Sistema domestico de tratamento de resíduos orgânicos
Por: Evandro.2016 • 18/1/2018 • 1.844 Palavras (8 Páginas) • 439 Visualizações
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Os resíduos orgânicos constituem um grande problema no que tange ao seu manejo. Esses resíduos constituem grande parte dos resíduos domésticos cerca de 50%, como já citado anteriormente.
Esse tipo de resíduo é considerado poluente e, quando acumulado, pode tornar-se altamente inatrativo e mal-cheiroso, normalmente devido à decomposição destes produtos. Se não houver o mínimo de cuidado com o armazenamento desses resíduos cria-se um ambiente propício ao desenvolvimento de microorganismos que muitas vezes podem ser agentes que podem causar doenças.
(NETO, et al., 2007)
A disposição inadequada desses resíduos causa inúmeros problemas ambientais, dentre eles poluição e problemas de saúde. Muito se avançou nas legislações no quesito de disposição final e destinação correta desses resíduos. Esse avanço se deve principalmente a implantação da Política de Nacional de Resíduos Sólidos.
Porem não ha como ter um controle efetivo dos resíduos sólidos domésticos. O que acarreta em uma destinação final, muitas vezes incorreta e desmedida desses resíduos para a coleta. Resíduos esses que aumentam o volume nos aterros sanitários, nas melhores das hipóteses já que é sabido que muitos municípios apesar da determinação pelo PNRS ainda utilizam lixões para acondicionar esses resíduos. E a coleta seletiva é minoria no sistema de coleta o que inviabiliza o tratamento dos mesmos.
Nos últimos tempos vem se observando um aumento dessa quantidade de resíduos produzidos. Por inúmeros fatores dentre eles o consumo desenfreado e a mudança de estilo de vida da população. Esse aumento é extremamente prejudicial a um já frágil sistema de manejo de resíduo.
Visto isso é de extrema necessidade a minimização dos mesmos, para a diminuição da sobrecarga sem contar a vantagem ambiental com menos resíduos sendo lançados na natureza.
Minimização de resíduos consiste em através da redução na fonte, reutilização e reciclagem, diminuir a sua quantidade e/ou seu potencial de contaminação (minimizando a sua toxicidade e/ou periculosidade), segundo Teixeira (1999 e 2000).
Os orgânicos podem ser aproveitados como adubos provenientes da decomposição e evitariam o aumento significativo desse volume. Evitando uma sobrecarga maior a esses locais de destinação final.
A minimização dos resíduos orgânicos é possível com uma pratica domestica simples e com um custo bem acessível. As composteiras domésticas transformam os mesmos em adubo para uso em jardins, hortas, etc. Agindo de forma expressiva nesse processo, sendo o mesmo aplicado enquadrado na reutilização de resíduos.
A utilização das mesmas ainda age no aspecto de educação ambiental levando o individuo tenha uma maior consciência da sua geração e da possibilidade de reuso e transformação do que já não tinha utilidade para algo vantajoso até economicamente.
A compostagem é um processo que transforma a matéria orgânica do lixo em adubo. Todo o processo acontece em etapas, nas quais a temperatura, a umidade, fungos, aranhas, minhocas, bactérias, besouros e formigas, decompõem as fibras vegetais e animais. As substâncias orgânicas transformam-se em substâncias mais simples e, depois, em substâncias minerais que podem ser utilizadas pelas plantas.
As composteiras agem de forma semelhante à compostagem industrial diferenciando da mesma pelo acondicionamento e forma de manejo para a produção de composto sólido, alem é claro da quantidade muito menor dos resíduos.
O processo de compostagem industrial incluiu 3 fases principais:
1) Caracterizarão da matéria-prima e do material-base e o estudo dos processos de produção,
2) Análise dos compostos: física (densidade real e aparente, granulométrica e conteúdo total de contaminantes) e química (micro e macro nutrientes e metais pesados), e
3) Análises estatísticas para controle de qualidade e produção de formulações.
Feito isso a matéria é colocada em pilhas para manipulação até a transformação para o composto sólido. Esse composto é tratado nas usinas de triagem e compostagem, são alocadas em municípios menores de 100 mil habitantes, por não ser viável nesses municípios a implantação de aterros e/ou incineradores.
As composteiras podem ser de dois tipos:
Vermicompostagem, minhocário: O processo será realizado por microrganismos presentes no solo e acelerado por minhocas, que irão se alimentar dos resíduos e transformá-los em húmus. Essa população de minhocas pode aumentar ao longo do tempo (a quantidade inicial é de 200 a 250), mas geralmente, de acordo com o espaço e a disponibilidade de alimentos, elas mesmas fazem o controle.
Esse sistema de compostagem é formado por uma tampa, três ou mais caixas empilháveis de plástico opaco (a quantidade depende da demanda familiar, assim como a dimensão dos contêineres), sendo as duas caixas superiores digestoras, com furos no fundo, esses furos são exclusivamente para a migração das minhocas e escoamentos dos líquidos e uma caixa coletora para armazenar o chorume produzido no processo (é a que forma a base da composteira). Se o chorume não for drenado, ocasionalmente os fluidos se acumularão, de forma a tornarem o sistema da composteira anaeróbio.
Compostagem Seca: Esse método possui inúmeras opções de manejo. O segredo dele é a forma que você irá utilizar para aerar a mistura. A produção de adubo é um pouco mais demorada, porque apenas os microrganismos presentes no solo, fungos e bactérias, serão responsáveis pela decomposição da matéria orgânica. Por isso é importante manter a umidade e o calor da mistura sob controle. É possível fazer a compostagem seca em um recipiente específico ou então sobre o próprio solo. O processo padrão é basicamente colocar uma porção de material orgânico, rico em carbono, para duas porções de material seco (palha, folhas secas, serragem de madeira virgem, grama seca), rico em nitrogênio, em seguida, misturar bem para aerar e facilitar a ação dos microrganismos. Se optado pela compostagem seca sobre o próprio solo, é necessário um pouco mais de atenção. Faça um buraco com cerca de 40 cm de profundidade e 60 cm de diâmetro, no fundo coloque galhos secos ou palha para permitir a circulação de ar. Ou então faça com o lixo e o material seco um monte de aproximadamente dois metros de diâmetro por um de altura. Nos dois métodos é preciso manter a proporção
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