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O ATERRO SOBRE SOLOS MOLES

Por:   •  24/6/2018  •  1.573 Palavras (7 Páginas)  •  502 Visualizações

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Esses Geotêxteis são colocados entre o solo-mole e o aterro para desempenhar inclusive outras funções (filtro e drenagem). A colocação destes materiais proporciona uma resistência à tração na interface solo mole-aterro.

No entanto, deve-se atentar para as trincas que podem ocorrer no aterro. Normalmente faz-se a ancoragem da manta utilizando o próprio aterro.

[pic 17]

Os fabricantes já apresentam propriedades dos Geossintéticos. O comprimento de ancoragem depende do material do aterro, que ode ou não proporcionar a aderência necessária para impedir a ruptura do aterro e/ou da camada de solo mole.

As propriedades mais relevantes são fluência em tração, danos de instalação e degradação ambiental.

Na indústria, os melhores fabricantes destes materiais já realizaram inúmeros ensaios e um controle tecnológico bastante confiável. Deve-se, para realizar a escolha apropriada, apresentar todo o cenário (camada do solo mole: Su e espessura; material do aterro: C, e altura estimada do aterro).[pic 18]

O material indicado pelo fabricante ainda possui garantia após a execução. Todavia, deve-se atentar para os danos mecânicos que podem ser causados no processo executivo, quando na instalação no material sintético.

Estudos mais detalhados da utilização destes materiais se dão em pós-graduação.

Alternativas para conter e/ou conviver com o solo mole

- Lançar o aterro de ponta sobre o terreno natural, com o intuito de conviver com os problemas de estabilidade durante a execução (construção), e de recalques, ao longo da vida útil da obra.

Ex.: Aterros de estradas, caso sejam executados desta forma, deve-se realizar periodicamente serviços de manutenção, regularizando a pista, para elimina as ondulações.

No processo executivo já se depara com uma primeira dificuldade relacionada com o tráfego dos equipamentos de terraplanagem. Neste caso é recomendado deixar-se a vegetação natural para facilitar a colocação da primeira camada do aterro.

- Lança-se uma primeira camada de aterro de 0,50 a 1,00 m sem muitos cuidados com a compactação;

- Essa camada é normalmente de areia saturada, que é depositada por meio de tubulações, que após a execução das outras camadas, boa parte da água existente será expulsa para o topo do aterro (devido à sobrecarga);

- Coloca-se um geotêxtil ao longo da citada camada de areia. Esse geotêxtil ainda servirá de camada drenante, além de evitar q contaminação do aterro e aumentar a sua estabilidade;

- Para o lançamento das camadas seguintes do aterro, utilizam-se equipamentos com esteira larga, para facilitar o tráfego do veículo e o próprio lançamento da primeira camada do aterro.

Remoção do Solo Mole

Esta retirada total da camada de solo mole só é possível para espessuras entre 4,0 e 7,0 m. Podendo ser realizada por dragagem ou por meio de explosivos para liquefazer o solo mole (desagregar a camada de solo estável).

A expulsão com explosivos necessita de um lançamento anterior de um aterro de ponta e da colocação de dinamite sob ele. Esta técnica pode não expulsar completamente o solo mole, resultando em resquícios de solo mole sob a forma de bolsões.

Quanto à utilização da dragagem, o aterro prévio também é lançado. Em seguida, por meio de uma evacuação lateral, remove-se o solo mole, na medida em que a sobrecarga do aterro ocorre.

[pic 19]

A ruptura do solo mole ocorre abaixo do aterro, o desconfinamento lateral faz com que ocorra a expulsão deste para as valas laterais. Em seguida é realizada a remoção do mesmo através da dragagem.

Pode-se ainda realizar a retirada parcial do solo mole.

Melhoramento do Solo Mole

O citado melhoramento se dar por meio de procedimentos que usam melhorar as características de resistência e deformação do solo. Cita-se as seguintes soluções:

- Construção por etapas;

- Aplicação de sobrecarga temporária;

- Execução de coluna de pedra;

- Execução de estacas de distribuição.

- Construção por etapas

Esta técnica consiste em construir o aterro por partes, no entanto, deve-se considerar a altura final do aterro principal maior que a altura crítica que proporciona a ruptura. O objetivo é permitir que o solo mole adense de tal maneira que o torne enrijecido, apto a suportar novas cargas, até atingir a altura final do aterro. Na Prática, utiliza-se esta técnica quando a camada de solo mole é menor do que 3,00 m.

- Sobrecarga temporária

Nesta técnica é aplicado sobre a camada de solo mole um carregamento maior do que aquele que vai atuar durante a vida útil da obra (denominada pré-compressão). Assim consegue-se antecipar os recalques e a camada de solo mole ganha resistência. Deve-se atentar para não ultrapassar a altura crítica do aterro.

Drenos Verticais

A utilização dos drenos verticais se dá quando o solo mole é muito espesso, logo a pré-compressão é ineficiente. Nestes casos, utiliza-se a execução de drenos verticais, que proporcionam a aceleração do adensamento da camada de solo mole. O mais comum é a utilizar o dreno vertical de areia. A execução desta técnica ocorre por meio da instalação de tubos metálicos, de ponta aberta, até a cota desejada, até a camada subjacente ao solo mole. Despeja-se areia dentro do tubo na medida em que ele vai sendo retirado do dreno. Se o material do aterro não for drenante, lança-se uma camada de areia ou uma manta de geotêxtil para garantir a drenagem no topo.

Os diâmetros variam na faixa de 20 a 45 cm, com espaçamentos de 1,0 a 4,5 metros.

[pic 20]

- Coluna de pedra

Esta técnica se dá por meio da abertura de furos na camada de solo mole, separados entre si de 1,0 a 2,5 m, com 70 a 90 cm de diâmetro, até a camada de solo firme. Os furos são preenchidos por pedra ou brita que são densificados

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