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QUÍMICA ORGÂNICA EXPERIMENTAL: CROMATOGRAFIA EM PAPEL

Por:   •  14/4/2018  •  1.648 Palavras (7 Páginas)  •  645 Visualizações

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A espécie de vegetal utilizada no experimento foi a Mangifera indica (vulgo mangueira) e trata-se de uma espécie de planta da família Anacardiaceae. As mangueiras são grandes e frondosas árvores, podendo atingir entre 35 e 40 metros de altura, com um raio de copa próximo de 10 metros. Suas folhas botânicas são perenes, entre 15 e 35 centímetros de comprimento e entre seis e 16 centímetros de largura.

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PARTE EXPERIMENTAL

MATERIAIS E REAGENTES:

- Folha de espinafre ou chanana

- Éter de petróleo (65 – 1100) ou hexano

- Álcool métilico

- Papel absorvente

- almofariz

- bequer de 250 ml

- proveta de 100 ml

- cubeta

- capilares

- papel filtro

- pinça

- tesoura

PROCEDIMENTOS:

A cromatografia em papel é uma técnica físico-quimica de separação de misturas, baseado no diferencial de migração das substâncias sobre o papel. Nesse experimento a substância buscada fixa no papel ficando evidente na superfície sendo separada do solvente.

O procedimento em si consiste no mergulho de 1g de folhas do vegetal usado (Mangifera indica), durante alguns minutos em água fervente, com o intuito de matar as células da planta. Após esse processo retira-se o material foliar do béquer aquecido com uma pinça e põem em exposição ao ambiente para a secagem e absorção da água com um papel absorvente. Concomitantemente, faz-se uma mistura de éter de petróleo e álcool metílico na proporção 50 ml de éter a cada 1 de álcool em uma proveta na segurança de uma capela. Depois de seco as folhas do vegetal vão para almofariz onde pouco a pouco se adiciona a mistura de éter de petróleo e álcool metílico e tritura-se o vegetal na presença do líquido.

Assim, com o tempo restam poucos mililitros do solvente e coloração verde fica mais forte. Ao fim da trituração distribui cerca de 1ml do extrato de pigmento para dentro de uma cubeta onde contém um papel de filtro ligeiramente mais estreito que o diâmetro do tubo. Por fim, observa-se o movimento da cromatografia e com base nisso obtém-se o resultado do experimento.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Com a finalidade de melhor compreensão do resultado da prática, segue em anexo a cromatografia mostrando a diferença de coloração dos componentes da amostra de folha de mangueira.

[pic 1][pic 2]

De acordo com a cromatografia obtida da folha de mangueira, pode-se observar que a distância percorrida pelo extrato no papel foi de 5,5 cm. Ao observar as cores no cromatograma, as duas variações de verdes mostram a presença de clorofilas “a” e “b”, sendo possível diferencia-las nitidamente, a parte mais amarela indica a presença de xantofilas e por fim o tom de amarelo queimado com uma listra amarela indica a presença de caroteno na amostra. A clorofila “b” teve uma distância percorrida de 2,9 cm e Rf igual a 0,527, a clorofila “a” uma distância de 1,3 cm e Rf igual a 0,236, a xantofila percorreu uma distância de 0,7 cm e Rf igual a 0,127 e por fim o caroteno com uma distância percorrida de 0,6 cm e Rf igual a 0,109.

Foi utilizada uma mistura de um solvente apolar (Éter de petróleo) e polar (Álcool metílico) na proporção de 50:1, porém como o éter se apresenta em uma maior proporção na mistura, o solvente mostrará característica apolar. Essa mistura arrastará consigo as substâncias que tiverem polaridade semelhante à sua, o que ocorre com os carotenos, uma vez que estes apresentam longas cadeias carbônicas, sendo assim apolares. Em contrapartida as clorofilas apresentam estrutura complexa, porém os heteroátomos presentes na sua estrutura fazem com que esse composto apresente característica polar, fator esse que explica o fato de que a mesma substância seja a menos arrastada pelo solvente.

De acordo com a cromatografia em papel, onde o solvente tem característica apolar, foi observado que as clorofilas “a” e “b” possuem um alto fator de retenção, pois tem maior interação com o papel devido ser polar, evidenciando que a polaridade e o fator de retenção são inversamente proporcionais. Já o caroteno e a xantofila, foram mais facilmente arrastados, possuindo assim um baixo fator de retenção, sendo depositados no topo do papel.

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CONCLUSÃO

A cromatografia é uma técnica de separação especialmente adequada para ilustrar os conceitos de interações intermoleculares, polaridade e propriedades de funções orgânicas (REVISTA QUÍMICA NOVA, AGOSTO DE 2009). De acordo com o que foi observado no laboratório, pode-se inferir que a cromatografia em papel, apesar de ser um processo simples que requer paciência de quem está preparando, devido a demora da separação , atende as necessidades da divisão das substâncias, como o que aconteceu no processo envolvendo as folhas da Anacardiaceae.

REFERÊNCIAS

COLLINS,C. H; BRAGA, G. L; BONATO, P. S., Introdução a métodos cromatográficos. 7. Ed., Campinas, editora da UNICAMP, 1997.

DEGANI, A. L.; CASS, Q.B.; VIEIRA, P. C. Química Nova na Escola. 1998.

Mangifera indica. Disponível em: Acessado em 06 de maio de 2016.

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QUESTIONÁRIO

- Pesquisar a estrutura das clorofilas e carotenos e justificar a cor observada para estas substâncias.

RESPOSTA:

As clorofilas são substâncias produzidas nos cloroplastos , as quais são responsáveis pela absorção de raio solares para realização de um processo chamado fotossíntese. Os pigmentos “a” e “b” são responsáveis pela coloração esverdeada. As diferenças entre clorofila “a” e “b”

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