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Resumo a imagem da cidade

Por:   •  13/11/2018  •  1.357 Palavras (6 Páginas)  •  229 Visualizações

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Figura 2 – Rua de Barcelona. Autor: Giika.

Limites (edges)

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São elementos lineares formados pelas bordas de duas regiões diferentes, configurando quebras lineares na continuidade. Os limites mais vigorosamente notáveis são aqueles não somente salientes visualmente, mas também contínuos na sua forma e sem permeabilidade à circulação.

Podem ser apontados barreiras (rios, estradas, viadutos, etc.) ou como elementos de ligação (praças lineares, ruas de pedestres, etc.). Por toda extensão de um rio, por exemplo, sempre tem-se o entendimento de que direção se está deslocando-se, uma vez que o lado do rio fornece essa orientação.

Outra particularidade dos limites é que eles podem ter um efeito de desunião nas cidades. Limites numerosos e que operam mais como barreiras do que como elementos de ligação acabam separando abundantemente as partes da cidade, e afetando uma visão do todo.

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Figura 3 – Charles River em Boston. Foto: Wili Hybrid.

Bairros (districts)

No pensamento de Lynch, bairros são:

“...partes razoavelmente grandes da cidade na qual o observador “entra”, e que são percebidas como possuindo alguma característica comum, identificadora.” (LYNCH, 1960, p. 66).

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O conceito de Lynch aborda a uma área verificada como relativamente homogênea em relação ao restante da cidade ou, ao menos, como tendo uma certa característica em comum que permite distingui-la do resto do tecido urbano. É, portanto, um critério visual, perceptivo, em oposição do critério administrativo que determina o conceito tradicional de bairro no Brasil.

“As características que definem os bairros podem ser das mais diferentes naturezas: texturas, espaços, formas, detalhes, símbolos, tipos de edificação, usos, atividades, habitantes, grau de conservação, topografia, etc. Beacon Hill, em Boston, por exemplo, foi reconhecida pelas ruas estreitas e inclinadas; casas antigas, de tijolos, em fita e de escala intimista; portas brancas; ruas e calçadas de paralelepípedo e tijolo; bom estado de conservação; e pedestres de classes sociais altas.”

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Figura 4 – Boston – Beacon Hill. Fotos: David Paul Ohmer; Stephan Segraves; Paul Keheler.

Os bairros têm um papel importante na legibilidade da cidade, não somente em termos de orientação, mas também como partes essenciais do viver na cidade, e podem apresentar diferentes tipos de limites. Alguns são pertinentes, bem definidos. Outros são mais suaves, indefinidos. Da mesma forma, alguns podem ser “introvertidos”; outros, “extrovertidos”.

Pontos nodais (nodes)

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São pontos estratégicos na cidade, onde o observador pode entrar, e que são consideráveis focos para onde se vai e de onde se vem. Variam em função da escala em que se está observando a imagem da cidade: podem ser esquinas, praças, bairros, ou mesmo uma cidade inteira, se no caso a análise seja feita em nível regional.

Pontos de encontro do sistema de transporte são nós em potencial, tais como estações de metrô e terminais de ônibus.

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Figura 5 – Interseção de viadutos na China. Foto: Edward Burtynsky.

Outro tipo de nós que apresentam frequentemente nas entrevistas são as “concentrações temáticas”, como os centros apenas para comércio. Tais locais atuam como nós porque chamam a atenção de muitas pessoas e são utilizadas como referenciais.

Lynch também apontou que a forma espacial não é essencial para um nó, mas pode dotá-lo de maior relevância.

Marcos

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São elementos pontuais nos quais o observador não entra. Podem ser de várias escalas, tais como torres, domos, edifícios, esculturas, etc.

Sua principal característica é a singularidade, alguma perspectiva que é único ou inesquecível no contexto. Isso pode ser obtido de duas formas: sendo visto a partir de muitos lugares, ou gerando um contraste local com os elementos mais próximos.

Aparentam ser mais usados pelas pessoas mais habituadas à cidade, particularmente aqueles marcos menos relevantes, menores, mais simples. Conforme as pessoas se tornam mais conhecedoras da cidade, estas começam a se basear em elementos diferentes, ao contrário de se orientar pelas parecenças, utilizando-se de pequenos elementos referenciais.

A localização em esquinas maximiza sua importância.

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Figura 7 – Ópera de Sydney. Foto: Tim Sheerman-Chase; Catedral de S. Maria del Fiore – Florença. Fonte: Benevolo (1999)

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