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Chegada dos europeus na America

Por:   •  22/3/2018  •  3.955 Palavras (16 Páginas)  •  363 Visualizações

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Em sua provável carta Américo Vespúcio descreve para seu patrão Lourenzo de Médici os detalhes sobre sua chegada naquelas terras, que foi chamado por ele de” Novo mundo”, segundo ele, cujo nome se dar pelo fato de ser algo diferente de todas as outras regiões e relatos dos antepassados que diziam que aquelas terras não eram habitáveis e por isso toda aquela idealização que os indivíduos adquiriram com contos se fazia necessário esquecer.

“Todavia, essa última minha navegação constatou que essa opinião deles é falsa e totalmente contraria à verdade, já que encontrei naquelas partes meridionais um continente habitado por mais numerosos povos e animais do que na nossa Europa, ou Ásia, ou África (...)” (Vespucci,2003, p.35)

Nesse trecho é importante analisar o conhecimento que Américo Vespúcio tem da geografia, destacando a nós a ideia de que ele tem características de um Geografo.

Américo Vespúcio dando continuidade em sua carta informou sobre as controvérsias que sofreu para chegar naquelas terras agradecendo a Deus pela sua misericórdia de ter manifestado e direcionado ele para aquelas regiões que tanto haveria pedido para destina-lo, afinal, estava em falta, a lenha e água, sendo assim não iriam conseguir sobreviver por muito tempo. Américo relata também o encontro com os nativos naquelas terras;

“Primeiro, pois, sobre os povos. Encontramos naquelas regiões tanta multidão de gente quanto ninguém poderá enumerar, como se lê no apocalipse (...), (...) Todos, de ambos sexos, andando nus(...), “(...) com efeito, têm os corpos grandes, quadrados, bem dispostos e proporcionais, com cor tendendo para o vermelho, o que lhes acontece, julgo, porque, andando nus são bronzeados pelo sol (...)”, “(...)com efeito, eles perfuram as maças do rosto, os lábios, as narinas e as orelhas. Nem julgues que aqueles furos sejam pequenos ou que tenham apenas um (...), tapam esses seus furos com pedras azuis, marmóreas, cristalinas e de alabastro, belíssimas (...), ficarias admirado se visses coisa tão insólita, semelhante a monstro (...). (Vespucci, 2003, p.40)

É importante destacar aqui nesse trecho o método de observação aplicado por ele, incorporando características de um antropólogo. Percebe-se também o papel fundamental que as escrituras sagradas influenciaram em suas atitudes e forma de ver o mundo, ou seja a forma com que ele se construiu através das escrituras.

Vespúcio também nos informa que os indígenas viviam como se o tempo estivesse parado pelo fato de achar eles desorganizados socialmente e praticarem o incesto. Porém argumentou também que eles tinham bastante conhecimentos na fabricação de armas, utensílios e remédios como também eram ótimos pescadores.

“Vivem 150 anos. Raramente ficam doentes. Se adoecem, curam-se com raízes e ervas. Essas são as coisas mais notáveis que conheci sobre eles [...] nunca houve peste ou outra doença oriunda da corrupção do ar [...] são pescadores muito aplicados.” (VESPÚCIO, p. 45)

Gruzinski em “A passagem dos séculos” relata sobre a chegada de Pedro Alves Cabral no Brasil e o encontro com os nativos, segundo Huizinga, Nicolau coelho desembarcou e fez contatos com os Índios, e no domingo de Pascoa, numa ilha da baia Francisco Henrique celebrou a primeira missa e comentou sobre os acontecimentos informando sobre as suas vindas e do acha mento das terras, como também esclareceu que o “descobrimento não haveria nenhuma importância particular, “A famosa carta que Pero Vaz de Carminha escreve ao rei Manoel;

“Insiste porém sobre a necessidade de evangelizar a região, pois “o melhor fruto que n’ella se pode fazer me parece que será salvar esta gente” (...)

Iglesias volta ao tempo e relata Sobre a chegada de Cristóvão Colombo;

“O ano de 1492, se lembra a viagem vista em geral como a revelação da América, lembra também o terrível genocídio de milhões de nativos, espoliados de suas terras pelo conquistador europeu, às vezes com a justificativa da catequese para o cristianismo ou para civilizar povos vistos como em estádio inferior, carentes de assistência ou de tutela, em pervertida concepção. (IGLESIAS,1992, p. 27).

Percebe-se a forma com que os europeus lhe dão com as situações nos relatos acima o etnocentrismo. Esse estranhamento dos Europeus que fez com que eles não enxergasse a diversidade cultural que os nativos tinham, entretanto fez com que validasse só o seu conhecimento de mundo originando a ideia de que só a sua cultura é válida, sendo assim, aqueles nativos foram inferiorizados e tidos como selvagens e o Iglesias nos traz como reflexão sobre a comemoração desse dia promovida pelo governo. Quando comemoramos o dia do Índio, vem a imagem de um índio feliz, nu e com penas na cabeça. E agora o que nos restam como diz Gruzinski é só migalhas de informações e suposições em cima dos fatos relatados pelos os Europeus. Portanto na passagem do século, o Gruzinski retoma a chegada de Cristóvão Colombo e supõe uma imaginação de como seria essas ilhas antes da chegada das Caravelas;

(...)É preciso imaginar essas ilhas na véspera da chegada das primeiras caravelas, indígenas nus que cultivam a mandioca, a batata-doce, o milho e o algodão, que conhecem a arte dos mares e se deslocam de ilha em ilha (...). (...) “A bem na verdade, nada sabemos da vida cotidiana dessas populações, de suas esperanças e de seus medos. Só nos restam migalhas de informações e as impressões recolhidas pelos europeus que se aventuraram por esse mundo a partir de outubro de 1492”.

As grandes navegações foram o começo da conquista da América e da exploração das novas terras por parte das potencias Europeias, especialmente nos dois rios Ibéricos “Portugal e Espanha” após chegarem a américa os Espanhóis subjugaram os povos locais principalmente em suas ilhas do cariri onde os nativos foram quase todos mortos, Os espanhóis passaram a trazer negros em condições de “escravos” para trabalhar nas lavouras.

Em 1519 com o grupo comandado por René cortesia chegou a região do México e iniciou a conquista do império “Asteca” treze anos depois a conquista das terras Incas por Francisco Pizarro fortaleceu a dominação espanhola na américa, depois dessas conquistas os espanhóis deram início à fundação de vilas e cidades na América. A construção da cidade seguia modelo urbanístico espanhol baseado nos padrões do renascimento.

Com a descoberta a Américas houve uma quantidade significativa de comercio humano, esses humanos eram do continente africano. Com a chegada dos Europeus na África

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