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A Ribeira, Natal

Por:   •  25/1/2018  •  Projeto de pesquisa  •  1.135 Palavras (5 Páginas)  •  282 Visualizações

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Ribeira, Natal

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Instituto de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte – Campus Natal Central

Natal, 17 de julho de 2017

Pedro Henrique Calazans Fernandes de Paiva, 17 anos

Ribeira

A Ribeira é o segundo bairro mais antigo de Natal. Não o formado na fundação do município, mas sim o que recolheu os primeiros meios do comércio e abrigou os órgãos estaduais e nacionais. Isso ocorreu por um simples motivo: Natal em sua fundação contava com apenas algumas dezenas de pessoas em poucas casas, e a região de maior acessibilidade para a prática comercial exterior e interior era onde hoje é a Ribeira; uma região baixa, próxima ao Rio (Potengi) e sem muita vegetação nativa. Recebe também o seu nome devido estes aspectos. A região, até o século passado, era afligida por diversas “enchentes”, causadas pela alta das marés. O terreno era barroso ensopado e enlodado (como explica Câmara Cascudo sobre a origem do nome do bairro). Este, que até então era chamado de Cidade Baixa (sendo a Cidade Baixa, não apenas o bairro mais antigo da cidade, bem como o que estava em maior elevação), foi o berço de diversas personalidades de grande importância estadual, nacional e/ ou internacional – como Newton Navarro, Café Filho e Câmara Cascudo. Foi o primeiro bairro a receber iluminação pública e o que abrigou, pioneiramente o cinema, o teatro, o porto e o terminal rodoviário em Natal.

O bairro tem uma participação importantíssima no desenrolar da Segunda Guerra Mundial, abrigando personalidades estrangeiras em hotéis e sendo palco para alguns bailes. Após tal período de glória, entra em declive que só vem ser reduzido por volta dos anos 1990. Após anos de descasos e falta de políticas públicas, a Ribeira se vê apenas voltada para Atração Histórica, sem muito a oferecer para os próprios habitantes que não desejar que a história local não fosse destratada. Abrigar o Porto de Natal e diversas sedes para departamentos estaduais e municipais tais como a CBTU, Dnocs, Receita Federal, PROCON, IPHAN, CODERN, Correios, entre outros; não pareceu surtir efeito quando a atenção era voltada para população que passa da casa dos 2 mil habitantes.

Muitos fatores implicam para que o bairro hoje se veja com mais de 10% de seus imóveis vazios, dentre os quais o mesmo motivo que impediu o bairro de ser protagonista municipal desde a fundação do próprio município: o seu problema com as marés do rio. Apenas na década de 1980 que a drenagem da Ribeira foi concluída, acabando com o “ar” – historicamente – pantanoso da área. Outros fatores óbvios a serem citados vai dos próprios preceitos urbanísticos que são adotados até hoje: a expansão para o interior, de modo cada vez mais organizado – e não de modo desordenado/ popular. Sem falar numa falta de incentivos para construção na área, fazendo assim, mais agradável para um empreendedor ou construtor ir para um bairro em formação como Tirol, Petrópolis ou Alecrim que permanecer nos velhos bairros. Outro motivo, e talvez o mais simples de todos: a Ribeira ficou pequena. O bairro nunca atingiu sequer 3 mil habitantes, e desde o Século XIX que sua população vem diminuindo. Fruto isto do mesmo já citado: a preferência pelo novo que pelo histórico.

Após

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