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Introdução a sociologia

Por:   •  3/4/2018  •  1.502 Palavras (7 Páginas)  •  267 Visualizações

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Mesmo que nos dias de hoje uma pequena parcela de pessoas participantes desses grupos, tenham conseguido ocupar um, pequeno espaço no ambiente universitário, essa diversificação mínima, não assegura o rompimento dessa epistemologia, cuja as bases são fundadas em conceitos teóricos que ainda são, europeu, masculino, branco e heteronormativo.

A palestrante critica o fato de que mesmo depois de quase um século e meio de estudos antropológicos, os mesmos erros ainda são cometidos, fala-se dos outros com a mesma epistemologia hegemônica, ou seja, os antropólogos continuam a falar do outro sem dar o devido espaço, em seus templos sagrados da ciência, aos conhecimentos e o modo de se ver o mundo de populações não hegemônicas. Assim as outras formas de se produzir conhecimento, são úteis apenas para serem observadas e analisadas, mas nunca em produzir de forma conjunta um conhecimento antropológico.

Para a palestrante, esse é um dos maiores desafios para a ciências sociais no século XXI, a reformulação dos modos de se produzir conhecimento, por meio da abertura epistemológica da disciplina, ou seja, para ela, o grande desafio é a inserção total das epistemologias não hegemônicas nas universidades e centros de pesquisas, pois, esse modo de produção de conhecimento hegemônico, nos proporciona respostas até um certo limite, pois trata-se de processo exterior ao outro, então se outras bases epistemológicas viessem se somar a esta, esse limite poderia facilmente ser rompido.

A palestrante conclui dizendo, “Acredito que temos muito o que avançar, esse avanço só será possível quando a força homogeneizante do capitalismo moderno, parar de se impor com tanta violência nos corpos e mente dos jovens negros, indígenas, quilombolas, LGBTs, que ainda hoje não encontram em seus espaços de formação a possibilidade de construir conhecimento a partir de suas próprias formas de ver e vivenciar o mundo”

E por último contamos com as considerações fornecidas pela Me. Mariana Toledo Ferreira, docente na área de Sociologia, que iniciou afirmando que a sociologia enquanto disciplina cientifica, já nasce com um processo essencialmente tenso e contraditório e que desde a sua origem até os dias de hoje, o que marca a história da sociologia é a contradição.

A sociologia tanto no senso comum, quanto no meio acadêmico e profissional, é como uma poderosa arma, tanto a serviço do pensamento conservador, dos interesses dominantes, do controle social; quanto é vista ao mesmo tempo como uma expressão teórica do movimento revolucionário, em outras palavras, a sociologia possui uma posição completamente contraditória. Esta foi banida de uma série de universidades, excluída dos currículos das escolas brasileiras, pois estava pré suposto nisso uma sociologia que era perigosa, que era sinônimo de socialismo.

A palestrante, se diz tomar partido daqueles que acham que a sociologia pode ou deve ser, um empreendimento essencialmente crítico e que não deve permanecer como uma disciplina puramente acadêmica, e restrito apenas ao espaço da universidade e das demais instituições de ensino e pesquisa. Isso porque, segundo ela, a sociologia desde seu início sempre foi algo além da tentativa de pensar a sociedade moderna, as explicações da sociologia sempre tiveram intenções práticas, sempre contiveram em parte, um forte desejo de, não só explicar, mas intervir no rumo dos acontecimentos ocorridos na sociedade moderna.

O fato de haverem interpretações e interesses conflitantes, segundo a palestrante, não constitui uma fraqueza para a sociologia, mas sim sua força, contradizendo outros tantos sociólogos que afirmam o contrário, que o fato de existirem explicações conflitantes para o mesmo fenômeno, são indícios de que a sociologia é uma ciência mais jovem que as demais, e que quando crescer e ficar adulta terá um único modelo explicativo, uma única forma de explicação, um único padrão de explicação. Para a Me. Mariana, esse amadurecimento não ocorrerá.

Para ela, a Sociologia confronta-se com desafios teóricos e metodológicos inerente a seu objeto de estudo, a realidade social em movimento. Este é um objeto vivo e contraditório em contínua transformação, assim a Sociologia tem por obrigação se repensar a todo momento, formulando novos princípios explicativos e novas teorias sobre a vida social. Essa pluralidade de princípios explicativos e teorias, assim como as suas tensões e contradições se constituem em um dos maiores desafios de se ensinar sociologia no ensino médio.

Como apresentar a sociologia, como um conhecimento especializado com um estatuto próprio diferente do senso comum e ao mesmo tempo apresentar a pluralidade e a diversidade e a contradição como características intrínsecas do conhecimento sociológico?

Ao final o Professor Dr. Danilo José Dalio, coordenador do curso de Ciências Sociais do campus Formosa, complementa que um dos grandes desafios das ciências sociais é tentar definir as especificidades de cada uma dessas três áreas, e a dificuldade e perceptível por que embora cada professor tenha tratado cada um de sua respectiva área, houve uma abordagem dos mesmos temas

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