Patologias de Revestimentos Cerâmicos

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da camada onde se encontra o acabamento ou até mesmo o próprio destacamento/descolamento da peça cerâmica.

3. CONDIÇÕES DE OCORRÊNCIA

Há três formas de ocorrência do descolamento das peças cerâmicas:

 Descolamento da interface cerâmica/argamassa;

 Descolamento no meio da argamassa colante;

 Descolamento do emboço.

4. CAUSAS

 Descolamento da interface cerâmica/argamassa

- Falta de aderência da argamassa com a cerâmica;

- Desrespeito ao tempo de abertura da argamassa;

- Utilização de argamassa colante vencida;

- Não limpeza do tardoz da peça para retirada do excesso de engobe da peça cerâmica;

- Desrespeito do tempo mínimo de repouso da argamassa após a mistura;

- Vencimento do tempo de cura;

- Desrespeito ao traço estabelecido pelo fabricante da argamassa colante;

- Não utilização da desempenadeira adequada (desempenadeira de aço dentada);

- Não cumprimento das medidas corretas do método de aplicação da argamassa colante de acordo com o tipo de argamassa e o tamanho da peça cerâmica;

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- Falta de impermeabilização de viga baldrame, reservatórios, paredes externas ou quaisquer ambientes em contato com a água;

- Rejunte aplicado de forma incorreta, permitindo a passagem de água na interface cerâmica/argamassa colante;

- Peças muito grandes mal executadas.

 Descolamento no meio da argamassa colante

- Falta de resistência à tração;

- Movimentação/acomodação da estrutura;

- Desrespeito ao traço estabelecido pelo fabricante da argamassa colante;

- Não utilização da desempenadeira adequada (desempenadeira de aço dentada);

- Vencimento do tempo de cura.

 Descolamento do emboço

- Falta de resistência à tração do emboço;

- Traço da argamassa errado;

- Cura inadequada;

- Chapisco executado de maneira errônea;

- Falta de limpeza do substrato da estrutura;

- Infiltrações d’ água.

FIGURA 1 – Descolamento da placa cerâmica – aparecimento substrato

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FIGURA 2 – Descolamento da peça cerâmica da argamassa colante

5. CASO

O exemplo citado como estudo de caso, foi um descolamento de pastilhas diagnosticado na Pontifícia Universidade Católica de Goiás, na Área III, em um dos bancos de concreto armado com revestimento de pastilhas localizado na entrada da universidade.

A patologia em questão se refere ao destacamento/ descolamento de pastilhas cerâmicas que ocorre de forma bastante acentuada, podendo observar-se que todo o substrato está deteriorado não havendo mais a presença de argamassa, nem reboco, nem emboço o que resultou na exposição da armadura do concreto que se encontra em estado de corrosão.

A possível causa dessa patologia se deve a falta de impermeabilização da estrutura, tendo em vista que este local está sujeito ao constante contato com a água. Uma solução para esta patologia seria a retirada total do revestimento (pastilhas), tratamento da corrosão da armadura e caso for possível, recolocar as pastilhas.

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FIGURA 3 – Descolamento de pastilhas – PUC-GO (Área III)

6. SOLUÇÕES

Dependendo da gravidade em que se encontra a patologia (descolamento da peça cerâmica), a solução adotada poderá ser a retirada total do revestimento ou a recolocação apenas das peças que foram descoladas, tendo em vista que a recuperação deste tipo de patologia apresenta um custo elevado e demanda mão-de-obra qualificada, pois é muito trabalhosa.

Sendo assim, na maioria dos casos a melhor e mais viável solução é a retirada total do revestimento.

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7. COMO EVITAR

Para evitar este tipo de patologia é necessário:

- Projeto detalhado do revestimento de fachada;

- Controle na execução do projeto;

- Aquisição e controle dos materiais empregados;

- Treinamento da mão-de-obra;

- Obedecer às especificações e procedimentos da ABNT e do fabricante da argamassa colante;

- Durante o assentamento deve-se proceder ao controle de qualidade, fazendo-se o Teste de Arrancamento, ou seja, arrancar aleatoriamente algumas peças assentadas e verificar se o tardoz (verso) está totalmente preenchido de argamassa;

- Obedecer às espessuras juntas de movimentação especificadas no projeto, atentando para o material selante a ser utilizado;

- Optar por materiais (argamassa colante e rejunte) de qualidade;

- Evitar a limpeza com ácidos;

- Obedecer a expansão por umidade estabelecida pela NBR 13 818, que estabelece o máximo de (6) seis mm/m;

- Verificar o excesso de engobe no tardoz da peça cerâmica;

- Fazer a aplicação do revestimento cerâmico depois de 14 dias que o emboço estiver pronto;

- Obedecer ao período de aplicação