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Conceitos Kantianos e a Boa Vontade na Profissão do Arquivista

Por:   •  12/11/2018  •  1.188 Palavras (5 Páginas)  •  249 Visualizações

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A partir do contexto questionador, Imannuel Kant diz que “uma ação praticada por dever tem o seu valor moral, não no propósito que com ela se quer atingir, mas na máxima que a determina” (FMC, BA 13)”, ou seja, uma ação, que, independente do que for gerar ou da inclinação que a tenha motivado, tem base apenas no princípio do querer; o autor ainda diz que o “dever é a necessidade de uma ação por respeito à lei” (FMC, BA 14), isto é, uma ação sem fins de vontade para si e sem esperança de retorno.

Logo, entendemos que o dever atribuído após a racionalidade, como produto da boa vontade, se inicia em reverência à lei. Em modo geral, se compreende, que, quanto às ações por inclinação, podemos enaltecê-las ou, por vezes apreciá-las, isso é, a tornando de nosso próprio interesse, entretanto, não podemos respeitá-las, pois o respeito, nesse enquandramento, pertence à lei.

O autor cita que “tudo na natureza age segundo leis” (FMC, BA 36), contudo, somente nós, seres humanos, agimos conforme às leis que nós mesmos criamos, ou seja, leis que não são naturais, pois temos parcialidade nas vontades das consequências. Esses fatores fazem com que a racionalidade acabe sendo conectada às nossas vontades, de modo que passamos a agir segundo a racionalidade, sem ser forçado a seguí-la.

Quando o filósofo se refere à lei, essa se trata da lei moral, segundo a qual devemos agir de acordo com o que nossa vontade quer que seja tornado uma lei válida para todos. O autor diz que “devo proceder sempre de maneira que eu possa querer também que a minha máxima se torne uma lei universal” (FMC, BA 17); essa citação nos mostra que há um entrosamento entre vontade e respeito à lei e a moral.

- A boa vontade na profissão do Arquivista.

Em conclusão final, após a compreenção do significado de alguns conceitos segundo Imannuel Kant, podemos trazer essa argumentação para a atualidade, debatendo acerca da forma na qual fazemos uso da boa vontade Kantiana no dia-a-dia do profissional arquivístico; nos exemplos utilizados há compreenção e ligação entre o código de ética e às atividades do arquivista.

O profissional, segundo o código de ética, é responsável pela preservação da integridade e da autenticidade dos documentos e informações, isso é, a veracidade dos documentos deve ser mantida. O valor documental não deve ser diminuído nem aumentado e independente de discordâncias e interesses por parte do profissional ou do produtor do arquivo, deve haver imparcialidade e objetividade no tratamento da informação.

De acordo com a Lei de Acesso à informação[3], qualquer pessoa, física ou jurídica, sem necessidade de apresentar motivo, tem direito ao recebimento de informações públicas dos órgãos e entidades do Governo Federal em qualquer esfera, ou seja, diante disso, ao exercer a função em caráter direto com o solicitante da informação, o profissional deve ter o mesmo cuidado de neutralidade, e, além disso, prontidão para com o requerente.

Ora, esses dois exemplos práticos de atividades voltadas para o arquivista, nada mais são do que a execução da prática da boa vontade, segundo a lei moral de Imannuel Kant; ações feitas por dever e objetividade, independente do grau de parcialidade ou inclinação do agente praticante. Essa vontade hipotética de agir sem conexão com o resultado que os atos trarão pra si, é a ética em sua suma e importante essência na profissão do profissional arquivístico.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

KANT, IMMANUEL. Fundamentação da Metafísica dos Costumes 1785. Edição pela editora Edições 70.

Para citar leis morais e éticas:

PLONKA, MÁRCIA DE FÁTIMA, Ética, moral leis e..., Artigo à edição virtual de A Gazeta do Povo em 2006. Disponível em

WIKIPEDIA, Lei Moral Disponível em

Para citar a lei de acesso à informação:

Governo Federal, LAI, Lei de acesso à informação. Disponível em

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