O Estudo Dirigido
Por: Ednelso245 • 13/10/2018 • 1.533 Palavras (7 Páginas) • 280 Visualizações
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Segundo Weber (2002, p.27 e 28), as inspirações científicas, é algo que depende de fatores que muitas vezes ignoramos, além dos “dons”, e que no campo da ciência, só tem “personalidade” quem está pura e simplesmente ao serviço da causa. Faz-se uma comparação entre cientista e artista, e fala que apesar da existência de condições prévias, comuns ao nosso trabalho e a arte, o trabalho científico está submetido a um destino que o distingue profundamente do trabalho artístico, O trabalho científico fica inserido na corrente do progresso, enquanto o trabalho artístico está ao contrário, não existe neste sentido nenhum progresso. O sociólogo compara outra vez a ciência e a arte, quando fala que a arte pode envelhecer mais nunca será ultrapassada, mas pelo contrário, fala que na ciência, toda realização científica pode ficar ultrapassada pelo fato de surgir outros questionamentos.
De acordo com Weber (2002, p.30), o progresso científico constitui um fragmento, decerto o mais importante do processo de intelectualização a que, desde milênios, estamos submetidos e perante o qual, além disso se adapta hoje, muitas vezes, uma atitude negativa. Em seguida o texto nos fala que dificilmente temos conhecimento dos mecanismos e funções das coisas que utilizamos para sobreviver, exceto se for um físico. Os selvagens, ao contrário, conhecem melhor os instrumentos que utilizam para a sua sobrevivência, expondo que a intelectualização e a racionalização geral não significam, um maior conhecimento geral das condições de vida, mas algo muito mais diversos, uma “crença” em que se quiséssemos, poderíamos ter esse conhecimento, a diferença estar em podermos dominar praticamente tudo por meio de previsão, ao contrário dos selvagens que recorriam a poderes mágicos, esse pode ser considerado o significado da intelectualização.
O sociólogo argumenta que o processo cientifico é um fragmento do processo de desencantamento. Esse processo de desencantamento do mundo é obtido por meio de conceitos, usados desde a renascença “[...] um dos maiores instrumentos de conhecimento científico: o conceito” (Weber, 2002, p.33). Bastava compreender alguns conceitos para chegar ao ser verdadeiro.
Com o renascimento surgiu o experimento racional, como um” [...] meio seguro de controlar as experiências, sem qual a ciência empírica moderna não teria sido possível” (weber, 2002, p.33).
“ Foi, porém, o Renascimento que elevou a experimentação ao nível de um princípio da pesquisa como tal. Os precursores foram, incontestavelmente, os grandes inovadores no domínio da arte: Leonardo da Vinci e seus companheiros e, particularmente e de maneira característica no domínio da música, os que se dedicaram à experimentação com o cravo, no século XVI. ” (WEBER, 2005, p. 33).
Segundo Weber, a ciência não tem pressupostos, porem tudo dependem da maneira comas as palavras são empregadas. “ Todo trabalho cientifico pressupõem sempre a validade das regras da lógica e da metodologia, que constituem os fundamentos gerais de nossa orientação” (Weber, 2002, p.36).
O professor tem a função de instruir os alunos para o conhecimento, proporcionando novos questionamentos. De acordo com Weber (2002, p.43), uma parte da juventude vai as aulas para vivenciar algo mais do que simples analises e verificações de fatos, para ele isso é errado pois consiste em procurar o professor como um líder e não um professor.
“ É preciso não esquecer que o valor de um ser humano não se põe, necessariamente, na dependência das condições de líder que ele possa possuir. De qualquer maneira, o que faz, o que transforma um homem em sábio eminente ou professor universitário não é por certo, o que poderia transformá-lo num líder no domínio da conduta prática da vida e, especialmente, no domínio prático. O fato de um homem possuir esta última qualidade é algo que brota do puro acaso. ” (WEBER, 2005, p.44).
Sendo assim, qual o papel da ciência na vida pratica e pessoal? Segundo weber (2002, p.45), se dá em 3 quesitos: a primeira é baseada no fornecimento de um certo número de conhecimentos que nos permitem dominar tecnicamente a vida por meio da previsão, tanto no que se refere à esfera das coisas exteriores como ao campo da atividade dos homens. O segundo, a ciência nos fornece métodos de pensamentos, isto é, os instrumentos e uma disciplina. A terceira é a clareza
Para Weber (2002, p.47), a ciência é, uma vocação, alicerçada na especialização e posta ao serviço de uma tomada de consciência de nós mesmos e do conhecimento das relações objetivas. A ciência não é produto de revelações, nem é de graça que um profeta ou um visionário houvesse recebido para assegurar a salvação das almas; não é também porção integrante da meditação de sábios e filósofos que se dedicam a refletir sobre o sentido do mundo.
Bibliografia
WEBER, Max. Ciência e política: duas vocações. Trad.: Leonidas Hegenberg e Octany Silveira da Mota. 17. ed. São Paulo: Cultrix, 2002.
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