A Mensagem de Guerra de Roosevelt/Vantagens Temporárias
Por: kamys17 • 10/1/2018 • 3.542 Palavras (15 Páginas) • 415 Visualizações
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ATAQUE A PEARL HARBOR
7 de dezembro de 1941: O dia da infâmia
Na manhã de domingo de 7 de dezembro de 1941, uma esquadrilha de aviões torpedeiros japoneses sobrevoou a baía de Pearl Harbor, no Havaí onde se encontravam ancorados a maioria dos barcos norte-americanos que pertenciam à frota do Pacífico dos Estados Unidos da América. Lá embaixo, um ao lado do outro, enfileiravam-se encouraçados e outros navios de guerra menores como se estivessem ancorados para rumarem para desfile. Nas duas horas seguintes daquela data, para as armar norte-americanas, sem nenhuma declaração prévia de guerra, a marinha sofreu mais baixas e afundamentos do que no transcorrer da Primeira Guerra Mundial.
No dia seguinte, no dia 8 de dezembro, o presidente Franklin Delano Roosevelt, profundamente indignado, classificando o inesperado ataque como um ato de infâmia, encaminhou ao Congresso norte-americano uma declaração de guerra: “7 de dezembro de 1941, uma data que viverá na infâmia. Os EUA foi súbita e deliberadamente atacado pela marinha e força aérea do império do Japão. Com confiança nas nossas forças armadas e com uma ilimitável determinação do povo, nós alcançaremos o inevitável triunfo, com a ajuda de Deus, eu peço que o congresso declare que o covarde não seja provocado pelo Japão. No domingo de 7 de dezembro de 1941, existência de um estado de guerra entre os EUA e o império japonês. ” Palavras ditas pelo presidente dos EUA, Roosevelt.
Durante os quatro anos seguintes, o Oceano Pacífico iria conhecer o diabo. O Japão constituía o império chamado de nipônico, governado por um autoritário imperador, o qual não possuía boas relações com o EUA, estes dois países não haviam entrado na guerra desde o início do conflito em 1939, a participação dos Estados Unidos era indireta, mas enquanto isso preparavam seus exércitos e armamentos em suas bases localizadas em pontos estratégicos. A base de Pearl Harbor era um importante ponto de estratégias dos Estados Unidos.
O ataque Japones à Pearl Harbor causaria danos muitos maiores para os Estados Unidos caso os depósitos de combustível fossem destruídos, mas mesmo assim a operação foi um êxito para os japoneses, que deixaram os estadunidenses incapazes de ações militares no pacífico pelos seis meses seguintes. Desta forma o Japão avançou no sudoeste asiático e no Sudoeste do Pacifico, até o Oceano Índico
O saldo do ataque foi cruel para os Estados Unidos, 11 navios e 188 aviões foram destruídos, deixando 2403 militares e 68 civis mortos, além disso mais de 159 aviões firam seriamente danificados e 1178 pessoas feridas. O ataque Japonês a Pearl Harbor determinou a entrada dos Estados Unidos na segunda guerra mundial e deu início à guerra do pacifico. Em 1941, os Estados Unidos declararam guerra ao Japão e, logo em seguida a Alemanha declarou guerra aos Estados Unidos.
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A Rivalidade com o Japão
De todas as regiões do Extremo Oriente de então, o arquipélago japonês era o único que era totalmente independente do colonialismo euro-americano. Não só isso, os japoneses foram o único povo da Ásia a derrotar uma potência europeia. Em 1904, o império japonês, na guerra russo nipônica, conquistara dois brilhantes vitorias, uma naval e outra terrestre, contra o império do czar da Rússia, tornando-se a primeira forca militar do estremo oriente. Em vista disso, no transcorrer dos primeiros dias do século XX, os Estados Unidos, a França, a Holanda, Grã-Bretanha, a Birmânia, Malásia, Singapura, Hong Kong, trataram de se aproximar do homem forte da China, o marechal, Chiang Kai-shek, para contrabalançar o crescente vigor do Japão, que se expandira para a ilha de Taiwan, a península da coreia, e a Manchúria. Com a coesão da guerra sino-japonesa de 1939, quando o Micado atacou a China a partir da Manchúria, os EUA passaram a adotar uma política de embargos contra o Japão, culminando com a supressão da venda de aço e óleo, produtos estratégicos para as operações militares dos japoneses. Desta forma, o quadro para a guerra futura estava formado em meio à crescente tensão entre o governo do imperador Hiroito e a presidência Roosevelt. Ambos disputando a hegemonia futura sobre o continente asiático.
As Negociações
Ambos os lados, japoneses e americanos, nos últimos dois ou três anos, ao tempo em que procuravam acomodar uma paz, se preparavam para a guerra. O sinal que o Japão estava perdendo a paciência mostrou-se com a nomeação do general Tojo Hideki, um homem favorável à extensão da guerra contra os Estados Unidos, para a chefia do gabinete imperial, mesmo assim, o príncipe Konoye conduzia as negociações diplomáticas com o secretariado Cordeel Hull no sentido de alcançar algum entendimento. As exigências norte-americana para suspender o embargo de ferro e óleo, além de se descongelarem os fundos japoneses retidos, eram impossíveis de serem atendidas, Se bem que, em princípio, a exigência dos americanos limitava-se a que o Japão evacuasse a Indochina. O ditador chinês, Marechal Chiang Kai-Shek, indignado, forcou a mão querendo que Cordell Hull insistisse em que o exército japonês também evacuasse as partes da China conquistadas, inclusive a Manchúria, onde já estavam instalados desde 1931. Quer dizer, o Japão deveria recuar em todos os frontes conquistados nos últimos quatros anos de guerra para que os Estados Unidos, ai sim, anulasse o embargo. Não havia no Japão nem general, nem almirante, nem político, nem mesmo o imperador, capaz de aceitar uma proposta dessa.
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A Partida
Numa madrugada de 19 de novembro, como se fosse uma enorme serpente marinha recém-despertada, a esquadra japonesa deixou lentamente a base de Kure, na baia de Hittokapu, mas ao norte do arquipélago nipônico, partindo para um dos mais sensacionais feitos de guerra de todos os tempos. No mais absoluto silencio, sem poder jamais recorrer ao radio ou qualquer outro apelo sonoro, seis portas- aviões, três encouraçados e mais 14 outros tipos de barcos de guerra de menor porte, num total de 23 navios no comando do almirante Nagumo, dirigiram-se para o alto-mar. Depois de uma ligeira parada na baia de Tankan, nas ilhas Kurilas, seguiram viagem para o Havaí. So o fato desta frota ter-se movido àquela distancia toda sem que ninguém lhe desse com a vista, foi um ato naval e tanto. Yamamoto havia arrancado a promessa dos seus superiores que o ataque ocorreria
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