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Estudo Dirigido Por que a Guerra?

Por:   •  17/1/2018  •  1.718 Palavras (7 Páginas)  •  324 Visualizações

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A primeira delas é através de uma tentativa, por certos detentores do poder, de elevar seus direitos para acima das proibições legais que pairam sobre todos. Em síntese, “procuram escapar do domínio pela lei para o domínio pela violência”. A segunda maneira é através da pressão, pelos membros oprimidos do grupo, para ver reconhecidas na lei algumas mudanças que os abranjam de forma mais plena. Nesse caso, a lei pode adaptar-se gradualmente a uma nova distribuição do poder; ou, como experimentado historicamente, um novo sistema legal pode ser estabelecido como resultado de uma rebelião ou uma guerra civil, a exemplo do movimento das “Diretas Já”, que culminou na Constituição de 88, e da Revolução Francesa, que encerrou um período de absolutismo e conduziu a burguesia ao poder.

8) O que poderia levar a uma “solução pacífica” dentro de uma comunidade ou em grupos diferentes?

9) Por que Freud afirma que a guerra poderia não ser um meio inadequado de estabelecer a paz? E qual a relação dessa ideia com a proposição do autor de que o homem tem trocado numerosas guerras menores por guerras em grande escala?

As guerras, para Freud, estabelecem a paz no sentido de que transformam a violência em lei. Por implicar a condição de vencedores e vencidos – que são, por sua vez, subjugados às exigências dos vitoriosos ou à pura humilhação –, a guerra consolida unidades maiores dentro das quais uma nova reação violenta torna-se impossível.

A paz que se instaura após uma guerra, no entanto, não se sustenta por muito tempo. Geralmente, devido a uma falta de coesão entre as partes unidas pela violência, as unidades se esfacelam novamente em guerra. Nietzsche antecipa este pensamento ao escrever, em “Assim Falava Zaratrustra”, que devemos “amar a paz como um meio de novas guerras, e mais a curta paz do que a prolongada”.

Porque as unificações provenientes da conquista sempre foram parciais e fadadas à eclosão de um novo conflito, o homem trocou o esforço bélico investido nestas numerosas e infindáveis guerras menores por guerras em grande escala, muito mais destrutivas e que garantem, consequentemente, maiores períodos de paz.

10) Quais as dificuldades de criação de uma entidade supranacional que garanta a paz mundial? (Liga das Nações/Onu)

A criação de uma instância suprema que satisfaça a necessidade de uma autoridade central julgadora já foi realizada – a Organização das Nações Unidas. No entanto, não lhe foi conferido poder próprio para arbitrar os conflitos. A principal dificuldade para que isto, de fato, seja colocado em prática, é a falta de disposição, por parte dos países que a compõem, de cederem suas vontades e poderes individuais. Cada nação responde por interesses particulares, que se chocam e impedem um consenso verdadeiramente isento de influências, imparcial.

11) O que mantém uma comunidade unida? Para Freud, qual a força das ideais nesse processo? Qual sua relação com uma visão idealizada do homem?

12) Explique a “teoria das pulsões” proposta por Freud.

Freud supõe que os impulsos humanos se resumem a apenas dois tipos: os eróticos ou sexuais, que correspondem a “Eros” (deusa grega do amor) e tendem a preservar e unir; e os agressivos, que correspondem a “Thanatos” (deus grego da morte) e tendem a destruir e matar. Ambas as pulsões, ainda que antagônicas, podem ser isoladas apenas para fins teóricos – em suas manifestações reais, operam juntas, mescladas.

O instinto de amor e conservação, quando dirigido a um objeto, vale-se também de certa contribuição do instinto de domínio, para que se obtenha a posse desse objeto. Por isso, diz-se que todos nós vivemos sob espécies de sadismo e de masoquismo, sendo o primeiro o desvio da libido narcísica do segundo para uma libido objetal e externa. Nesse caso, o gozo do objeto e sua posse agressiva coincidem, havendo uma clara fusão pulsional.

13) Como ele pensa os “motivos para uma ação”?

14) Por que Freud observa que “de nada vale tentar eliminar as inclinações agressivas dos homens”?

Para Freud, em cada criatura viva opera um instinto autodestrutivo que quer levá-la à morte. Este instinto se opõe às nossas pulsões eróticas, que representam o esforço de autoconservação e vida. O instinto de morte, que invariavelmente habita em todos os homens, torna-se instinto destrutivo quando direcionado a uma vida alheia. A destruição do mundo externo significa, portanto, um alívio ao organismo, que projeta suas pulsões destrutivas para outrem e preserva suas pulsões de vida. Não há, dessa maneira, como eliminar as inclinações agressivas dos homens, apenas desviá-las ou transformá-las.

15) O que Freud propõe como “métodos indiretos de enfrentar a guerra”?

Segundo Freud, a guerra entre grupos encontra uma solução individual. Ela ocorre através do desvio da pulsão destrutiva em um caminho de Eros. Dessa maneira, estreitam-se os vínculos amorosos de tal forma que ocorre uma transformação individual, ética e estética. A libido sublima-se ao ponto de não mais suportar uma manifestação primitiva; constrói-se uma sensibilidade que não mais se nutre de ódio e destrutividade.

No documentário “The Lady in Number 6”, a pianista Alice Herz Sommer reflete sobre sua existência a partir da importância que atribui à música. Percebemos um olhar que volta-se sobre as perdas e sobre a violência a que foi exposta de maneira tão generosa, tão positiva, que sua evolução

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