A ELABORAÇÃO PROJETO SOCIAL
Por: Sara • 4/7/2018 • 2.565 Palavras (11 Páginas) • 519 Visualizações
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As mulheres de Ponte dos Carvalhos estão envolvidas em umas situações de acentuada violência, que muitas vezes envolvem seu companheiro e casos de homicídio ou latrocínio. Por isso, essas chefes de família foram absorvidas por um cotidiano de luta pela sobrevivência, sua e de seus filhos e familiares. Isso dificulta a percepção desse dia-a-dia atribulado como fator que contribui – em parte – para a restrição das suas relações de vizinhança, familiares e afetivas. O bairro do Juçaral, um dos 26 subdistritos do Cabo St Agostinho, é composto por 5,784pessoas, das quais 40% são mulheres entre 25 e 59 anos, parte de um grupo que tem grande dificuldade em encontrar postos de trabalho, pela baixa escolaridade. Este grupo é composto, segundo dados do PNUD.
DESCRIÇÃO DO PROJETO
Objetivo Geral:
- Promover a inclusão social e econômica de mulheres desfavorecidas no bairro de Ponte dos Carvalhos permitindo-lhes melhorar o seu potencial produtivo, suas vidas e as vidas de suas famílias e comunidades. Realizar cursos de qualificação e empreendorismo para mulheres em situação de vulnerabilidade financeira, visando à autonomia socioeconômica, com igualdade no mundo do trabalho, para promover oportunidades concretas de inserção das trabalhadoras no emprego, contribuindo para o incremento de geração de trabalho, emprego e renda na perspectiva da qualidade pedagógica e da expansão da cidadania, enfocando a inter-relação entre a empregabilidade, a ocupação profissional, educação, e o empreendedorismo.
Objetivos Específicos:
- Disponibilizar cursos de qualificação social e profissional para as mulheres em vulnerabilidade financeira, e em processo de inclusão produtiva;
- Estruturar os cursos de qualificação social e profissional no bairro de Ponte dos Carvalhos com a inclusão de noções sobre os direitos das mulheres e empreendedorismo
- Promover a integração das atividades de qualificação entre os setores do Estado, no âmbito das políticas para as mulheres;
- Desenvolver as ações de qualificação que atendam aos objetivos estabelecidos no II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, em consonância com a clientela e as ações desenvolvidas pela Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos.
Público Beneficiado: Terá como inicio beneficiar até 30 mulheres. Com a faixa etária de 35 a 55 anos, desempregadas, dona de casa ou com renda de até um salário mínimo.
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO PROJETO
O projeto terá duração vitalícia, e consiste em uma parceria com Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares - PAPE / UFRPE. É dividido em atividades específicas de capacitação para o ofício, para a administração do negócio, para o trabalho e vida em geral além de questões psicológicas focadas na melhoria da autoestima, conforme a metodologia abaixo. “A metodologia de incubação deve ter a clareza da necessidade de educação continuada que busque superar a fragmentação do conhecimento, por via de um processo interativo entre os agentes – educadores e educandos”. Assim, entendemos que o processo de incubação é uma ferramenta não só de desenvolvimento local, mas também de emancipação individual. Entende-se que os métodos são caminhos, sugestões, possibilidades, portanto, não há fórmulas prontas. Incubação é trabalho recente como extensão universitária e como experiência transdisciplinar. Exige preocupação com a responsabilidade diante das expectativas geradas. Tendo-se em conta a baixa escolaridade geral dos educandos a metodologia a ser utilizada deve fortalecer e resgatar a autoestima, por meio de ações que desmistifiquem eventuais culpas por insucessos profissionais, sendo isto fundamental para a ampliação das potencialidades dos empreendedores de negócios inclusivos. Neste processo, as aulas, encontros e oficinas devem ser apresentados através de dinâmicas de grupos, jogos cooperativos, exercícios de sócio dramatização, visitação de ambientes externos a tradicional sala de aula, buscando-se a solução de problemas reais e concretos.
Trata-se, portanto de enfrentar o desafio de ensinar habilidades profissionais e gerenciais com técnicas de abordagens próprias para o público a ser atendido pela incubadora, sempre construindo “com” e nunca “por”. Posto isto, deveremos estimular a:
- Capacidade empreendedora
- Tomada de decisões
- Busca do diálogo
- Identificação de metas e resultados
- Relação com o meio ambiente em que atua
- Relação com outros empreendedores
- Solidariedade
Para isso, utilizamo-nos de alguns princípios básicos:
1. TODO SER HUMANO É UM SER INACABADO. A ação dos seres humanos sobre o mundo não só muda o mundo, mas muda também os sujeitos desta ação.
2. O SER HUMANO É UM SER DE RELAÇÃO. Mulheres e homens mudam o mundo para torná-lo mais adequado a suas necessidades.
3. TODOS SABEM. Em cada ser existe um saber, às vezes diferente do saber dos demais.
4. O SER HUMANO É UM SER FEITO PARA O DIÁLOGO. Para dialogar é preciso respeitar, onde não há diálogo há imposição e manipulação, o que dificulta a participação consciente e crítica.
5. A CONSCIÊNCIA HUMANA ACONTECE NA PRÁTICA. A análise da prática, da ação, que gera o conhecimento e a consciência.
6. A VOCAÇÃO DO SER HUMANO É A DE SER SUJEITO HISTÓRICO. A ação e a luta coletiva dos povos é que promovem as mudanças. Ao ter clareza disso, o educando se dá conta de que ele também pode interferir na transformação de suas próprias condições de vida.
7. A EDUCAÇÃO É UM ATO POLÍTICO. É impossível uma educação que atenda a todos, que agrade a todos, pois sempre haverá interesses opostos e contraditórios.
8. É A PARTIR DA REALIDADE QUE SE COMEÇA TODA PRÁTICA EDUCATIVA. Devemos partir de fatos concretos e da realidade das pessoas e da sociedade. Aceitar e assumir essa realidade para voltar a ela com uma compreensão mais abrangente.
9. A CIDADANIA É UMA CONQUISTA HISTÓRICA.
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