas no marxismo.

Podemos considerar que apesar da luta desses e de outros sociólogos, da época e também da atualidade os problemas em si não foram solucionados, pelo contrario muitos até se agravaram por causa da demora em solucioná-lo.

O governo que tem o papel importante de reformular a educação não demonstra interesse no assunto até porque é mais confortável para eles ter uma sociedade mal instruída e desinformada para próprio usufruto.

Como podemos perceber ao longo dessas duas reflexões, Max Weber com sua Ascese Protestante acreditava no crescimento e evolução do homem e da sociedade através do seu trabalho, pois assim conseguiriam se consolidar socialmente, enquanto para Florestan Fernandes e Fernando de Azevedo, tal crescimento só seria possível através da educação.

Referencias

WEBER, MAX. "Ascese e capitalismo" (cap. 2, parte II). In: WEBER, Max. A ética protestante e o ’espírito’ do capitalismo. Tradução de José Marcos Mariani de Macedo. Revisão técnica, edição de texto, apresentação, glossário, correspondência vocabular e índice remissivo de Antônio Flávio Pierucci. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

MELO1, Cristiane Silva/MACHADO, Maria Cristina Gomes, Sociedade e Educação na perspectiva de Fernando de Azevedo e Florestan Fernandes. CALEGARI-FALCO APARECIDA Meire.(Org.). Sociologia da Educação: Múltiplos Olhares. 2. ed. rev. e ampl. Maringá: Eduem. 2009.(Formação de Professores- EaD, V. 9), p.133 á p. 151.