Determinação Coeficiente de Retorno Água Esgoto

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2. Objetivos

Neste contexto, esse artigo tem como objetivo principal, a determinação do valor do coeficiente de retorno água/esgoto para o município de Capanema/PR, com a finalidade de comparar o valor obtido com o proposto pela NBR 9649/1986 e fornecer subsídios para estudos futuros. O município em estudo está situado na bacia hidrográfica do Rio Siemens e os dados utilizados foram obtidos através do (SNIS).

3. Revisão bibliografica

3.1. Sistema e coleta de esgoto

O sistema de coleta de esgoto, para a remoção de esgoto e água pluvial, pode ser dividido em três tipos: sistema de coleta de esgoto sanitário, sistema de coleta unitário, esgoto e água pluvial, e sistema de coleta de águas pluviais. Utilizando o sistema de coleta de esgoto sanitário, a vazão é composta de esgoto doméstico que é oriundo de residências, esgoto industrial que são predominantemente efluentes industriais, infiltração que consiste na água que adentra a rede coletora através de meios diretos como juntas danificadas e vazão externa que é a água pluvial que adentra a rede de coleta através de boca de lobo, descargas de telhados e drenos de fundações.

Nos sistemas unitários, a vazão é composta de esgoto doméstico, esgoto industrial, infiltração, fluxos externos e água pluvial e quando são utilizados sistemas separados de água pluvial, é constatado que nas quantidades variadas de água pluvial, podem estar presente esgoto sanitário.

- Sistema de abastecimento de água

Segundo a ADASA (2016) ( Agência reguladora de Águas, Energias e Saneamento Básico do Distrito Federal), um sistema de abastecimento de água, incia-se pela captação da água bruta do meio ambiente, a qual é captada em mananciais superficiais, barragens, lagos, ou subterrâneos, dos poços, em seguida é feito a adução, onde a água captada é bombeada até as ETAs para que possam ter um tratamento adequado, esse tratamento é realizado através de uma série de processos químicos e físicos, a água bruta é tornada potável para que possa ser distribuida á população, depois de tratada a água permanece nos reservatórios a disposição da rede distribuidora, ao final do processo a água é distribuída ao consumidor e está pronta para ser consumida.

- Consumo e medição da água

Atualmente observamos o quanto é agravante o consumo de água no Brasil, chegamos ao registro de consumo per capita de 185 litros habitante/dia, devido a pequena quantidade de água doce existente em nosso planeta, se faz necessário observar os motivos que levam as pessoas a tal consumo. A água é utilizada em diversas atividades, tais como, para o banho, para lavar roupas, lavar louças, torneiras, descargas de banheiros, usos domésticos, além dos vazamentos, sendo assim, necessário conservar os recursos, podendo este ser auxiliado pelo uso de alguns aparelhos com potencial de reduzir o consumo de água e a vazão de esgoto

A medição do consumo de água pode ser realizada através de hidrômetros, que é um aparelho destinado a medir e registrar com precisão o consumo de água de cada unidade consumidora, um instrumento de medição volumétrica de água que se encontra instalado em uma parte da rede de abastecimento de água, livre de quaisquer obstáculos superiores que dificulte e impeça a sua leitura, assim a água que vai passar pela tubulação, também ajuda a estimar as perdas entre a produção e a distribuição, também é importante se evitar vazamentos e desperdícios.

- Materiais da tubulação de esgoto

Os principais fatores a serem considerado para escolha dos matérias das tubulações de esgoto são: as características do esgoto que será coletado, a resistência a abrasão dos tubos, a resistência contra ataques químicos, bem como a resistência a cargas externas, a facilidade de transporte, o diâmetro, o custo do material, tipo de assentamento necessário para a rede, os métodos aplicados na construção, e as condições do terreno.

Segundo Telles (1987), a escolha dos materiais para tubulação de esgoto depende da natureza e do grau de corrosividade da corrente líquida, na maioria dos casos satisfazem os tubos de PVC e para os diâmetros médios os de barro vidrado e concreto armado para os diâmetros grandes, pode ser empregado tubo de ferro fundido dúctil com revestimento interno de borracha ou de plástico.

Os materiais mais utilizados em sistema de coleta e transporte de esgoto, são os tubo cerâmico, concreto, plástico, ferro fundido e aço.

- Vazões de esgoto sanitário

A vazão de esgoto é paralela a vazão de água, sendo assim existe uma correlação entre esses valores, o qual chamamos de coeficiente de retorno água/esgoto, que é a relação média entre o volume de esgoto produzido e o volume de água consumida. Existe uma parcela de água que retorna para a rede coletora de esgoto, porém não será considerada nesta pesquisa, pois o restante dessa água é utilizada para outros fins.

O esgoto doméstico é compreendido como sendo o esgoto oriundo de residências e de instalações comerciais, o qual faz parte do cotidiano do ser humano, onde é utilizado pelo homem nos seus hábitos higiênicos e necessidades fisiológicas, sendo que a variação da vazão esta intrinsicamente ligada com o consumo percapita (TSUTIYA; SOBRINHO, 2000).

A medição do volume de esgoto do município em estudo, é dado pelo medidor ultrassônico de distância, instalado na estação de tratamento de esgoto o qual deve ser protegido contra descargas atmosféricas por aterramento, o mesmo possui um registrador eletrônico automático que informa o volume total acumulado em m³, e a vazão instantânea em m³/h, sua instalação está localizada antes da caixa de inspeção e da amostragem industrial. (NT – 002, 2015).

- Coeficiente de retorno

O coeficiente de retorno é uma relação do volume de água efetivamente fornecida a população e o volume de esgoto recebido na estação de tratamento. O coeficiente de retorno água/esgoto depende de fatores locais, como a localização se é centros urbanos ou periferias, tipo de residência e área de projeto, ruas pavimentadas, clima e consumo percapita, de modo geral o valor definido fica na faixa de 0,50 a 0,90 (TSUTIYA; SOBRINHO, 2000).

É a relação entre o volume de esgoto recebido pela ETE e o volume de água