O Nazismo e Arianismo
Por: Kleber.Oliveira • 9/10/2018 • 2.023 Palavras (9 Páginas) • 344 Visualizações
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O livro Mein Kamph era uma obra que continha os princípios do nazismo, sendo eles o totalitarismo, anticomunismo e nacionalismo. Ele retratava a raça alemã como pura e descendente dos Arianos (povo indo-europeu).
No livro, Hitler exponha que o “povo perfeito e puro” precisaria de espaços para se expandir, o que levou a criar a teoria do Lebensraum (espaço vital) que incluiria não só os territórios perdidos pela Alemanha na primeira guerra, mas sim também as vastas extensões na Europa Ocidental.
Ainda no livro, demonstrava os princípios do “Antisseminismo Nazista”, que criou as perseguições aos judeus, sendo os mesmo culpados de serem antinacionais, imortais e marxistas. Mais tarde, Hitler criou uma política chamada Holocausto, que foi um massacre organizado da população judaica, não só da Alemanha, mas da Europa.
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Arianismo
Arianismo é a classificação do povo de “raça pura”, considerado por Hitler, os alemães. A idéia se consiste na seleção natural, superioridade racional e outras explicações criadas para explicar a perseguição as outras raças.
“(...) o projeto de germanificação dos nazistas estava baseado num programa historicamente sem precedentes de avaliação racial, roubo expulsão e assassinato.”
(Heydrich, 1942, p.3)
Eles achavam que essa raça deveria pendurar por mil anos, para que só sobrassem descendentes puros e arianos. A germanificação deveria primeiro ser em nível européia e depois se estender para um nível mundial.
“A germanificação da Europa, significa muito mais do que testes raciais de extermínio. Assassinato e reassentamento eram somente as pré-condições para a criação de uma utopia racialmente purificada; um império pangermâncio que dominasse a Nova Europa pelos mil anos seguintes”.
(Heydrich, 1942, p.232)
Hitler retomou as idéias de escritor francês conde Arthur de Gobineu, que relatava a existência de um antigo povo, os arianos, que originaram-se na Ásia Central, migrando para o sul e para o oeste, chegando à Europa e a alguns territórios que hoje estão o Afeganistão, a Índia e o Irã.
A raça pura seria alemães brancos e puros, que eram descendentes diretos desse povo. Esse povo recebeu o nome ariano, pois o mesmo significa “nobreza”.
“Tal a cor de pele, devido ao sangue do antigo senhor, ainda guardou como recordação um ligeiro brilho, a noite da vida espiritual igualmente se acha suavemente iluminada pelas criações dos primitivos mensageiros da luz.”
(Hitler, 1925, cap.10)
Adolf Hitler para justificar sua política de extermínio dos Judeus e povos não-arianos utilizou também a teoria de Darwin sobre a aseleção natural para comprovar superioridade e que se as raças se juntassem formariam um problema genético.
O ápice do extermínio foi durante a Segunda Guerra Mundial, onde médicos e cientistas nazistas chegaram a tirar medidas de alemães e macacos para comparar com outras “raças” humanas e mostrar para a população alemã que a raça ariana era realmente superior, pois tinham menos semelhanças que os primatas do que as demais raças.
“Cada animal só se associa a um companheiro da mesma espécie. O abelheiro cai com o abelheiro, o tentilhão com o tentilhão, a cegonha com a cegonha, o rato campestre com o rato campestre, o rato caseiro com o rato caseiro, o lobo com a loba etc. Só circunstâncias extraordinárias conseguem alterar essa ordem, entre as quais figura, em primeiro lugar a coerção exercida por prisão do animal ou qualquer outra impossibilidade de união dentro da mesma espécie. Ai, porém, a Natureza começa a defender-se por todos os meios, e seu protesto mais evidente consiste, ou em privar futuramente os bastardos da capacidade de procriação ou em limitar a fecundidade dos descendentes futuros. Na maior parte dos casos, ela priva-os da faculdade de resistência contra moléstias ou ataques hostis.”
“Significa isto que o filho chegará provavelmente a uma situação mais alta do que a de um de seus pais, o inferior, mas não atingirá entretanto à altura do superior em raça. Mais tarde será, por conseguinte, derrotado na luta com os superiores.” (Hitler, 1925, cap.10)
A superioridade ariana era também explicada pelo raciocínio lógico, no qual saberia usar melhor um espaço ou fazer ferramentas para poder aproveitar todos os lugares possíveis da forma que achassem conveniente.
“Há regiões, onde o ariano, somente pelo desenvolvimento de sua técnica milenar, consegue, em colônias isoladas, apoderar-se das terras e delas extrair os elementos necessários ao seu sustento, se não fosse essa técnica, ou ele teria que se afastar dessas paragens, ou viver igualmente como nômade, em constante peregrinação.”
(Hitler, 1925, cap.10)
Hitler relatou em seu livro também que só a raça pura saberia governar um país sem imposição a ninguém, já que uma só raça não iria querer se mutilar e que para ser arianos teria de por todos os trejeitos e genes dos antepassados, não só a cor, ou religião, ou até mesmo viver no lugar e saber falar a língua.
“A raça, porém, não reside na língua, mas unicamente no sangue(...)Desse modo, utiliza todo o saber aprendido nas escolas alheias, unicamente ao serviço de sua raça. Esse espírito racial ele o preserva como nunca, Enquanto aparenta transbordar de "Instrução", "Liberdade", "Humanidade" etc., preserva o mais rigorosamente possível a sua raça.”
(Hitler, 1925, cap.10)
Totalmente maníaco, também mostrava que sofrera muito com os judeus e outras raças e por isso essa revolta “verdadeira”. O Holocausto foi explicado para a população como uma forma de vingança dos maus feitos, fazendo com que aflora-se um sentimento animalesco, dando as pessoas um ódio mortal, no qual fazia elas entregarem aqueles que não seguiam aos costumes genéticos e nem dos impostos pelo seu líder.
“Tantas vezes tinha eu cantado o “Deutschland, Deutschland über alles”, com todas as forças de meus pulmões e gritado “Heil”... que quase parecia uma graça especial poder comparecer agora, perante a justiça divina, para afirmar a sinceridade da minha atitude.”
(Hitler, 1925, cap.10)
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