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Ergonomia

Por:   •  21/1/2018  •  5.467 Palavras (22 Páginas)  •  417 Visualizações

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9 APLICAÇÕES 28

10 LIMITAÇÕES 29

11 CONCLUSÃO 30

12 REFERÊNCIAS 31

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1 INTRODUÇÃO

Segundo a Professora Doutora Lizandra Lupi Vergara, 2002 a cada dia as máquinas efetuam mais trabalhos. Esta difusão da mecanização e automação aumenta o ritmo de trabalho, podendo se tornar, em certas ocasiões, menos interessante. Por outro lado, ainda existem muitas tarefas manuais que necessitam grande esforço físico. Uma das consequências do trabalho manual, além do aumento da mecanização, é que cada vez mais os trabalhadores sofrem com dores nas costas e pescoço, inflamações nos punhos, braços e pernas, e tensão ocular. O estudo do trabalho em relação com o entorno, em que se leva em consideração o ambiente de trabalho e quem o realiza (os trabalhadores), é a base que fundamenta a Ergonomia, utilizada para determinar como projetar ou adaptar o ambiente de trabalho ao trabalhador a fim de evitar problemas de saúde e aumentar a produtividade. Em outras palavras, fazer com que o trabalho se adapte ao homem, e não obrigar o trabalhador a adaptar-se a ele.

2 HISTÓRICO

Embora não exista um material consistente sobre a história da ergonomia, sabe-se que teve grande incremento depois da 2° Guerra Mundial, quando a industrialização toma um impulso maior, e começa a surgir uma maior integração entre homem, atividade e máquina.

Quase 100 anos mais tarde em 1949, reuniu-se, pela primeira vez, na Inglaterra, um grupo de cientistas e pesquisadores interessados em discutir e formalizar a existência desse novo ramo de aplicação interdisciplinar da ciência. O termo ergonomia foi adotado nos principais países europeus, substituindo antigas denominações como fisiologia do trabalho e psicologia do trabalho.

A primeira associação científica de ergonomia foi a Ergonomics Research Society, fundada na Inglaterra, no início da década de 1950 por um engenheiro inglês chamado Murrel. Nos Estados Unidos foi criada, em 1957, a Hurnan Factors Society. A terceira associação surgiu na Alemanha, em 1958.

Posteriormente desenvolveu-se em diversos países industrializados, como a França, Estados Unidos, Alemanha, Japão e nos países escandinavos.

Em 1959 é fundada a “International Ergonomics Association”.

Na data de 31 de agosto de 1983 é criada a “Associação Brasileira de Ergonomia”. Em 1989 é implantado o primeiro mestrado do país no PPGEP/UFSC.

A partir do início dos anos 80 a ergonomia começa a ter duas linhas de direcionamento, a europeia e a americana.

•Europeia (abordagem situada): privilegiam as atividades do operador, priorizando o entendimento da tarefa, os mecanismos de seleção de informações, de resolução dos problemas, de tomadas de decisão. Tudo se inicia com a observação do trabalho, em condições reais. Em seguida, tem-se a verbalização do trabalho executado pelos próprios operadores especificamente nele envolvidos e considera-se a aprendizagem da tarefa e a competência do trabalhador.

• Americana (abordagem clássica): preocupam-se, principalmente, com os aspectos físicos do homem (anatômicos, antropométricos, fisiológicos e sensoriais), objetivando dimensionar a estação de trabalho, facilitar a discriminação de informações dos mostradores e a manipulação dos controles. Para tanto, realizam-se simulações em laboratórios (onde medem alcances, esforços, discriminação visual, rapidez de resposta), mantendo constantes algumas variáveis dos homens com dimensões extremas (5 e 95 percentis).

Segundo Hendrick (1993) a ergonomia é classificada em quatro fases de acordo com a tecnologia enfocada. Em cada uma delas, nota-se que a adaptação do posto vai perdendo a força para a qualidade do processo, da organização e da qualidade de vida como um todo.

1° fase: Ergonomia de Hardware ou Tradicional surgiu durante a 2° Guerra Mundial e representa o início da ergonomia “human factors” como ciência formal. Incialmente concentrou-se no estudo das características físicas do ser humano (capacidades e limites) com utilização militar e em seguida direcionando-se para área civil, voltadas às questões físicas e fisiológicas e biomecânicas do ambiente de trabalho e na interação dos sistemas homem-máquina.

2° fase: Ergonomia do Meio Ambiente que trata das questões ambientais naturais e artificiais (ruído, vibrações, temperatura, iluminação, aerodispersóides) que interferem no trabalho. Fortaleceu-se em função do interesse em compreender melhor a relação do ser humano com seu meio ambiente que se integram também com as questões ecológicas de reequilíbrio do planeta atualmente muito em voga.

3° fase: Ergonomia de Software ou Cognitiva lida com o processamento de informações, com o advento da informática de forma massiva a partir da década de 80. Essa modalidade está focada na interface da interação entre o homem e a máquina, que deixa de ser como na fase tradicional (antropométrica, biomecânica e fisiológica), e passa ter boa parte desse relacionamento intangível no campo físico, o operador não manuseia mais o produto, mas sim comanda uma máquina que está operando sobre o produto. A tecnologia da informação passa a ser uma extensão do cérebro e as interfaces para operação tem que levar em conta fatores cognitivos para facilitar o comando.

4° fase: Macroergonomia diz respeito a uma visão mais ampla da ergonomia, deixando de se restringir ao operador e sua interação com a máquina, atividade e ambiente, ela entra no contexto organizacional, psicossocial e político de um sistema. Diferencia-se das anteriores por priorizar o processo participativo envolvendo administração de recursos, trabalho em equipe, jornada e projeto de trabalho, cooperação e rompimento de paradigmas. O que garante intervenções ergonômicas com melhor resultado, reduzindo o índice de erros, e gerando maior aceitação e colaboração por parte das pessoas envolvidas.

3 DEFINIÇÃO

Ergonomia é um termo que deriva do grego “ergon”, que significa “trabalho” e “nomos”, que significa “leis ou normas”. Ergonomia designa o conjunto de disciplinas que estuda a organização do trabalho no qual existe interações

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