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A Materiais de Construção Restaurante e Bar

Por:   •  23/12/2018  •  5.785 Palavras (24 Páginas)  •  312 Visualizações

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2 PESQUISA DE AGRESSIVIDADE

A agressividade do meio é responsável por diversas manifestações patológicas nas edificações, existem diversas situações em que o concreto está sujeito à agressividade do ambiente. O restaurante, por exemplo, podem sofrer ataques por sulfatos presentes nos produtos armazenados. Já as estações de tratamento de esgoto colocam o concreto em contato com sulfatos e ácidos agressivos provenientes da decomposição nos tratamentos anaeróbios da matéria orgânica, além do ataque superficial, pequenas fissuras de retração podem acelerar significativamente o surgimento de manifestações patológicas nessas estruturas. O empreendimento estará exposto ao sol e à chuva no seu lado externo juntamente com a poluição atmosférica esses fenômenos serão responsáveis pelos danos externos. O local também sofrerá com o intenso trafego de pessoas e automóveis, as principais áreas afetadas serão as áreas comuns aos usuários como hall de entrada, estacionamento e banheiros.

Como todo empreendimento, o Restaurante CookBeer será exposto por diversos tipos de agressões causadas por produtos químicos, principalmente a classe dos sulfatos que estará presente na cozinha industrial. Os produtos que poderão agredir as instalações serão: bebidas alcoólicas, produtos destinados à limpeza, cloro, e alguns ácidos, tais como:

2.1 Hidróxido de Sódio – Soda Caustica (NaOH)

A corrosão do concreto por ação de soluções alcalinas pode ser encontradas em estruturas de indústrias químicas que produzem soda cáustica (NaOH) e soda (Na2CO3). A soda cáustica também pode ser encontrada em indústrias de compotas e conservas. A ação da soda cáustica sobre o concreto é deletéria para concentrações acima de 10%.

2.2 Cloreto de Sódio – Sal de Cozinha (NaCl)

O NaCl estará presente na cozinha do empreendimento. O sal de cozinha em excesso pode ocasionar no ataque dos íons cloretos, podendo atingir as ferragens do concreto armado ao decorrer de vários anos, colocando em risco a integridade estrutural da edificação.

2.3 Ácido Fosfórico (H3PO4)

Os seus sais (fosfatos) têm grande aplicação como fertilizantes na agricultura, alimentos que serão estocados na despensa do empreendimento. É usado como aditivo em alguns refrigerantes bebida presente diariamente nos restaurantes.

2.4 Ácido Acético (CH3 – COOH)

É o ácido de vinagre, produto indispensável na cozinha (preparo de saladas e maioneses). A ação deste agente agressivo é detectada principalmente em indústrias de alimentos, onde o ataque do ácido acético sobre o concreto forma o acetato de cálcio, solúvel e facilmente removidos por lixiviação.

2.5 Ácido Carbônico (H2CO3)

O composto químico que desencadeia o fenômeno da carbonatação do concreto é bem conhecido, facilmente encontrado nos centros urbanos. Um bom exemplo são os túneis e viadutos. Nestes ambientes, o concreto está exposto à alta concentração de gás carbônico (CO2). Esse dióxido de carbono penetra nos poros do concreto, dilui-se na umidade presente na estrutura e forma o composto chamado ácido carbônico (H2CO3). Este ácido reage com alguns componentes da pasta de cimento hidratada e resulta em água e carbonato de cálcio (CaCO3). O composto que reage rapidamente com (H2CO3) é o hidróxido de cálcio (Ca(OH)2).

O carbonato de cálcio não deteriora o concreto, porém durante a sua formação consome os álcalis da pasta (ex: Ca(OH)2 e C-S-H) e reduz o pH. O concreto normalmente possui pH entre 12,6 e 13,5. Ao se carbonatar, estes números reduzem para valores próximos de 8,5. A carbonatação inicia-se na superfície da estrutura e forma a “frente de carbonatação”, composta por duas zonas com pH distintas). Esta frente avança em direção ao interior do concreto e quando alcança a armadura ocorre a despassivação do aço e este se torna vulnerável. Após a despassivação, o processo de corrosão será iniciado se ao mesmo tempo houver umidade, diferença de potencial, agentes agressivos (exemplo: CO2 ou fuligem) e oxigênio ao redor da armadura. Os danos causados são vários, como fissuração do concreto, destacamento do cobrimento do aço, redução da seção da armadura e perda de aderência desta com o concreto.

2.6 Ácido Úrico (C5H4N4O3)

O concreto possui pequenos poros - espaços quase invisíveis que permitem a entrada do líquido no seu interior, chegando à estrutura metálica. O metal mais utilizado em construções é o ferro, que em contato com o ácido úrico dissolvido em água e presente na urina, sofre uma reação química. Forma-se, então, um pó avermelhado que se desprende da estrutura e origina buracos, deixando a construção totalmente fragilizada. Esse ácido estará presente nos banheiros do empreendimento.

2.7 Classificação dos resíduos, segundo a nomr ABNT NBR 10004

2.7.1 Resíduos classe I

Perigosos: São aqueles que apresentam periculosidade, conforme definições norma ABNT NBR 10004. São resíduos que apresentam características como: Corrosividade, Reatividade, Inflamabilidade, Toxicidade, e Patogenicidade.

2.7.2 Resíduos classe II

Não perigosos:

- Resíduos classe II A – Não inertes: São aqueles que não se enquadram nas classificações de resíduo classe I – perigosos ou de resíduo classe II - B – inertes, conforme definição norma ABNT NBR 10004. Os resíduos classe II A - não inertes podem ter propriedades, tais como: combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água. Oriundos dos serviços de limpeza de áreas que não estejam contaminados por resíduos de processo industrial.

- Resíduos classe II B – Inertes: Quaisquer resíduos que, quando amostrados de forma representativa e submetida a um contato estático ou dinâmico com água destilada ou deionizada, a temperatura ambiente, conforme teste de solubilização, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, conforme definições norma ABNT NBR 10004, executando-se os padrões de aspecto, cor, turbidez e sabor. Como exemplo destes materiais, podem-se citar rochas, tijolos, vidros e certos plásticos

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