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A Historia da Arquitetura I

Por:   •  20/6/2018  •  1.858 Palavras (8 Páginas)  •  335 Visualizações

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Gentrificação: substituição da população de um bairro, região ou mesmo cidade, através da pressão econômica decorrente da valorização da terra e dos imóveis, por uma população de extrato socio-econômico mais alto.

O edifício vira um pólo de atração, alterando as dinâmicas sociais e econômicas do seu entorno.

Jaffe House: Richard Rogers e Norman Foster. Laranja Mecânica, Stanley Kubricky

Como exaltação de uma sociedade tecnológica exibe seus sistemas, tubulações e circulações em estreito diálogo com a produção do Archigram, no entanto no campo do exequível. É a realização da retórica tecnológica e infrao-estrutural deste grupo.

O projeto atua tanto na catalização da mudança urbana desejada quanto na formulação de uma imagem.

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2a. PARTE

RELIANCE CONSTROL SYSTEMS (1967) – Swindon. Reino Unido. Arquitetos: Richard Rogers, Norman Foster.

Escritórios, fábrica e centro de pesquisa.

Nesta pesquisa conjunta, Foster e Rogers começam a estabelecer a solução formal e de programa para corporações de um capitalismo punjante, que floresce da reconstrução pós-guerra. Em suas trajetórias profissionais, se começam com projetos para empresas mais ligadas à produção e na construção de suas identidades e necessidades, em um segundo momento atuam sob encargos de instituições financeiras. Repetindo os procedimentos, no entanto tendo como foco não mais o setor produtivo e sim o especulativo, marcado pela imaterialidade, o que exige um alto nível de representação de seu status e poder na sociedade atual.

FOSTER+Partners

Aqui falamos não só de Norman Foster como também do maior escritório de arquitetura do mundo: Foster+Partners. 1000 mil pessoas em 22 escritórios. Inúmeros projetos para os mais diversos setores nas mais variadas escalas. 7 sedes de banco, 9 pontes, 10 centros de conferência, 38 salas de arte, 28 edifícios para educação e saúde, 8 projetos cívicos, 35 esportivos, iates, itens de desenho industrial, 65 centros empresariais, 34 sistemas de transportes. A maioria executados.

Mais significativa do que um único projeto dentre vários, é a prática deste escritório. Orientada por uma arquitetura total que eleva o ideal da Bauhaus a enésima potência, como nenhuma das experiências anteriores o fez.

Criou, junto com Rogers, Renzo E Piano, o estilo internacional, marcado por uma extrema racionalidade e a produção de uma imagem de eficiência e inovação que serve tanto aos contratantes quanto ao escritório. Isto é obtido com uso de tecnologia de ponta em várias frentes, desde de softwares de engenharia e arquitetura na produção do projeto, a soluções ambientalmente eficientes, chegando a uma produção do edifício com os mais modernos recursos a disposição. Tudo isso coordenado a fim de se produzir uma identidade, com formas sóbrias e translúcidas a simbolizar retidão de caráter e transparências nem sempre respaldadas pela prática interna aos edifícios.

Apesar da organização do escritório remeter a uma grande corporação dos dias atuais, porque é capaz de entregar os mais variados serviços de projeto em quase todas as regiões do mundo (chegando a projetar tanto na Antártida quanto em Marte) e estabelecendo-se como uma linha de montagem de projetos, eles são sempre publicados contendo dois desenhos a mão, a imbuir esta produção de uma noção de gesto própria do romantismo, a exalter a genialidade do artista singular, a despeito toda a desmitificação que esta noção passa durante o modernismo e o pós-modernismo. Mesmo as práticas artísticas já abandonaram em parte esse ideário, sendo sintomático sua persistência na arquitetura somente se considerada a construção de uma identidade que parte da emanação do gênio na aura da obra de arte.

Exemplo de identidade: Centro Renault (1980) em Swindon, Commerzbank (1991) em Frankfurt e HSBC Hong Kong.

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RENZO PIANO

Projetos: Potsdamer Platz, Berlim (1992-98); Aeroporto de Kansai, Osaka, Japão (1988); Menil Collection (1982), Houston, EU; Beyeler Museum, Basiléia, Suíça.

Cultura artesanal italiana. Conceito de artesanato: um saber marcado pelo domínio do material e dos procedimentos de trabalho. Concentra um saber acumulado e a depuração formal ao longo de sucessivas contribuições sobre o mesmo tema. A solução artesanal expressa o saber técnico e da matéria. Primeiramente marcado pela manualidade, a partir da Bauhaus este saber é codificado no desenho, no projeto. É deste ponto que Renzo Piano parte para manifestar o primor artesanal em seus projetos altamente tecnológicos.

Trabalhou com Louis Kahn brevemente.

Uma tensão impregna todo o trabalho de Renzo Piano. Oriundo de uma proeminente família de construtores de Genova, Itália, ele traz para seu trabalho a preocupação construtiva e tectônica, expressão de esmero pelo ofício de construir, própria do artesão, como forma de mediar a relação de grandes corporações ligadas ao capital internacional e os locais de seus edifícios. Ele o faz em seu trato refinado com os materiais, por vezes tecnológicos e por vezes tradicionais como a pedra e a madeira e a adoção de sofisticadas soluções de engenharia, a associar-se com o imaginário High-tech.

Hal Foster (crítico de arte e arquitetura) “ Com 4 projetos em Manhattan, Campus par a Universidade de Columbia em Uptown, Torre do NY Times e Morgan Library em Midtown e a expansão do Whitney Museum em Chelsea, quando foi que um escritório teve tantos projetos no tabuleiro do Banco Imobiliário (Monopoly)? ” A afirmação de Hal Foster além da ironia, fornece os parâmetros sob os quais a produção de Piano deve ser analisada.

Uma das leituras possíveis da obra de Piano se apóia na noção de tectônica, pois seus projetos são marcados pela repetição ou predominância de uma determinada peça ou detalhe construtivo (brises, treliças, junções etc) que se repetem, conferindo unidade e identidade à construção. Isto é a expressão da manualidade do artesanato sistematizada para a produção industrial, a levar o apuro da solução do arquiteto

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