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Estação de tratamento de água

Por:   •  26/4/2018  •  1.494 Palavras (6 Páginas)  •  307 Visualizações

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A qualidade dos serviços prestados pelas companhias estrangeiras eram de péssima qualidade, levando o Brasil a estatizar o serviço de saneamento no início do século XX. Sendo que a partir de 1940 houve o início da comercialização dos serviços de saneamento. Surgem também, as autarquias e mecanismos de financiamento para o abastecimento de água, tendo por influência o Serviço Especial de Saúde Pública (SESP), hoje a atual Fundação Nacional de Saúde (FUNASA).

Com a falência da PLANASA e com o BNH extinto, o setor de saneamento brasileiro vivencia um período de estagnação, apenas em 1995 com a lei de Concessão nº 8.987 regulamentara o artigo 175 da Constituição Federal, a qual prevê a concessão de serviços públicos e autoriza a outorga desses serviços, após várias tentativas de estratégias de privatização e outros projetos de Lei, finalmente em 2005, com a Lei de Consórcio Público nº 11.107 define condições para a União, Estados, Distrito Federal e Municípios estabelecessem consórcios públicos para desenvolver projetos de interesse comum. Em 2007 houve a vigência da Lei Federal nº 11.445, a qual estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico no Brasil, ficando determinado para que a União elabore o Plano Nacional de Saneamento Básico (PNSB), ficam estabelecidos os direitos e obrigações da União em manter, estabelecer regulação, inspecionar e planejar políticas para o setor, e os Munícipios passa a se estruturar como poder concedente e devem elaborar seus planos municipais com definição dos horizontes de universalização da prestação de serviços, houve uma crescente participação de empresas privadas no setor de saneamento, sendo que em 2014 a participação das empresas privadas em torno de 10%, e há planejamentos que este valor chegue a 30% até final de 2017.

Atualmente no Brasil, cerca de 82,5% dos brasileiros são atendidos com abastecimento de água tratadas, sendo que 35 milhões dos brasileiros ainda sem acesso, estudos prevê que o Brasil irá demorar no mínimo 20 anos para que toda a população receba os saneamentos básicos.

De cada 100 litros de águas coletadas e tratadas, aproximadamente 63 litros são consumidos, sendo que 37 litros são perdidos, seja por vazamentos, roubos e ligações clandestinas, falta de medição ou medições incorretas, tendo por prejuízo cerca de R$ 8 bilhões e esse desperdiço em um ano daria para encher seis sistemas Cantareira.

A região Sudeste apresenta 91,7% do abastecimento total de água e o desperdício em torno de 32,62%, sendo a região que menos apresenta desperdício. O consumo per capita de água na região Sudeste apresentado em 2014 segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS 2014), foi em torno de 187,9 l/hab.dia.

Nos últimos três anos os maiores investimentos em saneamento básico foram os estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Bahia, totalizando cerca de 63,3%. Já os que menos investiram nos últimos três anos foram os estados do Amazonas, Acre, Amapá, Alagoas e Rondônia, totalizando 1,7%.

Na cidade de Ribeirão Preto no interior do Estado de São Paulo, o processo de tratamento de água faz sua população privilegiada, pois 99,9% dela é servida de água encanada. Além disso, toda a água consumida e distribuída pelo Daerp (Departamento de água e Esgotos de Ribeirão Preto) vem de um imenso reservatório de águas subterrâneas do Aquífero Guarani, oferecendo à população água de boa qualidade.

O índice de desperdício de água de Ribeirão Preto é de aproximadamente 15,89%, sendo considerado como exemplo para os demais municípios, e o município está realizando perfurações de novos poços para acabar com a falta d’água em algumas partes da cidade.

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OBJETIVOS

Apresentar o processo de tratamento de água da cidade de Ribeirão Preto.

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ETAPAS DO TRATAMENTO DE ÁGUA

3.1 Retirada de água do aquífero Guarani

Para a retirada da água que se encontra a mais de 200 metros de profundidade, são perfurados poços tubulares profundos, mais conhecidos como poços artesianos. E sua extração é feita através de bombas submersas.

Atualmente Ribeirão Preto tem 103 poços artesianos em funcionamento, produzindo um total de 14.050 m³ de água por hora.

[pic 4]

Poço artesiano Avelino Palma... Ribeirão Preto: Daerp, 2016. Disponível em: . Acesso em: 17 out. 2016

3.2 Componentes da ETA e seus insumos operacionais

Pelo fato da água de Ribeirão Preto ser proveniente de poços profundos, requer somente a adição de cloro e flúor, que é feita logo após a sua retirada dos poços. O flúor na água de abastecimento é o meio mais eficiente e econômico para a prevenção de cáries dentárias, reduzindo em cerca de 60% a sua incidência.

3.3 Cloração

O processo de cloração consiste na adição de cloro (Cl2) para desinfecção, destruindo ou eliminando a atividades de micro-organismos patogénicos, algas e bactérias, o cloro adicionado ionizam o ânion hipoclorito (ClO1-(aq)), que tem propriedades desinfetantes e bactericidas.

O cloro também tem ação oxidante de compostos orgânicos e inorgânicos que estão presentes na água, se tiver matéria orgânica presente na água, haverá a formação de trihalometanos e de outros subprodutos da desinfecção, a concentração máxima permitida do trihalometano presente na agua no Brasil, é de 100µm.L-1, devido a esse composto ser cancerígeno e para retirá-lo da água usa-se processos de aeração e o carvão ativo em pó.

3.4 Fluoretação

No processo de fluoretação consiste na adição de um composto de flúor à água, tendo por finalidade interferir na dinâmica do processo do desenvolvimento da cárie dental. No Brasil determina-se a utilização de 0,7 mg de flúor por litro, sendo esse valor considerados ótimos para a prevenção da carie dental.

3.5 Reservação e distribuição da água potável

Já clorada e fluoretada, a água é conduzida por tubulações aos reservatórios, de onde é distribuída para as redes de abastecimento até chegar aos consumidores, passando pelo hidrômetro, que é o aparelho que mede

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