Os Metodos Quantitativos

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GRELHA DE OBSERVAÇÃO

Local de aplicação: Ilha do Faial

Objecto de Estudo: 75 Indivíduos do sexo masculino com idades compreendidas entre os 22 e 55 anos de idade (agressores de violência doméstica)

Quanto à perspectiva teórico-metodológica, que enquanto investigadora, me vai permitir observar esta realidade, optei por não me limitar apenas a uma linha teórica, até porque parece-me de todo pertinente e importante a utilização das três perspectivas, e porquê? O Interaccionismo simbólico, porque através desta perspectiva pode ser feita a reconstrução dos pontos de vista, subjectivos do objecto de estudo, ou seja, perceber como é que os agressores experienciam as agressões às suas companheiras, e qual o significado que essas agressões representam para os sujeitos e quais os significados que os indivíduos atribuem aos comportamentos violentos. A Etnometodologia porque através desta perspectiva, a realidade social, pode ser analisada através das tarefas do dia-a-dia, questionando como as pessoas produzem a realidade social, isto é, neste caso em concreto, analisar os comportamentos dos agressores de violência doméstica. Esta perspectiva tem ainda, como objectivo principal, analisar as diferentes maneiras, que as pessoas utilizam para fazerem diversas coisas, na sua vida. Segundo Coulon a etnometodologia é definida como “ a busca empírica dos métodos empregados pelos indivíduos para dar sentido e ao mesmo tempo realizar suas acções de todos os dias: comunicar-se, tomar decisões, raciocinar”(Coulon, 2005:32).O modelo estruturalista, porque analisa experiências e actividades onde todos participamos. São “alicerces” do subconsciente, que estão integrados nos modelos culturais, que podem levar á resposta de por exemplo destas questões: quais as razões que levam á violência? Será que é uma questão de cultura? Esta questão e outras mais podem ser respondidas por esta linha teórica. A triangulação destas três perspectivas são de uma importância fulcral, porque cada uma delas, à sua maneira, estuda parte do fenómeno, podendo tanto interagir como complementarem-se, fornecendo uma melhor visão sobre o problema (Flick, 2005).

Bibliografia:

Almeida, Ferreira de, Pinto, José Madureira (1986): “ Da teoria à investigação empírica. Problemas metodológicos gerais”, in metodologia das Ciências Sociais, José M. Tinto, Augusto S. Silva (orgs.), Porto, Edições Afrontamento.

CARMO, Hermano, FERREIRA, Manuela, (1998) “Metodologia da Investigação – guia para Auto-aprendizagem” Lisboa: Universidade Aberta

Coulon, A.La Etnometodologia 3 ed. Madrid: Cátedra 2005;

FLICK, U. (2005) ” Métodos Qualitativos na Investigação Cientifica”, Lisboa: Monitor.

Quivy, Raymond; Van Campenhoudt, Luc; Manual de Investigação em Ciências Sociais. Lisboa: Gradiva, 1998