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Trabalho de ciencias socias

Por:   •  16/1/2018  •  2.875 Palavras (12 Páginas)  •  393 Visualizações

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(Prefácio Interessantíssimo)

É necessário não desperdiçar titulo tão sugestivo, cabe agora perguntar trata-se de tema serio? É tema que devera ser seriamente considerado, mas conseguiremos pensar a sério? Razão Tupiniquim? Não é coisa no que se pense- e, sobretudo nestes termos só pode ser brincadeira, jamais um tema sério. Creio que isso fique claro se considerarmos estas duas ocorrências, fulano de tal é um homem sério e fulano de tal leva a sério seu trabalho. No primeiro caso queremos dizer que fulano de tal é um homem que zela pela seriedade das aparências. Na segunda ocorrência, a seriedade em questão remete-se outra gama de significação, levar a sério, seja um trabalho, um lugar ou um amor, não consiste no zelo pela vigência de normas sociais, ao contrário. A sério, revigoro o mundo com uma quantidade imensa de significações, sério, reduzo-me a objeto morto, caricato, de existir centrado no externo, só aqui poderemos encontrar o germe revolucionário indispensável à criatividade, existem coisas sérias consagradas pelo uso acadêmico de boa e alta ilustração.

(Cap. 3) Uma razão que se expressa

Por muitos anos procurei a mim mesma achei.

Agora não me digam que ando

à procura de originalidade, porque já descobri onde, estava,

Pertence-me, é minha.

MÁRIO DE ANDRADE

(Prefacio Interessantíssimo)

O que chamamos de filosofia grega nada mais é do que streep-tease cultural que a Razão grega realizou de si mesma. No momento em que encontrasse tal objeto, teria concluído minha tarefa, mas não existem de fato com o que, ou com quem, eu deva me encontrar para descobrir, os encontros com são externos e superficiais. Tal conceito está no carne da Filosofia de Hegel, este sustenta que o pensamento filosófico nada pressupõe além da Razão, que a história trata-se da Razão, e somente da razão e que o estado é a realização da Razão, o suposto da verdade é de resto é postulado intencionalmente na própria do ato de pensar. Além disso, se sua pretensão básica é a verdade, vale lembrar que esta só faz sentido quando do é minha, ou talvez fosse para nós excessivamente doloroso descobrir-se em, enfrentar a radical solidão nudez. Tiraríamos a roupa para descobrir, absurdamente, que estamos nus. Sem máscaras de aplausos ou punições, sem nossa imagem de homens, cheios de certeza. O que, afinal, fazer de uma nudez que não aceitamos como nossa?

(Cap. 4) Filosofia e Negação

O passado é lição para meditar, não para reproduzir.

MÁRIO DE ANDRADE

(Prefácio Interessantíssimo)

Quanto à ciência, urge saber de sua validade, das condições de construção de seus objetos e determinar, no conjunto da cultura, o lugar do conhecimento que propõe, não é o que ocorre com a filosofia. Antes mesmo de determinado o lugar e a validade da ciência já dão por sua importância, é claro que mal sabemos o que seja progresso, mas não importa, o cientista é, do ponto de vista do vigente, dispensado de defender a cidadania da cidadania da ciência, ela já tem a admitida. O conceito de responsabilidade é, assim visto, essencialmente critico, e já sabemos que o homem respeitável é o homem sério. Visara manter o mundo dado com toda a sua seriedade, é fato constante nossa tendência a evitar o choque de ideias e as tomadas de posição. Tudo isto poderia consistir em empresa louvável, mas não do modo como a conduzimos, dissolvendo oposições, cabe a proposito alerta que no meio não está a virtude, como muitos pensam. No meio está o medíocre.

(Cap. 5) O mito da imparcialidade: o ecletismo

Trazendo em seu espírito o reflexo das faces mercantil e

feudal do domínio, teve a inteligência nacional que conciliar também

o liberalismo econômico e o instituto da escravatura,

procurado ajustá-lo à realidade do país.

Ademais, tudo a levava uma ideologia da mediação.

PAULO MERCADANTE

(A Consciência Conservadora no Brasil)

Além do futebol e do jogo do bicho. Entre elas, o ecletismo e o jeito, as sementes lançadas sob o manto da autoridade de Cousin, filósofo oficial na França de Luiz Felipe (1831/ 1848), encontraram terreno fértil. Sinônimo de simples justa posição de ideias, perde, no Brasil, toda e qualquer conotação negativa e é adotada, quase universalmente, com a denominação de esclarecido. Gostaria de começar por uma afirmação obvia e altamente ingênua, a de que o Brasil é um país jovem, esta expressão que circulou com sucesso durante anos, ressalta nossa pujança virtual e grandeza ainda não realizada. Há uma ilusão, a de que possamos imparcialmente usufruir benefícios das mais diversas reflexões estrangeiras, delas retirando o melhor. A partir do momento em que põe, é delírio pretender um conhecimento absoluto, imutável e aqui emerge outra de nossas contradições, de céticos nos relevamos dogmáticos. Entre-nós, portanto, a pobreza filosófica de um país não apenas jovem, mas sobretudo imaturo, que ainda não conseguiu levar a sério, preso a modelos de seriedade providenciados estranhamentos.

(Cap. 6) O mito da concordância: o jeito

A gente dá um jeito

(Do povo)

Ficamos muito satisfeito em ser, pelo que nos parece, o único povo de tão saudável atitude. Um homem que se exalta perde a capacidade de dar um jeito, um país que entra num processo revolucionário não soube descobrir o jeito de evitar coisa tão desagradável. É saber ver, para o brasileiro- futebol posto de lado-, o máximo ridículo é ser apanhado crendo, embora a observação seja precisa, não me parece suficiente. Embora a constatação esteja correta, o fundamento desta critica parece fraco. Esta, a expressão máxima de nosso pretenso espirito eclético e conciliador, o fanatismo do mesmo, os grupos são lugares de privilegio das elites na partilha do poder, nesta prisão primaria que é o grupo fanático, a visão

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