Interpretação O Conto do Canário
Por: Lucca Vieira • 27/6/2020 • Resenha • 445 Palavras (2 Páginas) • 716 Visualizações
O canário nada mais é do que nós mesmos e nossos hábitos, de início quando Macedo chega à loja, ele percebe como ela está mal cuidada, ele cita diversos itens jogados pelo chão, como por exemplo, um cão empalhado, isso remete a nossa mente, fazendo uma associação a memórias, meio a isso tudo ele encontra um canário que não parece se importar com nada daquilo, afinal, ele se encontra em sua zona de conforto, quando indagado sobre o mundo o canário diz “-o mundo é uma loja de belchior” no caso daquela em questão, escura, triste e úmida, e completa dizendo que fora dali tudo é ilusão é mentira. Isso se assemelha a fase de depressão, onde nada faz importância nem muito sentido, basicamente o mundo é aquilo que vê.
Logo mais, Macedo compra o canário e manda fazer uma gaiola vasta e branca, a pendura na varanda com vista para o jardim. Por mais que pareça ser uma atitude amigável de Macedo acaba não sendo, afinal, ele tirou de uma gaiola para colocar outra, como quando algo te faz mal e com muito custo você solta, mas se prende a algo pior, vivendo em uma constante prisão. Naquele novo “lar” o canário tem uma visão diferente do mundo, para ele, agora o mundo é “-um jardim largo com flores e arbustos, alguma grama, ar claro é um pouco de azul por cima. ” Continuando a ideia de estar acomodado, o mundo é aquilo que ele vê e isso basta. Quando Macedo fica doente, por um descuido de um empregado o canário foge, depois em um reencontro ele o indaga porque não voltou? E o canário o diz sua nova perspectiva sobre o mundo “-é um espaço infinito e azul com um sol por cima”. Bravo com a resposta, Macedo diz que a alguns dias o mundo para o canário era apenas uma loja de belchior, ironizando o canário diz “-há mesmo lojas de belchior? ”. Basicamente o conto mostra que somos feitos de momentos e escolhas, vivendo em um mundo próprio temendo o que à fora da zona de conforto, quando enfim se quebra essa barreira nem se acredita por tudo o que passou, e prefere esquecer a velha loja de belchior.
Demostrando assim que a interpretação depende muito do modo como se viveu e do entendimento que cada um tem sobre uma ação, assim como ocorre na “textura aberta do direito” que cada norma é interpretada mediante o entendimento que cada um tem sobre aquele determinado tema e mostrando o tamanho da margem que existe para a interpretação das normas e como as visões podem ser diferentes a respeito de um mesmo tema.
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