UMA ANÁLISE ERGONÔMICA
Por: Carolina234 • 7/1/2018 • 1.573 Palavras (7 Páginas) • 390 Visualizações
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3. ARRANJO FÍSICO
Segundo ITIRO (2005), o arranjo físico é o estudo da distribuição ou do posicionamento relativo dos diversos elementos que compõe o posto de trabalho. Ou em palavras, como serão posicionados os diversos instrumentos de informação e controle existentes no posto de trabalho.
O arranjo físico apresenta-se inadequado, pois a matéria-prima e o compartimento de resíduos encontram-se longe do operador. Tendo o mesmo que se locomover constantemente em direção aos componentes e abaixar-se para pegar material, perdendo tempo e conseqüentemente diminuindo o rendimento da produção.
4. POSTURAS ASSUMIDAS
Postura é o estudo do posicionamento relativo da partes do corpo, como cabeça, tronco e membros, no espaço. A boa postura é importante para a realização do trabalho sem desconforto e estresse.
Muitas vezes, o trabalhador assume posturas inadequadas devido ao projeto deficiente das máquinas, equipamentos, posto de trabalho e também, às exigências da tarefa. O redesenho dos postos de trabalho para melhorar a postura promove reduções de fadiga, dores corporais, afastamentos do trabalho e doenças ocupacionais.
Existem três situações principais em que a má postura pode produzir conseqüências danosas:
- Trabalhos estáticos que envolvem uma postura parada por longos períodos;
- Trabalhos que exigem muita força; e
- Trabalhos que exigem posturas desfavoráveis, como o tronco inclinado e torcido.
A postura assumida pelo operador em questão é predominantemente em pé podendo ter riscos de dores nos pés e pernas. Constantemente realiza-se rotações do corpo para coletar matéria-prima podendo ter o risco de dores na coluna vertebral. Dependendo do número de placas que o operador pegue de uma só vez, o peso pode ser inadequado podendo sobrecarregar os músculos e articulações podendo levar à rápida fadiga muscular, dores e lesões.
5. ATIVIDADES MOTORAS E SENSORIAIS
- Alcances Físicos dos Membros: foi observado que o funcionário tem o alcance dos membros superiores compatível com a realização da sua tarefa. Os membros inferiores também estão compatíveis na sua função de locomoção e acionamento da máquina.
- Esforços Físicos Despendidos: foi avaliado que durante a tarefa ocorre uma fadiga física devido aos movimentos repetitivos decorrente desses esforços no funcionário.
- Informações Visuais Recebidas: devido ao trabalhador permanecer grande parte de sua jornada de trabalho visualizando pontos diferentes, conseqüentemente as informações visuais não são constantes, o que provoca uma menor fadiga visual.
- Informações Auditivas Recebidas: verificamos neste posto de trabalho que as informações auditivas recebidas são principalmente dos ruídos proveniente da máquina do posto de trabalho e das máquinas no ambiente ao seu redor.
6. MOBILIÁRIO, FERRAMENTAS, EQUIPAMENTOS E EPI’S
Todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho devem ser adequados às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. Adequados à natureza do trabalho significa que os equipamentos devem facilitar a execução da tarefa específica.
No mobiliário encontrado no posto de trabalho verificamos apenas uma cadeira para descanso do operador em eventuais paradas, porém foi verificado que as dimensões desse mobiliário são incompatíveis com as medidas antropométricas do operador. Não existe acolchoamento, apresenta largura e profundidade adequadas, mas não dispõe de altura regulável assim como apoio para os braços.
Com relação aos EPI’s verificamos que o operador não dispunha de óculos de segurança, protetor facial, protetor auricular (tipo plug ou tipo concha), nem estava usando avental de couro. As luvas que ele estava utilizando não eram adequadas, pois deviam ser de couro com cano longo para proteger o antebraço. O único EPI que estava em conformidade era o calçado de segurança.
Na máquina não existia nenhum botão de emergência visível par interromper o equipamento em caso de acidente.
Produtos e postos de trabalho inadequados provocam tensões musculares, dores e fadiga. Ás vezes podem levar a lesões irreversíveis. Na maioria dos casos, os problemas podem ser evitados com a melhoria dos postos de trabalho e dos equipamentos em uso no trabalho.
7. CONDIÇÕES AMBIENTAIS
A abordagem ambiental sob a ótica da Ergonomia é centrada no ser humano e abrange tanto o critério da saúde quanto os de conforto e desempenho. Assim, com relação ao posto de trabalho, principalmente nos ambientes cobertos (residência, galpão, escritório, fábrica, armazém, silo, etc.), devem ser observados os cuidados construtivos e operativos necessários para propiciar ao trabalhador: conforto térmico, acústico, luminosidade, instalações sanitárias e locais para dessedentação e descanso.
- Iluminação: as condições de iluminação encontradas no posto de trabalho não são adequadas, pois existe quantidade insatisfatória de luminárias no local.
- Temperatura e qualidade do ar: a temperatura do posto de trabalho encontra-se ergonomicamente adequada devido à grande quantidade de exaustores existentes no galpão.
- Ruídos e vibrações: Os ruídos e vibrações percebidos no posto de trabalho originam-se da máquina devido ao punção que executa o trabalho de estampagem
- Cor do ambiente: a cor do ambiente analisado é escura dificultando a iluminação no ambiente.
8. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
A organização do trabalho define quem faz o que, como e em quanto tempo. As condições de trabalho incluem todos os fatores que possam influenciar na performance e satisfação dos trabalhadores na organização. Isso envolve o trabalho específico, o ambiente, a tarefa, a jornada de trabalho, o horário de trabalho, salários, além de outros fatores cruciais relacionados com a qualidade de vida, tais como nutrição, nível de atividade física habitual e todas as condições de saúde em geral.
O desempenho dos indivíduos dentro de uma organização está diretamente ligado à conformidade entre os seus valores pessoais e os valores da organização, ou seja, a cultura, e o clima organizacional.
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