Antropologia Visual

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Flaherty constrói esta narrativa em torno do quotidiano do povo esquimó Itiumuits, que obtém alimento através da caça e da pesca, mas também da sua luta contra o rigor do inverno. Fascinou-me a habilidade do personagem Nannok na construção do iglo (algo novo para mim), mas senti algum desconforto emocional ao ver a luta diária pela sobrevivência naquele clima tão agressivo. Experimentei alguma tensão e angústia, crescente, ao longo do filme. Será que o “tigre do norte” vai vencer e a fome continua para a família de Nannok? Não, não vence e o flagelo da fome dita que imediatamente comecem a comer. Mas, também a alegria das crianças, e o espanto de Nannok perante as tecnologias ocidentais, são registadas. A mais-valia deste filme documentário é mostrar ao mundo civilizado que o primitivo é um Homem que pertence a uma cultura e sociedade diferentes, mas tem sentimentos, saberes e autonomia de vida próprios.

Bibliografia e Webgrafia

LAPLANTINE, François (2003), Aprender Antropologia, São Paulo: Brasiliense.

RIBEIRO, José da Silva e BAIRON, Sérgio (2007), Antropologia Visual e Hipermedia, Porto: Edições Afrontamento, ISBN: 978-972-36-0869-4.

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SANTOS, Armindo (2002), Antropologia Geral – Etnografia, Etnologia, Antropologia Social, Lisboa: Universidade Aberta, ISBN: 972-674-383-4.