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A ALFABETIZAÇÃO E LINGUAGEM

Por:   •  1/5/2018  •  4.724 Palavras (19 Páginas)  •  354 Visualizações

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- DESENVOLVIMENTO

- A visão de ambiente alfabetizador

Houve um tempo em que se garantia que para aprender ler e escrever bastava expor os alunos a um ambiente com cartazes, textos, famílias silábicas, Mantendo as paredes decoradas com, palavras chaves das lições das cartilhas, rótulos nos móveis, letras de cantigas populares valorizava o ambiente, crendo que esse espaço repleto de imagens seria eficaz e suficiente para uma boa aprendizagem.

Um ambiente não será alfabetizador por conta dos materiais dispostos nas paredes, mas sim, pela forma que conduzimos as participações voltadas para a leitura e escritas.

Assegurava-se que a “leitura incidental” dos escritos colados nas paredes faria com que os alunos, pela exposição constante, aprendessem a ler e a escrever.

Se isso significasse verdade, nas grandes cidades importantes não haveria analfabetos dados à quantidade de textos verbais impressos aos quais os sujeitos estão expostos diariamente.

Qual seria, então, o equívoco dessa percepção?

O ponto básico está centrado no seguinte fato: não é a simples exposição ao escrito que faz com que se compreenda o sistema de escrita, mas a participação em práticas de leitura e escrita, nas quais se pode notar um leitor e escritor proficiente lendo e escrevendo, a quem se pode indagar sobre as práticas de linguagem, e que pode informar sobre a escrita e o escrito.

- A escola como ambiente alfabetizador

Nós já nascemos em um ambiente com diversidades de cores, sons, um ambiente alfabetizador, e está na escola a possibilidade de preparar esses conhecimentos e transforma-los em aprendizagens.

Escola asseada, bem mantida e abastecida, com espaços adequados, equipe empenhada e comunidade atuante em seu dia-a-dia. Juntos esses fatores são parte do que se compreende por uma boa escola. O que nem sempre fica claro entre os integrantes do grupo, contudo, é o objetivo primordial de buscar um ambiente como esse: apresentar condições para que as crianças, de fato, aprendam. Para que a gestão escolar seja próspera, cada medida adotada deve considerar esse princípio, funcionando como um verdadeiro filtro para todas as ações.

De acordo com Maria Fernandes (2008) o espaço alfabetizador, desde o inicio do ano letivo deve possibilitar uma organização pedagógica que facilite a aprendizagem dos alunos com um ambiente estimulador, onde elas possam pesquisar e expressar suas aprendizagens diversificadas.

O espaço escolar precisa proporcionar consonância e funcionalidade, não apenas para os alunos, mas para todos que fazem parte da instituição escolar de forma direta ou indireta. O que ocorre é que na maioria das vezes quando se aborda a preparo do espaço pedagógico o que vem em mente é as crianças da Educação Infantil, o importante é que, apesar delas precisarem de um espaço maior, os demais trabalhadores precisam se sentir à vontade para exercer seus afazeres de forma considerada.

Segundo (Weisz, p.1) é preciso tomar cuidado com a expressão ambiente alfabetizador, muitos com a melhor das intenções confunde a ideia. Não basta encher a classe com coisas escritas nas paredes. É muito mais que isso.

Ao principiar a disposição do espaço é importante lembrar que crianças precisam de espaço que possam chegar brincar, aprender, comer, realizar as necessidades fisiológicas e até mesmo dormir.

A decoração precisa partir do princípio de uma elaboração de propostas realizadas pelos educadores de forma que tenham uma distribuição e organização do espaço que obedeça às verdadeiras necessidades.

Conforme Ana Teberosky & Teresa Colomer , desenvolver um ambiente adequado e rico dentro da sala de aula, bem como desenvolver conceitos sobre alfabetização é um processo construtivo, e que o ambiente onde a criança aprendera a ler e escrever devera ter uma quantidade de materiais escritos e que esses devem ser adequados para criança.

A importância de um ambiente alfabetizador, de acordo com o contexto social do aluno. Um ambiente com uma cultura letrada deve estar aberto à criança, é preciso que esteja na altura de sua visão, onde elas possam pegar sempre que tiver vontade ou precisão, outro ponto importante é a preparo do espaço e do tempo que o material fica exposto, é conveniente que esse material faça parte do desenvolvimento da sala, e não seja só decorativo.

A estética é importante, contudo a prioridade deve ser a percepção de conforto, um lugar acolhedor no qual, com o decorrer do ano letivo, obtenham alterações de acordo com as necessidades das crianças e do grupo.

O modo como diretores professores e funcionários enxergam os alunos é outra questão que pode determinar o funcionamento do ambiente. "É muito comum notarmos equipes que parecem lidar com ‘alunos invisíveis’, condenados a usar banheiros imundos, alimentar-se com o prato na mão, de quem se pode pensar mal em sua frente, como se não estivessem lá”, alega a consultora pedagógica do Centro de Documentação para a Ação Comunitária (Cedac), Maria Maura Barbosa. "O que existe é uma responsabilização do aluno (que é visto como quem depreda, é mal-educado) ou da comunidade (que é carente e violenta) pelas más condições da escola.”

Mas conscientizar os alunos da importância de manter a organização da sala, do ambiente sem a destruição, e dizer a eles que é necessário conservar, muitas vezes é uma tarefa difícil, mas necessária. O trabalho em grupo na construção de materiais, na elaboração do ambiente ajuda a motivar, a incentivar os alunos.

Segundo (Russo, 1995, p.16), elaborar materiais junto com os alunos é uma maneira de solucionar esse problema, pois eles mesmos passam aos irmãos e colegas, de outro período a necessidade de conserva-los.

O ambiente alfabetizador abrange muito mais que a sala de aula, abrange também os demais espaços da escola até outros espaços que a comunidade possa oferecer, harmonizando diversas experiências em locais e momentos onde as crianças possam ampliar as atividades sugeridas pela professora.

O caráter formador do espaço:

A infraestrutura é essencial no desenvolvimento dos alunos, segue aqui algumas sugestões que podem ser aplicadas nas unidades de ensino.

CONSCIÊNCIA: Com a intervenção da equipe escolar, evita-se o desperdício. Os estudantes

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