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Engenharia no Esporte

Por:   •  17/4/2018  •  1.372 Palavras (6 Páginas)  •  299 Visualizações

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4. Poder aquisitivo X Poder psicomotor

A grande questão que envolve o uso da tecnologia no esporte, é até que ponto vale apena usar mais tecnologia, esquecendo o que realmente importa no esporte, que é, quem tem maior capacidade de desenvolver determinada modalidade. Ou seja, vale apena dar o título de uma modalidade, para um atleta que tem maior patrocínio (poder econômico), ou entrega-lo para quem realmente é melhor, tem mais habilidade.

Como no caso anteriormente citado, na natação, os novos maiôs foram banidos do esporte, no ano de 2010. Foi constatado que em inúmeras provas, seja nas Olimpíadas de Pequim em 2008 ou em outros mundiais de natação, os atletas portadores dessa vestimenta, levavam uma vantagem estrondosa sobre os atletas que não o faziam uso.

Até mesmo no paradesporto essa discussão causou polêmica. Por exemplo, nas paraolimpíadas de Londres em 2012, o brasileiro Alan Fonteles campeão dos 200m na modalidade T43, após superar o multicampeão Oscar Pistorius, foi acusado por muitos e inclusive pelo ex-campeão de usar próteses ilegais. Nesse caso, as acusações eram falsas, mas em muitos outros casos a tecnologia está superando a capacidade humana, e isto é muito ruim para o esporte.

4.1 Força econômica no esporte

Martens (1997, p. 252) pede aos seus colegas, da área de educação física, que se façam a seguinte pergunta: “Como evitar que a tecnologia nos leve em um passeio aventureiro do qual não temos nenhum controle ou pouca influência, mas ao contrário determinar como podemos otimizar o uso da tecnologia(...)”

E realmente é isso que temos que tentar conseguir. Tentar manter o controle sobre a tecnologia, pois se deixarmos levar-nos pela tecnologia perderemos o a essência do esporte. Ou seja, proporcionaremos as pessoas mais afortunadas superar qualquer adversário por mais talentoso que esse oponente seja.

A tecnologia é, foi, e deve ser uma aliada para a evolução do esporte. Mas, se essa fugir do controle do homem, se tornará a pior inimiga dele. Tamanha evolução possui custos altíssimos. Assim a tecnologia pode levar a perda da competitividade esportiva, pois, pode desvalorizar os atletas que não tem condições de adquirir tal tecnologia.

Outro risco que o excesso de tecnologia no esporte pode trazer diz respeito a questão de segurança. As fabricantes de materiais esportivos visão sempre, e cada vez mais, o lucro e o alto desempenho dos atletas, deixando a segurança e o bem estar dos desportistas em segundo, ou terceiro, plano.

Existe ainda um terceiro outro prejuízo, que os avanços da engenharia esportiva, podem acarretar. Nesse com um pouco menos alarde, pois seu nível de abrangência é incontavelmente menor. O uso de maquinas pode gerar desemprego, por exemplo, se no lugar de árbitros e bandeirinhas forem usadas câmeras, isso geraria o desemprego desses trabalhadores. Mas felizmente o número de pessoas que exercem essa profissão não é muito grande.

5 Considerações finais

Pode-se perceber, claramente, nesse trabalho, que a evolução da engenharia desportiva, vem construindo uma nova era do esporte. Juntamente, com o avanço da tecnologia, o esporte vem avançando e quebrando recordes, tabus, limites. Essas mudanças são muito importantes para qualquer esporte, ajudam a, de certa forma, tornar o esporte mais justo, quando auxilia os árbitros, e possibilitando aos treinadores avaliar melhor o desempenho dos atletas, identificar seus pontos forte e, principalmente, os fracos, para poder propor soluções para melhorar o desempenho de seus aprendizes. Mas, esse avanço também traz riscos, são muitos os benefícios da evolução, e introdução, tecnológica no esporte, entretanto, não podemos nos iludir e deixar a tecnologia comandar as atividades esportivas, essa pode prejudicar atletas, futuras promessas, que não conseguem arrumar patrocínio, pois são ofuscados por grandes campeões, que só se mantem no topo, pois já tem condições financeiras suficientes para investir em novas tecnologias. Se esse cenário se mantiver o futuro do esporte corre sérios riscos de ter apenas atletas medianos, com ótimos equipamentos. É inaceitável que se tenha como campeão aquele que retêm mais recursos, o esporte deve ser, como sempre foi, o mais talentoso, habilidoso, se sobressaindo. Portanto, é aconselhável deixar o uso das tecnologias apenas para treinadores e árbitros, ou então, usa-los com consciência e ética.

Referências

MARTENS, R. Successful coaching. 4ª edição. American sports eduction program. Los Angeles. 1997.

KATZ, L. Conselho Federal de Educação Física – CONFEF. Disponível em

>.

Acesso em: 28/06/2014

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