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Conceito de imitação

Por:   •  16/8/2018  •  1.359 Palavras (6 Páginas)  •  233 Visualizações

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desempenha na sociedade, na vida das pessoas? Como ele ocorre ou provoca a Identificação ou Catarse?

As artes para Sócrates, tocam o real pela semelhança de suas representações e serão mais perfeitas quanto mais se aproximarem da “beleza exemplar” que tem por função imitar. Platão relaciona determinados modos harmônicos com determinados sentimentos e qualifica os ritmos pela escala moral das atitudes. É como se a música pudesse exteriorizar a qualidade afetiva dos sentimentos humanos, a forma das combinações de sons corresponderia a forma característica do entusiasmo, da tristeza, da melancolia. Já Aristóteles define que arte é imitação e suscita sentimentos, por isso é educativa sempre que o artista pode desenvolver oportunamente a verdade de imitar e de influenciar sobre o estado de ânimo dos cidadãos. O benefício moral que pode advir para o homem através da música passa através do mecanismo da catarse; que é a purificação da alma por meio de uma descarga emocional através dos sentimentos despertos pela tragédia e pela comédia. Pode ser verificado a catarse ocorrer em algumas pessoas, no teatro, diante de uma obra de arte, durante uma audição musical, em programas de auditório com forte apelo emocional, podendo ser coletiva ou individual, observando-se o choro profundo, alegria em excesso, deslumbramento, gerando uma identificação, uma vivência transformativa e até mesmo, alívio de tensão.

Para Aristóteles, ao contrário de Platão, não há harmonias ou ritmos danosos do ponto de vista ético; a música é uma medicina para a alma mesmo quando imita as paixões ou emoções que geram dor e tormento, porque podem ser úteis para liberá-las ou purificá-las. Isso é possível porque Aristóteles percebe certa pluralidade de fins propiciados pela música. Para o filósofo, não há apenas um único uso da música, mas diversos (são três as qualidades benéficas da música: educação, catarse e repouso) e é daí que vem a possibilidade de empregar todas as harmonias, visto que estas três funções não são separadas, mas se interligam umas às outras. A aceitação do prazer como fator possível para a função ética da música abre o campo para as especulações mais variadas sobre música nas gerações posteriores a Aristóteles.

Podemos analisar o exemplo citado no item 1(cânone) é a forma mais rigorosa do estilo imitativo. As vozes, de número ilimitado, entram sucessivamente a distâncias exatas, e são iguais na sua extensão, complementando-se, todavia, harmonicamente, razão pela qual também em polifonia é preciso ter em conta o conceito de harmonia, embora tomado em sentido diferente.O cânone de Pachelbel é uma das composições famosas nesse estilo. Chico Buarque compôs a canção "Sem Fantasia" no estilo cânone. Originalmente o cânone é uma das formas mais antigas da arte do contraponto, pois tem a sua raiz nos cantos coreografados usados na música folclórica. Desempenhando assim uma função pedagógica, cultural e até mesmo terapêutica; de forma imitativa, a música nesse estilo desperta valores e sentimentos que são transmitido em uma sociedade, tanto na sua forma como no seu conteúdo, tais como: ordem, respeito ao outro, disciplina, interação, unidade e trabalho em conjunto para concretização de algo, além de emoções como alegria, tristeza, esperança, entusiasmo, podendo gerar lembranças, sentimentos e comportamentos a serem despertados, trazendo uma liberação de emoções (catarse) geradas tanto na preparação(componentes) como na execução(público). Podendo ser associado com frases dos filósofos; “A música é a essência da ordem. Eleva todas as almas para o que é bom, justo e belo”. Platão

“A música é celeste, de natureza divina e de tal beleza que encanta a alma e a eleva acima da sua condição” Aristóteles

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