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Artigo Final de Estágio

Por:   •  28/8/2018  •  2.524 Palavras (11 Páginas)  •  254 Visualizações

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- Kelly

A oficina proposta contou com 12 alunos de violão, realizada na escola de música Arco Íris, na cidade de São Carlos, ao longo de 7 aulas. Os alunos foram divididos em duplas de acordo com o nível de conhecimento prático acerca do instrumento, ou seja, foram formadas 6 duplas, de modo que fosse possível trabalhar para que eles adquirissem novas habilidades e também que fosse explorada a questão motora por outros ângulos, a partir do que já sabiam.

A partir de músicas que cada dupla sugeria, pudemos criar variações de caráter expressivo, alterar velocidade, acentuações e ritmos. Segundo Swanwick, isso propicia formas alternativas de análise, trazendo um repertório mais amplo de habilidades interpretativas à consciência e, em grupo, fazer isso foi enriquecedor, pois cada um podia se espelhar no outro, imitar ou criar uma resposta musical ao que fora sugerido inicialmente.

Ainda que tivessem somente 2 alunos por turma, foi necessário estar em alerta em vários aspectos, como mantê-los motivados a buscar o resultado proposto de execução de determinada peça, ou buscar a satisfação deles no “estar fazendo” as atividades propostas e até mesmo na execução técnica.

- Rafael

O projeto de Prática em Leitura Rítmica ocorreu na escola Opus II, uma instituição privada localizada na cidade de Araraquara que tem como intuito o ensino de música, seja através da teoria, da prática instrumental ou de atividades lúdicas, presentes na musicalização infantil. O objetivo deste projeto era promover ao aluno o entendimento e a vivência dos elementos rítmicos e da linguagem musical por meio da prática da leitura rítmica. A princípio a oficina foi pensada para ser realizada em oito aulas, divididas em uma aula por semana com a duração de uma hora e quarenta minutos, porém o número de encontros foi reduzido pela metade por questões burocráticas e de disponibilidade da escola.

Depois de encerradas as inscrições, se obteve uma turma com seis alunos, os quais, além de tocarem instrumentos diferentes (piano, guitarra, canto e bateria) tinham níveis de habilidades musicais distintas[1].

O primeiro contato direto com os alunos, serviu para que eu pudesse ter conhecimento sobre suas habilidades rítmicas e motoras. Como resultado, percebi que dois dos cinco participantes apresentaram mais facilidades nos exercícios praticados inicialmente, mas no decorrer dos projetos as dificuldades demonstradas pelos indivíduos não se diferenciaram entre si. Todo o conteúdo demonstrado no projeto inicial da oficina foi reduzido devido aos números de aulas que seriam realizadas, contudo o conteúdo acabou por ter que ser reduzido novamente, pois os exercícios apresentaram complexidade durante o processo de ensino. Mesmo a oficina sendo aplicada em apenas quatro dias, conversando com os professores dos respectivos alunos, foi perceptível à evolução dos estudantes, principalmente no entendimento da execução das células rítmicas.

3. Intercâmbio

Já em um segundo momento do estágio, aconteceu o “Intercâmbio: Educação Musical e Pedagogia”, realizado em três dias, contendo três oficinas e atividades à distância, totalizando trinta horas semipresenciais.

Os estagiários foram divididos em três grupos, sendo que cada grupo foi designado responsável por elaborar as atividades referentes a uma oficina. O grupo que formamos, optou por elaborar a oficina através de atividades rítmicas. Ao todo cinco dinâmicas, das quais cada integrante ficaria responsável por uma.

Baseado no perfil dos participantes, o grupo decidiu buscar por atividades musicais de fácil execução, com temas simples e com pouco (ou nenhum) uso de materiais externos, utilizando-nos apenas dos sons corporais e de objetos encontrados à nossa volta, como carteiras, paredes e cadeiras, por exemplo. Porém, mesmo na simplicidade das vivências, buscamos possibilitar que outros tópicos da educação fossem trabalhados como, por exemplo, a prática social, o trabalho em grupo, coordenação motora, cognição, etc. com objetivo de discutir a forma de aplicação dessas atividades, procurando saber se realmente era possível desenvolver uma atividade – e aqui não nos referimos somente às musicais – sem a utilização de fontes externas como, por exemplo, os instrumentos musicais.

Na nossa perspectiva, durante a oficina, alguns conteúdos definidos previamente precisaram ser adaptados no decorrer de sua execução. Por mais que o conteúdo fosse elaborado visando o perfil dos participantes do Intercâmbio, a falta de experiência de alguns estagiários foi um dos fatores para que isso ocorresse, porém nada que comprometesse a oficina. Pelo contrário, o intuito do projeto era realmente a experimentação, principalmente daqueles que não tinham tanta afinidade com a posição de professor.

Ao final, acabamos por trazer como tema de discussão do segundo dia de intercâmbio, a “motivação”. Estender essa reflexão aos pedagogos e educadores proporcionou mais uma forma de enxergar a sua atuação (presente ou futura) frente uma sala de aula. Trouxemos a discussão a fim de possibilitar que os próprios profissionais analisem sua atuação e reflitam sobre a necessidade de motivar seus alunos a participarem de uma atividade proposta, desconstruindo um hábito encontrado nas escolas atualmente, o qual passa a sensação da “obrigatoriedade” em todas as propostas de execução de estudos e atividades em sala de aula.

A condução das atividades, conversando de uma forma geral com o grupo, foi tranquila, apesar de todos acharem que o pouco tempo para a execução tenha trazido uma pressão elevada sobre quem aplicava a atividade, tendo em vista que alguns conseguiram desenvolver sua proposta antes do tempo previsto e outros acabaram por atropelar-se para conseguir terminar no tempo proposto para cada uma. Apesar de termos várias atividades para esse dia de intercâmbio, conseguimos realizar a discussão proposta e o resultado, a nosso ver, foi muito positivo. A ideia foi transmitida e bem recebida pelos participantes, segundo pudemos observar com a interação que ocorreu.

Ainda refletindo sobre a prática da oficina, acreditamos que o estágio é uma ferramenta indispensável para a formação de educadores. Nele o estudante estagiário passa a realizar uma reflexão sobre os conhecimentos adquiridos até o momento e os articula com as situações encontradas no dia a dia da prática docente. Nesta linha de raciocínio, Pacheco (1995) aponta que essa articulação se distingue de certa forma da teoria, pela razão

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