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Brasil Império e o Café: Imigração dos Trabalhadores Italianos em São Paulo e Suas Consequências.

Por:   •  6/3/2018  •  985 Palavras (4 Páginas)  •  446 Visualizações

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de escolher, beneficiar e ensacar o café para ser despachado para a exportação. O trabalho era regido pelo contrato e recebiam conforme o número de pés de café que cuidavam. Cada colono possuía uma cota mínima de pés de café para cuidar. Os homens cuidavam de mais de 2 mil pés, enquanto as mulheres e jovens um número bem inferior a esse número. O beneficiamento ou seleção consistia em esparramar o café nos terreiros para a secagem e se eliminavam manualmente os grãos defeituosos ou de alguma impureza. Outros trabalhos na fazenda eram necessários como de ferradores, carreiros, cocheiros, oleiros, serradores, carapinas, feitores, etc.

O cotidiano dos colonos era marcado por muito trabalho e de muita precariedade. Era difícil o acesso à cidade, mesmo com as ferrovias, o custo do deslocamento era muito alto. Esse isolamento, possibilitava os abusos de poder, há registros de espancamento, estupro e assassinatos.

Na questão da religiosidade, havia uma capela na própria fazenda, onde se celebravam as missas em ocasiões especiais como a festa do santo padroeiro; o padre vinha da cidade mais próxima e realizava os casamentos e batizados. Para os imigrantes de outras religiões era mais difícil, pois o catolicismo foi a religião oficial e predominante até 1889.

Quanto o assunto era saúde, havia poucos médicos e geralmente se fixavam nas cidades, tornando o atendimento na área rural caro, portanto era comum recorrer a benzedores, curandeiros ervas, remédios caseiros e parteiras. Esses costumes dos escravos e indígenas foram incorporados pelos imigrantes.

O Governo de São Paulo criou 25 núcleos colônias que, geralmente, estavam localizados em áreas próximas da zona cafeeira e os fazendeiros poderiam contar com uma reserva de mão de obra na época da colheita do café. Os núcleos eram compostos de pequenas propriedades, que serviam de isca para atrair os imigrantes. O fato de os núcleos estarem próximos das ferrovias fez com que em poucas décadas esses se transformassem em cidades.

Referencias

ALVIM, Zuleika M. F.Brava Gente! A imigração italiana em São Paulo. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 1986.

COSTA, Emília Viotti da. Colônias de parceria na lavoura de café: primeiras experiências. Da monarquia a república. Momentos decisivos. Editora UNESP, 1999. ( P. 195-231).

FAUSTO, Boris. Negócios e ócios: histórias da imigração. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.

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