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Bases Conceituais da Arquitetura

Por:   •  20/9/2018  •  3.761 Palavras (16 Páginas)  •  347 Visualizações

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Entre os arquitetos que fizeram parte desse grupo estão Kisho Kurokawa, Kenzo Tange, Arata Isozaki, Kiyonori Kikutake, Fumihiko Maki e Kunio Maekawa.

Sua arquitetura era baseada na fusão entre megaestruturas e formas biológicas, com aplicação de alta tecnologia.

As suas propostas também eram experimentais e de difícil execução, mas a partir da década de 1980 esses arquitetos começam a executar vários projetos reais.

Figura 4: Plano urbano para a Baía de Tóquio, proposta por Kenzo Tange (1960).

Disponível em: . Acesso em 15 jan. 2016.

Figura 5: Hotel cápsula Nakagin (1970-1972), localizado em Tokyo, projeto de Kisho Kurokawa.

Disponível em: . Acesso em 15 jan. 2016.

Arquitetura Radical – Superstudio

Em 1966, os arquitetos Adolfo Natalini e Cristiano Toraldo di Francia criaram o escritório de arquitetura Superstudio, em Florença, na Itália.

Assim como os outros grupos de arquitetura radical, suas propostas beiravam a ficção e tinham muita influência das histórias em quadrinhos.

O trabalho que lhes deu notoriedade foi o Monumento Contínuo: um modelo de arquitetura para urbanização total, de 1969. A proposta conceitual é de uma megaestrutura que engloba a cidade atual e nela se resolvem as principais questões urbanas.

Figura 6: Movimento Contínuo: um modelo arquitetônico para urbanização total (1969), proposta conceitual do Superstudio.

Arquitetura High-Tech

A arquitetura High-Tech é baseada na aplicação de alta tecnologia na construção civil. Ela inicia na década de 1970 e é realizada até hoje, pois muitos de seus arquitetos ainda trabalham dentro dessa lógica arquitetônica. As características dessa arquitetura são a leveza, flexibilidade e transparência vinculadas à aplicação da tecnologia em arquitetura. Note-se que esse vínculo é essencialmente conceitual, pois outros arquitetos também utilizam a tecnologia em seus projetos, mas não dessa maneira.

Os principais arquitetos que seguem esse conceito são Norman Foster, Renzo Piano, Richard Rogers e Jean Nouvel. Eles atuam por meio de grandes escritórios com dezenas ou centenas de arquitetos e engenheiros.

A aplicação da alta tecnologia nos projetos dessa categoria não se limita à estrutura ou aos revestimentos. Ela transparece em todos os aspectos do projeto, incluindo instalações, como iluminação, elevadores e condicionamento térmico, consumo energético e economia de recursos naturais.

O termo High-Tech também significa que a arquitetura, em sua leitura formal e espacial, é materializada por essa tecnologia de ponta. Ou seja, a própria arquitetura não é um mero invólucro, ela se materializa formalmente com a aplicação tecnológica de materiais, instalações e técnicas construtivas.

Arquitetura High-Tech – Norman Foster

Certamente ele é o mais conhecido dos arquitetos da linha High-Tech, com projetos distribuídos por vários países. Foster, de origem inglesa, acredita que a tecnologia na arquitetura é endêmica, ou seja, é parte integrante da própria arquitetura e sem ela não pode ser feita.

Os projetos desenvolvidos por seu escritório envolvem dezenas e às vezes centenas de profissionais. O projeto arquitetônico inclui a elaboração de peças específicas com materiais nobres, elevando bastante o custo da construção.

Uma das características de suas obras é que a estrutura aparece com clareza como elemento definidor da volumetria arquitetônica, como se vê no edifício Gherkin.

Figura 1: Edifício Gherkin (30 St Mary Axe), projeto de Norman Foster Associates (2001-2003).

Disponível em: . Acesso em 15 jan. 2016.

Arquitetura High-Tech – Renzo Piano

A primeira grande obra do arquiteto italiano Renzo Piano, o Centro Pompidou, foi feita em conjunto com Richard Rogers e Gianfranco Franchini. Esse projeto contém algumas das principais características da arquitetura High Tech que fariam parte da carreira de Piano: aplicação extensiva da tecnologia, uso das instalações e estrutura como elementos formais da arquitetura, espaços internos conectados com o exterior, e a influência das propostas do Archigram inglês.

Ao longo do tempo, Renzo Piano modifica o seu repertório arquitetônico, mas mantém o uso de alta tecnologia em suas obras. Em seus projetos amplia a relação com o meio ambiente e busca soluções arquitetônicas mais específicas para o lugar.

Figura 2: Centro Cultural Jean Marie Tjibaou (1993-1998), Nova Caledônia, Polinésia Francesa, projeto de Renzo Piano Building Workshop.

Disponível em: . Acesso em 15 jan. 2016.

Arquitetura High-Tech – Richard Rogers

O arquiteto ítalo-inglês Richard Rogers é um dos precursores da arquitetura High-Tech, como se vê na sua primeira grande obra, o Centro Pompidou, feito em conjunto com Renzo Piano e Gianfranco Franchini. Nesse centro cultural já estão todas as características da arquitetura que Rogers desenvolveria ao longo do tempo. Uma das principais é o desnudamento do edifício, colocando as instalações (canos de água, dutos de fiação elétrica e de ar condicionado) e elementos estruturais do lado externo da edificação.

Essas características aparecem em outras obras como a sede da seguradora inglesa Lloyd’s (1978-1986), em Londres.

Rogers é autor de Cidades para um pequeno planeta, influente livro sobre urbanização contemporânea.

Figura 3: Centro Pompidou, Paris, França, conhecido como Beaubourg. Projeto feito por Richard Rogers, Renzo Piano e Gianfranco Franchini, foi inaugurado em 1977.

Disponível em: . Acesso em 15 jan. 2016.

Em 1997 é publicado um livro intitulado Cities for a Small Planet (Cidades para um pequeno planeta), do arquiteto Richard Rogers, no qual, segundo Leonardo Benevolo “a arquitetura aparece como instrumento de reunião das funções habitualmente segregadas e, pela complexidade das funções

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