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ESCOLA CLASSICA E ESCOLA SOCJALISTA

Por:   •  6/5/2018  •  4.221 Palavras (17 Páginas)  •  366 Visualizações

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Em resumo a Escola Clássica defendia e tinha como objectivos:

• A mais ampla liberdade individual;

• O direito inalienável à propriedade;

• A livre iniciativa e a livre concorrência. (MENDES, et al. 2004).

1.4. Como a escola clássica foi valida, útil ou correcta em sua época

A economia clássica racionalizava as práticas em que estava envolvida ao transformar as pessoas em empreendedores. Ela justificava a queda das restrições mercantilistas, que eram mais úteis. A concorrência era um fenómeno crescente, e a confiança nela como a grande reguladora da economia era um ponto de vista sustentável. Os governos eram notoriamente esbanjadores e corruptos e, nas circunstancias, quanto menos intervenção do governo, melhor. Ao ajudar a remover os restos do sistema feudal, a economia clássica promovia o empreendimento comercial. Por exemplo, quando as leis feudais da terra foram abolidas e a terra pode servir como garantia para crédito, os proprietários de terras conseguiram obter grandes somas para investimento na agricultura ou na indústria. (MIQUELINO, et al. 2005).

Quando a industrialização estava começando, a maior necessidade da sociedade era centrar recursos na máxima expansão possível da produção. A projecção do sector privado em relação ao sector público serviu a esse objectivo admiravelmente. Como os consumidores eram geralmente pobres e as oportunidades de investimento eram aparentemente ilimitadas, os capitalistas tinham um forte incentivo para reinvestir uma parte substancial de seus lucros. O resultado foi uma rápida expansão da produção. O crescimento continuando do sector público teria requerido aumento da taxação, desviando, portanto, os recursos da formação do capital privado. (MIQUELINO, et al. 2005)

A economia clássica e os que endossavam estendiam o mercado, não somente obtendo um comércio internacional mais livre, mas também promovendo uma forca de trabalho urbana. Os fazendeiros de subsistência consumiriam muito de seus próprios produtos ao comprar pouco no mercado. (Idem, 2005)

Os trabalhadores urbanos do final do século XVIII, em comparação, compravam seus alimentos no mercado. Assim, a agricultura entrou mais directamente no sector monetário da economia, e o mercador e fabricante encontrou um nicho entre fazendeiro e o consumidor. (MIQUELINO, et al.2005)

2. OS PRINCIPAIS PENSADORES DA ESCOLA CLÁSSICA:

2.1. Adam Smith (1.723-1.790)

Segundo MENDES, et al. (2004), com a publicação da Riqueza das Nações, em 1.776, tendo como experiência a Revolução Industrial Inglesa (1.760-1.830), Adam Smith estabeleceu as bases científicas da Economia Moderna. Ao contrário dos mercantilistas e fisiocratas, que consideravam os metais preciosos e a terra, respectivamente, como os geradores de riqueza nacional, para ele o elemento essencial da riqueza é o trabalho produtivo. Assim o valor pode ser gerado fora da agricultura.

Adam Smith ensinou que a Economia Política tem como objectivo gerar riqueza para o indivíduo e o Estado, para o provimento de suas necessidades básicas.

A riqueza aumenta pelo trabalho produtivo, fecundado pelo capital. "O trabalho anual de cada nação constitui o fundo que originalmente lhe fornece todos os bens necessários e os confortos materiais de que consome anualmente. (Idem, 2004)

O mencionado fundo consiste sempre na produção imediata do referido trabalho ou naquilo que com essa produção é comprado de outras nações." O valor vem do trabalho, desse modo ele pode ser gerado fora da agricultura, desde que o preço de mercado supere o preço natural (ou custo de produção). (MENDES, et al. 2004).

A geração de riqueza de uma nação depende, portanto, da proporção entre o trabalho produtivo (que gera um excedente de valor sobre o seu custo de reprodução) e o trabalho improdutivo (como o dos criados). O emprego de trabalho produtivo depende da divisão do trabalho, e esta da extensão dos mercados. A ampliação das trocas comerciais entre os países proporciona maior divisão do trabalho e especialização dos trabalhadores, aumentando a produtividade e o produto global. (Idem, 2004).

À medida que a economia consegue expandir seus mercados, ela obtém rendimentos crescentes à escala, podendo distribuir sem conflitos um produto social maior entre capitalistas, trabalhadores e Governo, na forma de lucros, salários e impostos. (MENDES, et al. 2004).

2.1.2. David Ricardo (1.772-1.823)

Segundo MENDES, et al. (2004), David Ricardo em sua obra Princípios de Economia Política e Tributação (1.817), afirma que o maior problema da Economia Política está na distribuição do produto entre as classes sociais (proprietários da terra, capitalistas arrendatários e trabalhadores). Isso ocorre porque a proporção do produto total destinado a cada classe vária no tempo, uma vez que depende da fertilidade do solo, da acumulação do capital, do crescimento demográfico e da tecnologia. Assim, determinar as leis que regulam essa distribuição é a principal questão da Economia.

Ricardo transferiu o centro do problema da análise económica da produção para a distribuição, sendo uma de suas grandes contribuições a teoria do valor. Ele se interessou pelos preços relativos mais que pelos absolutos; queria descobrir a base da relação de troca entre as mercadorias. As mercadorias obtêm seu valor de duas fontes: de sua escassez e da quantidade de trabalho necessário para obtê-las. (Idem, 2004).

A teoria da renda da terra ocupa um lugar de destaque em sua análise e as diferenças na qualidade da terra determinariam que, enquanto os proprietários das terras férteis obteriam rendas cada vez mais altas, a produção nas terras de qualidade pior geraria só o suficiente para cobrir os custos e não produziria renda. (MENDES, et al. 2004).

Desse modo, pode-se argumentar que a renda e os lucros poderiam ser isolados, considerando o caso da terra sem renda, na qual o rendimento consistiria inteiramente nas entradas derivadas de capital. (MENDES, et al. 2004)

De um ponto de vista dinâmico, Ricardo pensava que o crescimento da população acompanhava a expansão económica, e esta expansão traria consigo um aumento das necessidades de alimentos, que poderiam ser satisfeitas só a custos mais altos. Para manter os salários reais no seu nível anterior, seriam necessários

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