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O Surgimento de novas identidades

Por:   •  25/12/2018  •  2.232 Palavras (9 Páginas)  •  469 Visualizações

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Por outro lado quando ele cita Gilberto Freyre:

Em Casa-Grande & Senzala não criticou a colonização efetuada pelos portugueses no Brasil pelo contrário, fez um elogio à falta de orgulho de raça e à fácil adaptação dos lusitanos no território brasileiro. Porém, o que diferencia a obra de Freyre da escrita tradicional anterior a 1930 é a abordagem do processo de miscigenação do povo brasileiro. Nesse livro o autor afirma que foi essa falta de orgulho de raça dos portugueses que contribuiu para o sincretismo cultural e para as misturas de raças no Brasil.

Finalmente, quando ele fala de Caio Prado Junior diz que:

Em seu livro Formação do Brasil Contemporâneo, publicado em 1942, critica profundamente os portugueses pelo seu caráter de exploração na colonização brasileira. Caio Prado, autor influenciado pelas teorias marxistas, debate que a função do Brasil Colônia era a única e exclusivamente a de exportação dos produtos agrícolas. Por isso, ele afirma que a colonização teve um caráter predatório e os portugueses foram os protagonistas que iniciaram essa prática econômica.

Assim esses três autores, mesmo tendo diferenças quanto às perspectivas teóricas, polemizaram e inovaram a abordagem da história do Brasil a partir dessas obras.

A MISCIGENAÇÃO BRASILEIRA

Quando falamos da história do Brasil é impossível não falar da miscigenação. Os ancestrais indígenas do Brasil caracterizavam-se mais pela diversidade do que pela homogeneidade, já os portugueses vinham de um processo de mestiçagem secular e variado. Deste processo podemos destacar as contribuições dos fenícios, gregos, romanos, judeus, árabes, visigodos, mouros, celtas e escravos africanos. Na constituição federal de 1988 na afirmação que é dever do estado promover o bem estar de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor identidade.

O aspecto plural em qualquer sociedade gera o contato, preconceito e também o conhecimento devido às formas de pensamentos críticos, o preconceito racial se volta para todos que não são brancos. O branqueamento ocorre de duas formas, físico e psicológico onde através da mistura de raça se deu o processo físico e o psicológico através da imposição que o branco é melhor lhe dará superioridade o maior problema da sociedade é o mito da democracia entre negros onde o livro casa grande senzala fala da relação harmoniosa entre o branco e o negro onde atribui o atraso do negro ao trabalho escravo não ao racismo.

Com base nisso podemos observa que um estudo feito por Sérgio Danilo Pena revela que:

Verificou-se que cerca de 60% da matrilinhagens (linhagens maternas) são de origem ameríndia ou africana, enquanto a maioria, mais de 905, da patrilhinhagens dos brancos brasileiros é de origem européia – portanto, apenas um em cada dez brasileiros brancos tem ascendente paterno negro ou índio. Entretanto, pelo lado materno, seis em cada dez tem ascendência negra ou índia.

Em Casa-Grande & Senzala é enfatizada a formação da miscigenação entre os brancos, principalmente portugueses, dos negros das várias nações africanas e dos diferentes indígenas que habitam Brasil.

OS POVOS INDÍGENAS

Com a chegada dos portugueses ao Brasil, nossos índios que naquele período tinham uma população de mais de dois milhões de indígenas e se deixou ser explorados, foi nesse processo de exploração que nos fez uma raça de mestiços sem uma identidade própria, pois os ancestrais indígenas do Brasil caracterizavam-se mais pela diversidade do que pela homogeneidade, já os portugueses vinham de um processo de mestiçagem secular e variado. Deste processo podemos destacar as contribuições dos fenícios, gregos, romanos, judeus, árabes, visigodos, mouros, celtas e escravos africanos. Talvez por esse motivo e de não termos uma organização política e social, não somos tão patriotas como a maioria de outros países.

Quando começou as primeiras excussões ao Brasil para formar as colônias, aqui só se encontrava os povos nativos e não era organizado politicamente, fator determinante para os portugueses, que foram os que melhor se adaptaram ao Brasil. O Brasil Colonial como observou Sérgio Buarque (em Raízes do Brasil), tem pouca organização social e o recurso usado para a dominação foi à violência, e isso favoreceu a chegada do aventureiro, que desejava prosperar a abaixo custo, vinham à colônia para buscar riqueza sem muito trabalho. Mas como com o indígena não foi tão fácil a domesticação, ainda que fosse à violência, foi necessária a vinda dos escravos africanos, é nesse contexto que a mão de obra escrava aparece como elemento primordial para a economia da colônia.

Bom, é nessa relação de poder de dominação e subordinação que nossos índios se transformam, e forma o nosso mestiço Brasil, pois foi dos cruzamentos entre índios, africanos e negros que nos fez surgir. A relação de poder e evolução esta diretamente ligada a essa transformação étnica como observa Gilberto Freyre em Casa-Grande & Senzala: "o que houve no Brasil foi a degradação das raças atrasadas pelo domínio da adiantada” (P. 186 – Freyre, 1933). Os índios foram submetidos ao cativeiro e à prostituição. A relação entre brancos e mulheres de cor foi a de vencedores e vencidos.

É partindo desses princípios que o autor Gilberto Freire, Sérgio Buarque de Holanda e outros, que procuram entender a vida social e política do Brasil Colônia e tentar estabelecer como se deu esse processo de identidade, seus efeitos e reflexos. Observamos que pela falta de uma organização social e política, foi fácil a escravização e civilização do índio com a chegada dos jesuítas. Mas essa falta de organização não refletiu só nisso, pois por esse fato ainda hoje nos temos em nossas mentes que somos subalternos a cora (hoje nossos representantes políticos). Talvez por esse motivo ainda não descobrimos nossa identidade, talvez por isso a falta do patriotismo e talvez por isso a falta de interesse em que maneira nosso governantes irão conduzir nosso país.

Não haveria problema algum em nossa miscigenação, pois não há atualmente um país que não seja mestiço, o problema foi o modo em que fomos explorados, pois sempre fomos subalternos aos dominantes portugueses e a falta de uma política social interferiu muito em nossa formação social e intelectual.

OS POVOS AFRICANOS

Os africanos capturados foram

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