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Trabalho de Português

Por:   •  22/3/2018  •  1.797 Palavras (8 Páginas)  •  363 Visualizações

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(2002) rela ta que “à concepção de língua como

repre sentação do pensamento corre sponde à de su jeito psicológico ,

individual , dono de sua vontade e de suas açõe s” . Assim , o autor passa a

ser o su jeito que é senhor de seu pensamento e “que cons trói uma

repre sentação mental e de se ja que e s ta se ja captada pelo interlo cutor da

maneira que foi mentalizada .” .

De acordo com e s te fo co , todas as a tençõe s e s tão voltadas

apenas para a produção do autor e das intençõe s que e s te teve ao

escrever .

O fo co no tex to , por sua ve z , é a concepção de língua como

código , como mero ins trumento de comunicação , ou se ja , “o tex to é vis to

como simple s produto da codi ficação de um emissor a ser de codi ficado

pelo leitor/ouvinte , bas tando a es te , para tanto , o conhe cimento do

código” Ko ch & Elias (2006: 10) . E conseqüentemente , ne ssa concepção , a

leitura é uma a tividade que exige do leitor o fo co no tex to . Ou se ja , a

concepção de que a língua é uma e s trutura e que o su jeito é de terminado

e “assu jeitado pelo sis tema , carac terizado por uma e spé cie de não

consciência” . Assim , a língua é vis ta como um mero ins trumento de

comunicação e que o su jeito passa a ser prede terminado pelo sis tema .

Já o fo co na interação autor- tex to-leitor é uma concepção

interacional da língua , os su jeito s são vis to s como a tore s/cons trutore s

so ciais , su jeito s a tivo s que se cons troem e são cons truído s no tex to , is to

é , o sentido do tex to é cons truído na interação tex to- su jeito s e , além

disso:

IX CONGRESSO DE EDUCAÇÃO DO NORTE PIONEIRO

Educação: Horizontes Possíveis: Desafios Imediatos

UENP – Centro de Ciências Humanas e da Educação

Centro de Letras Comunicação e Artes

ANAIS – ISS N – 1 80 8 35 7 9

a lei tu ra é uma a tividade in te ra tiva al tamen te complexa de

p rodu ção de sen tido s , que se reali za eviden temen te com

ba se no s elemen to s lingüí s ti co s p re sen te s na supe r fí cie

tex tual e na sua fo rma de o rganiza ção , ma s reque r a

mobili za ção de um va s to con jun to de sabe re s no in te rio r do

even to comuni ca tivo (KOCH & E L IAS , 2006: 11) .

De sse modo , ao en fo car a interação: autor- tex to-leitor , é

válido ressaltar que o leitor é um cons trutor de sentido , e para tanto , se

faz ne ce ssário o uso de e s tra tégias , tais como sele ção , ante cipação ,

in ferência e veri ficação .

Atravé s das e s tra tégias de leitura e spera-se que o leitor ,

pro ce sse , critique , contradiga ou concorde com o que es tá sendo lido , e

assim dê sentido e signi ficado ao que se lê . Sendo que o que realmente

colabora para que essa interação o corra , são o s conhe cimento s de quem

es tá lendo o tex to , ou se ja , o conhe cimento de mundo . Esse conhe cimento

ex terno po ssuído pelo leitor , a juda no momento de formular as

ante cipaçõe s e hipó te se s que no de correr da leitura serão con firmadas ou

regis tradas dentro do tex to .

Entre tanto , quando se re fere a e ssas es tra tégias de leitura

faz-se ne ce ssário levar em consideração que para a interação autor- tex toleitor

, os conhe cimento s do leitor , ha ja vis ta que na a tividade de leitura o

lugar so cial , vivências , relaçõe s com o outro , valore s da comunidade e

conhe cimento s tex tuais são fundamentais e elementare s . Assim sendo , é

corre to expor que não exis te unicamente uma leitura e um sentido para o

tex to , mas sim há uma pluralidade de leituras e de sentido s .

Cada leitor tem seu conhe cimento , e e sse varia de pe ssoa

para pe ssoa , como por exemplo , um ar tis ta plás tico tem conhe cimento s

di ferente s de um cientis ta e vice-ver sa . De ssa forma ao ler um tex to ,

esse s leitore s encontrarão sentido s di ferente s , mo s trando assim que exis te

um rol de leituras e de sentido s que se di fere entre si e em relação ao

me smo tex to , pois depende de sua classe so cial , idade , região , dentre

outro s fa tore s .

Todavia , é essencial de s tacar ainda que a prá tica de escrita

e leitura só é po ssível dentro de um contex to de produção (cir cuns tâncias

de e scrita) e de um contex to de uso (cir cuns tân cias de leitura) , o que

inter fere na produção de sentido .

Assim , o tex to é a ferramenta do autor , utilizada para

...

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