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CICLOVIAS E CICLOFAIXAS COMO MEIO DE LIGAÇÃO ENTRE MODAIS NO TRECHO: ESTAÇÃO DA LUZ - UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

Por:   •  1/9/2018  •  1.827 Palavras (8 Páginas)  •  332 Visualizações

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As políticas cicloviárias de maior sucesso não foram elaboradas para cidades pensadas isoladamente. Esse é o ponto comum entre Alemanha, Holanda e Japão, pois os fatores socioeconômicos, embora aparentemente não fossem os mesmos, eram análogos. Foram sempre fatores de caráter nacional que levaram a uma mesma política de mobilidade. (SILVA, 2014).

Em muitos países, sobretudo na Europa, o planejamento de tráfego no século XXI mudou drasticamente se comparado com o vinte ou trinta anos atrás. A importância de promover o tráfego de bicicletas e pedestres foi, gradualmente, reconhecida, enquanto uma melhor compreensão da natureza e das causas dos acidentes de transito produziu uma variedade bem mais ampla de instrumento de planejamento. (GEHL,2010, p.93).

Com a industrialização e a globalização os países mais conscientes com suas políticas de controle de emissão de poluentes e qualidade do ar começaram a criar protocolos de iniciativas e regras com o intuito de conseguir o maior número de países a aderirem estes protocolos. Com estas medidas implementar bicicletas como meio de transporte ganharam ainda mais força, e ajuda vários países a reduzirem seus níveis de emissão de gases CO2, especialmente por conta de eventos internacionais como a ECO-92 que enfatizava a preocupação da utilização de bicicletas no meio urbano. (OLIVEIRA, [2000?]).

Segundo pesquisas realizadas pelo jornal Estadão (2015), na cidade de São Paulo, existem problemas (vide tabela 1) como a falta de respeito por parte dos motoristas, que são vistos como intrusos nas vias. Por outro lado nas calçadas as bicicletas apresentam ameaça aos pedestres, a implementação e divulgação das vias destinadas aos ciclistas, que ofereçam segurança e acessibilidade, torna-se um dos elementos de importância para que as cidades se tornem mais sustentáveis, humanas, seguras e agradáveis. Porém os ciclistas que utilizam as ciclovias e ciclofaixas na região enfrentam durante seu percurso pistas irregulares, falta de sinalização e iluminação adequada, asfalto irregular, água empoçada, ciclovias escorregadias e falta de manutenção.

[pic 1]

Tabela 1: Carências do Sistema Cicloviário. Fonte: Pesquisa IBOPE, 2015, p.42

Em 2002, pela primeira vez a bicicleta foi inserida no Plano Municipal de Circulação Viária e de Transporte do Município de São Paulo, idealizou a Lei das Ciclovias. O Projeto de Lei que cria o Sistema Cicloviário Municipal, com participação de técnicos da CET e cicloativistas, e apresentado em setembro de 2005 com a proposta de incluir, organizar e incentivar a utilização da bicicleta no município de São Paulo. Aprovado na Câmara, o projeto foi sancionado em fevereiro de 2007, transformando-se na Lei 14.266, a primeira lei municipal do Brasil reconhecendo a bicicleta como modal de transporte e deslocamento urbano.

A cidade vem passando por constante crescimento, e alguns trechos já estão consolidados, como é o caso do trecho de análise para a pesquisa em questão. É sabido que a estação da Luz é um dos importantes pontos de ligação da cidade de São Paulo, e a Universidade Presbiteriana Mackenzie por usa vez, é uma instituição de ensino que promove fluxo de pessoas.

Por se tratar de uma região central, é bem servido de transporte público, entretanto, com os problemas de congestionamento, um trecho que possui aproximadamente 2,2 km segundo dados do Google Maps (2016), torna-se demorado por conta do contingente de pessoas

Dentre os motivos para a implantação das ciclovias e as ciclofaixas estava a utilização de bicicleta como ligação entre diferentes modais, para isso propõe-se uma verificação de desempenho de tal estrutura.

A prefeitura de São Paulo tinha a meta de construir 400 quilômetros de faixas exclusivas para bicicletas até 2015, na gestão do ex- prefeito Fernando Haddad construiu somente 262 quilômetros. A prefeitura venceu a liminar judicial que paralisava todas as obras de ciclovias e ciclofaixas com exceção a Avenida Paulista.

O Ministério Público Estadual (MPE) justifica que a prefeitura de São Paulo não apresentou projetos de engenharia e estudos de viabilidades a construção desse modal.

Pesquisa realizada no ano de 2015 pelo jornal Estadão, juntamente com a revista IBOPE, notou-se que mesmo com os empecilhos das vias exclusivas para bicicletas, a implantação na cidade de São Paulo aumentou o número de pessoas circulando pela cidade sobre bicicletas, estas veem a bicicleta como uma alternativa saudável e ecológica de se movimentar pela cidade, e com a melhora destas vias, como a segurança que vem de parte dos próprios ciclistas em trânsito e a integração das ciclovias a outros modais como metrô, trem, ônibus e táxis.

Teve-se por objetivo avaliar o desempenho do sistema cicloviário no trecho estação da Luz – Universidade Presbiteriana (campus Higienópolis), para que seja analisado a viabilidade da continuação da implementação de tal infraestrutura para o modal como ligação entre outros modais.

Método:

1. Levantamento do referencial teórico:

1.1. Leitura do texto: “A bicicleta no planejamento urbano. Situação e perspectiva da inserção da bicicleta no planejamento de mobilidade em São Paulo e no Brasil” de Ricardo Corrêa Silva

1.2. Leitura do texto: “Cidade para pessoas” de Jan Gehl.

1.3. Leitura do texto “Avaliação Comparativa de mobilidade de transporte público”. Pela Jaime Lerner Arquitetos Associados

1.4. Leitura analítica da pesquisa: 9º Pesquisa sobre mobilidade urbana. Realizada pelo Jornal Estadão

2. Levantamento de Campo:

2.1. Análise da importância do trecho escolhido para o público alvo: Levantamento fotográfico das vias em questão, em todos os dias da semana e em diferentes horários para verificação da frequência de seu uso.

2.2. Análise do entorno imediato: Verificação de fluxo nos modais de transporte, e a conexão com o sistema cicloviário.

3.Análise dos dados

3.1. Criação de gráficos e tabelas quanto ao desempenho da ciclovia e ciclofaixa. Inicialmente a confecção de planilhas com as informações coletadas em campo, para a geração de elementos iconográficos como ferramenta de analise.

3.2.

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