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POBREZA: DESCONSTRUINDO CONCEITOS E PROPONDO ALTERNATIVAS

Por:   •  5/3/2018  •  2.021 Palavras (9 Páginas)  •  334 Visualizações

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4. A ECONOMIA COMO MEIO DE COMBATE À POBREZA

Antes de aprofundar em tal infortúnio presente no Brasil, faz-se necessário compreender sua raiz no seio social. Diante da afirmativa de que a pobreza é o estado natural do homem, o homem é naturalmente miserável. Sem nenhum aparato tecnológico o homem sucumbe frente à natureza. Tendo como objeto de observação algumas revoluções a partir do século XII, percebe-se que o acúmulo de de riquezas é gerado, proveniente das classes chamadas "burguesia".

Como se obteve?

Através da concentração de capital. Pode-se acumular capital a partir do momento que se produz mais do que se consome. Vende-se o excedente obtendo o que se chama comunmente de “lucro”. É essa contínua acumulação de ganho que forneceu suporte às duas grandes revoluções industriais, consequentemente, gerou-se mais e proporcionou avanço tecnológico, criando assim, um ciclo. Esse modelo, pautado no produto final, necessita da garantia da livre iniciativa. Isto é, cada indivíduo que dispõe de um determinado bem de consumo necessita de total liberdade para fazer uso da forma que julgar.

Uma alternativa a esse sistema apresentado, seria o modelo que ficou conhecido como “comunista” . Nesse cenário os bens de consumo não seriam do indivíduo, mas de toda a comunidade, sendo o Estado o responsável por fazer a distribuição igualitária desses bens. O principal exemplo histórico que representa esse sistema foi a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, cuja economia entrou em colapso no fim dos anos 1970, ocasionando a vitória do bloco capitalista, que ficou conhecido como “guerra fria”. O maior expoente pela queda da União Soviética é o modelo econômico por ela adotado, o comunismo. Das diversas justificativas apontadas por Mises para tal inviabilidade, duas aqui são mencionadas:

- O fim da iniciativa privada resulta em menos investimentos, o que diminui a produção.

- Sem a livre concorrência, a qualidade dos serviços prestados diminui, arrastando consigo a qualidade de vida das pessoas.

Destarte, os liberais sustentam que o Estado não deve atuar como um pai, mas deve ser reduzido ao mínimo necessário. O adequado seria, portanto, o incentivo à livre iniciativa e ao empreendedorismo. Um exemplo não distante, que após décadas atuando com uma economia fechada, finalmente se rendeu às “graças do capitalismo”, desse momento em diante a China obteve números inimagináveis. Como prova para esse fato, em 2014 o crescimento do PIB chinês (7,4%) foi pior resultado nos últimos 24 anos, valor que ficou abaixo da meta oficial, mas superou expectativa do mercado.

É evidente que os portões do mercado devem ser abertos para o empreendedorismo no Brasil. O país possui a economia mais fechada do G20, isso em décadas de "progresso". Nos Governos de Fernando Henrique Cardoso e parte de Luis Inácio Lula da Silva foi praticada uma economia mais livre e um período de maior crescimento da história, ocupou-se a posição de 7ª maior potência econômica do mundo. Todo esse crescimento econômico teve forte influência na redução da pobreza. Em 2014 o Brasil saiu do mapa da fome da ONU. Entretanto, laços econômicos infrutuosos tem impedido o avanço do Brasil. Com economia estagnada o hall de membros do Mercosul não ascende ao progresso e acorrenta o vizinho de terras tupiniquins projetando-o ao mesmo fim.

No poema “Bomba Suja”, Ferreira Gulart diz:

“E sobretudo é precisotrabalhar com segurançapra dentro de cada homemtrocar a arma de fomepela arma da esperança.”

O Poeta clama às pessoas para assumirem a responsabilidade pelos seus próprios destinos, exatamente como defende os liberais.

A música “Perfeição” critica a estupidez humana. Essa estupidez consiste em acreditar que é vital um poder superior dizendo como ou não conduzir os métodos de produtividade.

Nos entrechos, Ilha das Flores, é exposto uma situação de calamidade, todas as pessoas ali exibidas não possuem emprego, ou alguma forma de trabalho remunerável. Ora, se as tais possuíssem um ofício pertenceriam a um contexto contrário. Tal afirmação soa de forma ridícula por ser óbvia.

Diante da presente crise, fruto das últimas gestões, o governo deve adotar medidas que visem atrair investimentos e não medidas protencionistas. É necessário uma maior liberalização da economia. Considerando todos esses aspectos, parece claro e urgente que ações sejam adotadas no sentido de deter o atual processo recessivo, antes que este possa atingir o ponto de não retorno. O aprofundamento desse processo poderia significar a possibilidade de destruição do parque industrial, montado a custo de tantos sacrifícios, exatamente agora, no momento em que a economia internacional começa a dar os primeiros sinais de recuperação.

É fundamental para os cidadãos garantir um mínimo de recuperação do nível de emprego, em razão dos aspectos sociais envolvidos, além de promover a recuperação da indústria nacional. Para isso, é preciso definir políticas setoriais que visem à reorientação do crescimento para os setores onde este seja compatível com as limitações externas.

4.1. O que as pessoas pensam?

Baseando-se em todo conteúdo já posto, uma pesquisa de escopo político-econômico foi realizada, a fim de inteirar-se do angulo opinativo das pessoas. A seleção de entrevistados não foi rigorosa, exigindo apenas idade superior a 25 anos, devido à maior experiência de vida e, por conseguinte, conhecimento sobre o tema.

Na pesquisa os entrevistados se submeteram a duas perguntas, na seguinte ordem:

- Qual a razão da pobreza no Brasil?

- Qual é a melhor alternativa para solucionar a questão da pobreza?

O resultado é que se sucede:

[pic 1]

O resultado é surpreendente, embora a desigualdade social seja amplamente colocada pela mídia como o grande fator da pobreza. A própria música “Perfeição” critica a sociedade apática e desinformada, alienada. Ao lado do "Estado de natureza", a má gestão de governo é apontada como a principal razão da pobreza. Ora, havia pobreza antes de haver má gestão de governo, aliás, havia pobreza antes de governo.

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