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O CASARÃO DONA AUTA: O RENASCER DA MEMÓRIA

Por:   •  22/12/2018  •  1.335 Palavras (6 Páginas)  •  313 Visualizações

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O sobrado também foi sede da Capitania dos Portos, em seguida Banco Do Brasil S.A, primeiro estabelecimento bancário, sendo a 23° do país. Passou novamente a assumir uma nova identidade, abrigando o grupo escolar Miranda Osório nos anos de 1927 a 1979. Posteriormente no térreo serviu como ponto comercial Tote Machado, loja especializada em artigos masculinos, como chapéus, gravatas, ternos, cortes de linho e sapatos da marca Polar. Sabe-se também que abrigou uma boate e restaurante em seu térreo. Após acolher todas essas tipologias o casarão vivenciou dias de escuridão e abandono, voltando a sua glória em 2001 quando foi adquirido pela Prefeitura Municipal que acabou doando o espaço térreo para a Biblioteca Municipal e o restante para o Instituto Histórico Geográfico Genealógico de Parnaíba (IHGGP). Hoje ele permanece como Centro POP de Parnaíba – Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua e também o Instituto Histórico Geográfico Genealógico de Parnaíba (IHGGP). O Sobrado de Dona Auta é tombado tanto na esfera estadual pela Fundação Cultural do Piauí – FUNDAC desde 2006 quanto na esfera federal pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Nacional (IPHAN) desde 2008, de acordo com o Decreto-lei nº 25, de 30 de novembro de 1937

O CASARÃO

O Sobrado Dona Auta localiza-se no norte do Piauí na cidade de Parnaiba, no encontro das ruas Duque de Caxias com São Vicente de Paula, construído nos meados do séc. XVIII, possui área total de 1.402,87 m², sendo pavimento térreo de 606,34 m², pavimento superior de 610,34 m² e o mirante de 186,19 m² de acordo com Neta.

O edifício constituído de características coloniais por aspectos arquitetônicos do século XVIII e XIX com partidos habitacionais e comerciais seguem traços construtivos semelhantes ao do seu estado vizinho, Maranhão, remanescentes da época. Segundo Neta a planta baixa derivava de seu estilo tradicional, seguindo o modelo em “L”, onde o pavimento superior era voltado para uso habitacional enquanto o térreo era de uso exclusivo comercial. No pavimento superior quanto a distribuição dos cômodos não se difere das típicas construções piauienses, sendo o vestíbulo ou corredor central fazendo a disposição dos diversos setores da casa. No corpo central situam-se os cômodos nobres junto a sala de visitação voltados para o logradouro público, a alcova central e a varanda direcionada para o pátio interno de serviços, já os aposentos secundários encontram-se na ala lateral. Essa distribuição diz respeito ao estilo residencial de casa térreas, onde é possível notar em sobrados de usos comerciais, tais como o exemplo em estudo, cujo o térreo é composto por grandes salões. Esses locais buscavam simetria e acompanham o sistema estrutural reproduzindo as principais paredes nos pavimentos superiores. Segundo Neta (2006)

A cobertura é composta de duas águas mestras, mais altas, cobrindo o

corpo principal da edificação, com cumeeira paralela ao passeio. Através de

um rincão concorda com as duas águas, mais baixas, da ala lateral. O mirante

interrompe ao meio as águas mestras, apresentando cobertura em quatro

águas, com cumeeira perpendicular à fachada principal. O arcabouço do

telhado é composto por caibros roliços que se apóiam sobre os frechais,

terminando em cachorros nos beirais internos e em bica simples sobre cornija

de massa nos beirais externos. Na fachada voltada para a rua São Vicente de

Paulo a empena formada pelas duas águas mestras se sobressai sobre a

cornija de beiral de bica simples. Os beirais do mirante são também em bica

simples sobre cornija. (Pag.14)

O forro em madeira é somente visto nos setores nobres, já no demais cômodos não é utilizado. Suas fachadas predominam a simetria dos vãos, quanto a suas esquadrias do pavimento superior referindo-se ao corpo principal conforme Neta (2006) “são janelas rasgadas por inteiros em arco abatido, com fechamento duplo em madeira fixada, que se abrem para balcões isolados de pedra, protegidos por guarda-corpo de ferro forjado”.

As portas do pavimento térreo para uso comercial são almofadadas e possuem vergas retas, já no centro da fachada principal é destacada pelo arco batido. As varandas são assoalhadas em madeira corrida largas e possuem guarda-corpos em madeira justapostas. A edificação é de grande valor patrimonial para a região já que possui características coloniais marcadas

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