O Projeto Social

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10.REFERÊNCIAS.....................................................................................14

11.ANEXO .................................................................................................15

INTRODUÇÃO

O Brasil, em menos de 5 décadas, passou por várias mudanças no que tange o aumento e perfil de pessoas portadoras de Doenças Crônicas não transmissíveis (DCNT)[1] e que atinge uma grande parcela da população brasileira. Destaca-se dentre às DCNTs, a Diabetes Mellitus (DM)[2] que é considerada uma das principais doenças crônicas no mundo, devido à sua alta prevalência e elevadas taxas de morbidade e mortalidade.

De acordo com o Ministério da Saúde (2006), o Diabetes Mellitus se estabelece como uma epidemia mundial que atinge todas as classes sociais e faixa etárias de idade. Isto é decorrente de mudanças de hábitos de vida, no crescimento da urbanização, no sedentarismo, obesidade, consumo de alimentos poucos saudáveis, entre outros motivos.

Nos anos 2000, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou que, naquele período, o número de pessoas portadores de Diabetes, em todo o mundo, era de 177 milhões e fez a estimativa de que em 2025, a tendência era atingir 350 milhões[3]. No entanto, no ano de 2015, um levantamento divulgado pela referida organização indicou que o quantitativo de indivíduos convivendo com a Diabetes tinha quadriplicado desde os anos 1980 até 2014, cerca de 415 milhões de pessoas. Um resultado assustador que superou a expectativa da OMS.[4]

A Diabetes Millitus se divide em dois grupos o tipo 1(DM1) e o tipo 2(DM2). De acordo com as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (DSBD), a DM1 é “caracterizado por destruição das células beta que levam a uma deficiência de insulina” (DIRETRIZES SBD. 2015-2016,p.07), mais comum em crianças e adolescentes. Já DM2 “caracteriza-se por defeitos na ação e secreção da insulina e na regulação da produção hepática de glicose” (idem, ibidem, p.07), casos mais frequentes em obesos e idosos.

A partir destas informações, este projeto se objetiva por querer discutir e refletir sobre a Diabete Mellitus, a fim de, traçar estratégias que resultem em ações educativas e preventivas. Partindo deste principio, compreende-se que as ações educativas devem estar diretamente relacionadas com o assistencialismo da saúde pública e privada, devendo atingir todas as classes sociais, faixa etárias de idade e localidade.

Na busca de atingir um grupo que represente as novas gerações e que esteja em um processo de desenvolvimento educacional em seu aspecto cognitivo e formativo, adepto a assimilar novas informações e orientações que foram escolhidas as crianças do 5º ano do ensino fundamental I da Escola Municipal Italva Myrtes Bittencourt pertencente à rede de ensino público do município de Ipiaú/Ba, como público alvo para aplicação deste projeto.

Com a ajuda de profissionais da saúde, bem como, nutricionista, enfermeiro e também preparador físico que, dentro de suas áreas farão esclarecimentos de forma lúdica e dinâmica. Trata-se de crianças que possuem idades entre 10 a 11 anos aproximadamente. Também serão convidados todos os pais dos alunos, pois eles são responsáveis pela educação familiar e alimentar de seus filhos, desta forma o processo de conscientização deverá ser mediado para pais e filhos.

Será usado como base para a realização deste projeto informações disposta pela Organização Mundial da Saúde (relatório de 2015), pela Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2015-2016), discussões traçadas por Ana Maria Bartels Resende (2011), informações de revistas e periódicos científicos dentre outros teóricos que servirão como apoio e suporte.

PROBLEMATIZAÇÃO

A Diabetes Millitus, segundo a OMS, é considerada uma epidemia no mundo, representa a maior parcela de óbitos entre as Doenças Crônicas não Transmissíveis. Atualmente cerca de 415 milhões vivem com DM e calcula-se que até 2040 esse número subirá para 642 milhões, um resultado que surpreende os pesquisadores e principalmente os profissionais da saúde. No Brasil, de acordo com a Federação Nacional de Diabetes (IDF) em 2015 foram registrados 12 milhões de pessoas com diabetes.[5] Esta doença pode se ocasionar por fatores hereditários de incidência genética, ou por mudança de hábitos alimentares, sedentarismo, aumento da expectativa de vida, pela crescente urbanização, estresse etc. Partindo deste pressuposto, lança-se mão do seguinte questionamento: como criar estratégias de prevenção e combate à Diabetes Millitus a fim de, acabar ou reduzir seus impactos futuros na vida das pessoas e em especial das crianças?

JUSTIFICATIVA

A realização deste projeto se justifica pela necessidade que o estudante de farmácia tem de conhecer mais sobre uma das doenças que mais afeta a vidas de pessoas em todo o mundo, a Diabetes Millitus. Além disso, o profissional de farmácia precisa está atento para as diversas situações que encontrará no dia-a-dia, portanto, se posicionar, saber identificar e diagnosticar casos de diabetes é fundamental, bem como traçar ações preventivas e conscientizadora à população, principalmente ao público infantil.

De acordo com o Ministério da Saúde a diabetes DT1 ocorre principalmente em crianças e adolescentes, com maior incidência entre 10 a 14 anos e se desenvolve rapidamente. Já o DT2 mais comum em adultos e com elevados casos em pessoas obesas. Está comprovado que é possível prevenir-se da diabetes ou retardar seu aparecimento, especialmente a tipo 2.[6]

O Brasil por ser um país em desenvolvimento faz parte do ranking de países que apresentam taxas populacionais elevadas de pessoas com diabetes. Isso porque os fatores econômicos e sociais interferem na qualidade de vida das pessoas. Conforme a OMS (2005) 80% das mortes ocorrem nos países de baixa e média renda[7]. É muito preocupante saber que há pessoas que não têm condições financeiras para custear o tratamento ou que vivem em locais de péssimas condições, sem saneamento básico, sem assistência médica. Infelizmente o impacto socioeconômico é muito grande.

O município de Ipiaú pertence ao estado da Bahia, fica localizado na região Sul, entre os munícipios de Ibirataia, Itagibá, Ubatã, Jitaúna. Segundo informações do ultimo censo realizado pelo IBGE, a cidade possui 47,704 mil habitantes[8]. A escola Escola Municipal Italva Myrtes Bittencourt trata-se de