Linguagem Jurídica

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Mal abriu a porta, o moço meteu a mão na maçaneta e foi entrando em sua vida.

Então, naquela noite pensou nos filhos que teceria, para aumentar ainda mais sua felicidade.

Felizes foram, durante algum tempo. Mas se o homem tinha pensado em filhos, logo os esqueceu. Pois descobriu o poder do tear, então passou a pensar apenas nas coisas materiais que ela poderia lhe dar.

O homem quis uma casa melhor, o que parecia justo, já que agora eram dois. Foi exigente ao escolher os materiais da casa e exigiu rapidez no tear da casa.

Mas, pronta a casa, parecia ser pouco.

Melhor do que uma casa seria um palácio? Sem perguntar, ordenou que fosse de pedras com arremates em prata.

Durante tempos trabalhou a moça tecendo muitos detalhes e cômodos. Ela já não tinha mais tempo para nada. Tecia entristecida, em ritmo acelerado.

Enfim, o palácio ficou pronto. Dentre diversos cômodos o marido designou para ela e seu tear o quarto mais alto da torre mais alta.

Afirmando que seria por segurança, para que ninguém soubesse do tapete. E ainda advertiu que faltavam as estrebarias e os cavalos.

Incansavelmente a mulher tecia, satisfazendo os caprichos do marido. Tecia sem parar. Era tudo o que queria fazer.

Após muito tecer, chegou um tempo em que a tristeza lhe tomou e era maior que tudo o que havia tecido, todo o palácio e as coisas que dentro dele havia. E pensou, como seria bom estar sozinha.

Ao anoitecer, levantou na surdina enquanto o marido dormia e sem fazer barulho, subiu a torre, até o tear. Lá, jogou a lançadeira ao contrário e com pressa desfez tudo o que havia feito, o castelo e tudo o que estava relacionado a ele. Quando se viu novamente em sua pequena casa e ficou feliz ao ver a paisagem do jardim.

A noite acabava quando o marido, estranhando a cama dura, espantado, olhou ao redor. Sem tempo nem para levantar-se, a tecelã já desfazia seu desenho e então ele desapareceu.

Então com o amanhecer, a moça pode voltar a tecer, devagar seu horizonte.

Atividade 3

- Atividade sobre precisão e concisão:

1. Transforme as frases, dando maior precisão ao sentido:

a) O depoimento da testemunha foi pouco esclarecedor.

O depoimento da testemunha impreciso.

b) Nos ensinos fundamental e médio, não aprendi nada nas aulas de Português.

No ensino básico, nada aprendi nas aulas de Português.

c) O juiz foi arbitrário ao prolatar a sentença.

O juiz foi injusto ao prolatar a sentença.

2. Continue o texto, considerando uma elaboração que dê maior precisão ao trecho: