Biomateriais e tecido ósseo

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Na cultura de células, é comum a observação de três etapas: adesão celular ao substrato escolhido, proliferação das células e diferenciação. Periodicamente é realizada contagem para saber a faixa ideal para a experimentação com aquele grupo de células. Geralmente a etapa boa é aquela na qual o crescimento é exponencial.

Outra etapa é a análise de biocompatibilidade. Por biocompatibilidade entende-se a capacidade de um biomaterial desencadear num organismo uma resposta. Uma fase está na avaliação da toxicidade, e outra engloba testes tais como adesão morfologia, proliferação e diferenciação. A análise morfológica é realizada utilizando-se técnicas de microscopia eletrônica de varredura, de transmissão, ou microscopia confocal geralmente. Esta última apresenta vantagem de criar uma imagem com topologia.

A palestrante sara apresentou ainda um trabalho avaliando a utilização de titânio como biomaterial para implantes dentários. O titânio já é utilizado devido a sua biocompatibilidade, por ser leve, por ter baixa condutividade térmica, e possuir um sabor neutro, isto é interfere no paladar com sabores metálicos. Entretanto, a corrosão do titânio gera produtos de corrosão, e a interação desses com os osteoclastos pode levar a perdas ósseas na região do implante e na consequente perda do implante.

Assim o objeto do presente estudo da palestrante foi estudar a interface das partículas de titânio geradas pela abrasão ou por produtos de corrosão, usando microscopia de transmissão de alta resolução.

Ela obteve partículas em nano escala, utilizando um dispersor sônico, promovendo altas e baixas pressões sobre as partículas. Foi avaliada se estava havendo internalização de titânio ou dióxido de titânio pelos tecidos ósseos. Para tanto as nano partículas e o tecido foram minunciosamente caracterizados, utilizando-se A conclusão foi de que havia internalização de titânio nos osteoblastos, mas uma vez internalizados, não havia interação significativa deste nas funções celulares.