Comunicação e Expressão
Por: Juliana2017 • 19/9/2017 • 2.832 Palavras (12 Páginas) • 315 Visualizações
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Consiste em dar existência aos seres por meio da atribuição de nomes comuns, com o objetivo de individualizá-los e classificá-los, ou nomes próprios, para atribuir-lhe unicidade, no qual essa é acompanhada de qualidades que o especifique, por exemplo, “olhos azuis”.
8- Em que consiste o procedimento de construção objetiva do mundo e que tipos textuais envolve?
Consiste em qualificar os seres com o objetivo de permitir que esses possam ser identificados por outro sujeito, além do sujeito falante. Esse procedimento é usado em textos que procuram definir ou explicar, incitar ou contar sobre a realidade de modo que esses seres possam existir independentemente da descrição própria do autor, por exemplo, um editorial.
9-Em que consiste o procedimento discursivo de construção do mundo e que tipos de texto envolvem?
É relativo à concepção pessoal do sujeito, ou seja, descreve os seres do mundo através de uma visão própria do sujeito falante. Esse procedimento é usado em textos que procuram definir ou explicar, incitar ou contar sobre a realidade, por exemplo, uma reportagem.
10- O procedimento lingüístico de Nomeação usa quais categorias lingüísticas e como se fazem presente nos textos?
O procedimento citado usa as seguintes categorias: demonstração, que se faz presente em contos, fábulas ou lendas, através da identificação dos seres por meio de uma visão geral ou particular. Indeterminação, presente em relatos por meio do qual há omissão de lugares e presença da atemporalidade. Atualização, presente em artigos, pois produz um efeito de singularidade, de contrariedade ou de familiaridade, permitindo que o leitor se identifique com o texto. Dependência, usado em poemas, pois gera efeitos de análise com o uso de pronomes possessivos. Designação, através da utilização de pronomes demonstrativos que gera efeito de tipificação. Quantificação, que produz efeito de subjetividade com a presença de termos quantificadores (maior, baixo, pouco etc.). E a Enumeração, que permite fazer listas de seres humanos ou não, com o uso de expressões comuns (Lá, cá, onde, aqui, etc.), de artigos, e de nomes no plural que não são precedidos de artigo.
11- O procedimento lingüístico de Localização usa que tipos de categorias lingüísticas e como se materializam no texto?
No procedimento lingüístico de Localização estão inseridas as categorias gramaticais, que propicia ao relato, por exemplo, em uma romance realista, um quadro espaço-temporal. Esses jogam, essencialmente, com a precisão, o detalhe e a identificação de lugares e época de um relato (categoria de Identificação). Ou, contrariamente, essas categorias gramaticais podem deixar os lugares e o tempo, improváveis, vagos, sem identificação, pelo fato de o relato não depender somente de uma realidade específica, mas por colocar em cena destinos, protótipos que estão fora da sucessão de acontecimentos, ou seja, pertencem à categoria de Qualificação.
12- O procedimento lingüístico de Qualificação utiliza-se de quais recursos e como se fazem presentes nos textos?
Acumulação de detalhes e de precisão, que utiliza recursos e termos, mais ou menos técnicos, com o objetivo de gerar um efeito de coerência realista. Entretanto, a falta de precisão pode ser índice de um tipo do qual os heróis, os lugares e os objetos se tornem modelos de seres criados (arquétipos). E Utilização de analogia, que consiste em por em correspondência os seres e as qualidades que possuem, com o objetivo de compará-los, podendo ser: explícita, através do emprego de termos comparativos; ou implícita, pelo uso de figuras de linguagem (metáfora, metonímia etc.).
13- Conforme Charaudeau (2008) como a escola, comumente, trata o modo de organização narrativo?
Por uma prática de exercícios que consiste em descrever ou contar um texto sem nenhuma distinção entre os termos. Classificação de textos ditos narrativos, mas que se apóiam em critérios de diversas ordens, por exemplo, o descritivo. E pedagogia da explicação de texto, que constrói um discurso argumentativo sobre uma narrativa e esse procedimento não faz distinção entre os modos de organização.
14- Como esse autor define o ato de contar e quais elementos são envolvidos nesse ato?
Contar é explicitar uma sucessão de acontecimentos no espaço-temporal, mas para que se torne uma narrativa necessita de contexto e dois elementos: o “contador” (narrador, escritor, testemunha etc.), que queira transmitir alguma coisa, o que foi vivido; e um “destinatário” (leitor, ouvinte, espectador etc.), o receptor aquele cujo ato de contar lhe é dirigido.
15-Quais as definições sugeridas por Charaudeau para o ato de contar?
Contar representa uma busca constante e infinita, a procura por respostas inalcançáveis de perguntas como “qual a verdade de nosso ser?”. É uma atividade posterior a uma realidade, ou seja, é uma ação gerada a partir de um acontecimento passado e que produz um novo acontecimento.
16- Qual a relação estabelecida pelo estudioso entre unicidade e pluralidade?
Segundo o autor unicidade e pluracidade são representações do mundo, do ser humano e da verdade, de modo que, na unicidade a representação é feita de modo fragmentado e particular, ou seja, de uma visão própria do autor. Já em pluricidade a representação é homogênea e universal, isto é, de um senso comum.
17- Qual a diferença entre a narrativa e o modo narrativo?
O modo narrativo é um componente da narrativa, ou seja, é um elemento que pode ser usado, assim como o descritivo, para construir um texto de ordem narrativa.
18-Qual a diferença entre o modo descritivo e o modo narrativo?
O modo descritivo apresenta um mundo imutável, ou seja, que é mostrado de um jeito e assim permanece. E esse mundo só precisa ser mostrado para ser reconhecido. Ao contrário, o modo narrativo nos leva a um mundo de sucessões de ações, ou seja, um mundo dinâmico que precisa ser vivido.
19- Como se distinguem os indivíduos nos modos narrativo e descritivo?
No modo narrativo o indivíduo que narra desempenha o papel de relatar ao que foi vivido, permite expressar o ponto de vista do locutor
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