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TRABALHO DE BOVINO - Rastreabilidade

Por:   •  14/6/2018  •  6.106 Palavras (25 Páginas)  •  342 Visualizações

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A rastreabilidade existe para garantir ao consumidor um produto seguro e saudável, por meio do controle de todas as fases de produção, industrialização, transporte, distribuição e comercialização, possibilitando uma perfeita correlação entre o produto final e a matéria-prima que lhe deu origem. (LUCHIARI, 2001).

Vale ressaltar que a rastreabilidade favorece a vigilância epidemiológica, permitindo a melhor gestão da qualidade dos alimentos de origem animal e sua inocuidade, pois garante a efetiva definição de sua origem. A rastreabilidade permite ao consumidor conhecer a qualidade do produto que consome através da história da vida do animal, desde o estabelecimento onde nasceu até aquele onde foi abatido, incluindo informações sobre alimentação, medicações, transferências de propriedades etc.

As informações geradas pelo sistema de rastreabilidade vão atender também a muitas demandas do produtor, tais como manejo e outras técnicas de produção, melhoramento genético, mensuração de rendimentos da produção etc. Constitui-se, desse modo, importantíssimo fator de desenvolvimento de pecuária nacional.

- A história da rastreabilidade e dos produtos de origem animal

Desde tempos remotos, as autoridades sanitárias realizaram pesquisas epidemiológicas visando encontrar a origem de uma epizootia e parece que tiveram êxito nesse trabalho. Se os responsáveis por essas pesquisas não podiam se beneficiar dos métodos científicos de investigação disponíveis atualmente (bacteriológicos, virológicos, sorológicos e genéticos), eles utilizavam muitas vezes processos mais diretos, tais como a denuncia ou a aplicação de pesadas penas (inclusive a morte) em caso de “retenção de informação”. Thomas de Walsingham conta o seguinte fato, ocorrido no ano de 1275:

“Um francês muito rico importou para Northumberland, uma ovelha, da Espanha, tão grande quanto um novilho de dois anos, estando contaminada com podridão dos cascos, infectou tanto a região que (o mal) se expandiu em todo o reino. Esta peste animal durou vinte e oito anos antes de se extinguir e foi o primeiro surto de podridão dos cascos conhecido na Inglaterra.”

3.1 Rastreabilidade dos animais

Os criadores ou os proprietários de animais vivos tiveram, há muito tempo, o cuidado de identificar seus animais para encontrá-los novamente (em caso de perda ou de roubo), para orientá-los para tal ou tal setor de produção de produção ou de atividade, ou para valorizá-los.

Os três principais sistemas de identificação utilizados antigamente baseavam-se:

- Seja para um documento especifico atestado ou certificado que se pudesse referir a um sinal distintivo, ou para uma marca identificando o animal. Este documento era retido pelo responsável do animal identificado e, eventualmente, registrado por uma autoridade nacional;

- Para uma simples marca corporal colocada diretamente sobre o corpo do animal (pele, chifres, cascos, patas, bico etc.);

- Para uma marca externa removível (colar, anéis, etc.) presa ao animal.

3.2 Identificação e registro dos animais

A identificação dos animais, acompanhada de seu registro, podia ter diferentes objetivos: zootécnicos, administrativos, profiláticos, etc. A identificação dos animais de valor ou que pertençam a serviços oficiais os primeiros fichários específicos remontam, provavelmente, a tempos muito remotos quando se sabia o valor que ligava os povos da antiguidade a seus animais domésticos e, especialmente a seus cavalos.

No século XII, na Persia, os cavalos dos haras reais eram todos registrados e marcados com ferro em brasa, em forma de tulipa. Alguns desses animais eram confiados a cavaleiros que tinham a pratica nisso e responsabilidade ate a morte do animal. No caso de morte, o responsável devia recortar a pele marcada, ao lado dos músculos subjacentes e levar esta prova ao grande escudeiro do rei. Este suprimia então o nome do animal do registro, não sem ter, antes de tudo, feito o responsável pelo animal jurar que este não havia morrido por falta de cuidados, ou não havia sido sacrificado “o que o escudeiro verificava imergindo a prova na água durante algumas horas”, depois ele a destruía definitivamente.

3.3 A identificação dos animais visando controlar as epizootias

A apresentação dos documentos escritos, acompanhando os animais e certificando sua origem, foi novamente exigida na Europa por ocasião das grandes epizootias que atingiram este continente, no decorrer dos anos 1700. Os primeiros certificados deste tipo foram exigidos no começo do século XVIII. A apresentação desses certificados de origem tornou-se obrigatória posteriormente, em numerosos países, e para diferentes doenças. Foi assim que Delafona sugeriu, em 1844, completar o sistema de marcação previsto em 1746, 1784 e 1795, em caso de peste bovina, para aplica-lo ao caso particular da peripneumonia contagiosa bovina. Este processo de marcar teria sido efetuado então com ferro em brasa “no ombro de preferencia ao chifre ou o casco porque essas marcas podiam ser apagadas raspando o chifre”. Teria usado as letras M (malade/doente), S (suspect/suspeito) ou G (guéri/curado).

3.4 Marcas corporais

Numerosos documentos sinal éticos. Mencionados antes, se referiam a marcas individuais afixadas diretamente sobre o corpo do animal. Apresentamos a seguir as mais usadas entre elas.

3.5 Marcas a fogo

A marca consecutiva á aplicação, sobre a pele dos animais, com um ferro em brasa, parece ter sido um método muito antigo uma vez que baixos-relevos egípcios representam bovinos deitados, os quatro membros amarrados, também marcados no ombro esquerdo. Além do que, como indicado anteriormente, os cavalos do exercito grego, os dos serviços postais ou dos haras chineses, ou aqueles dos cavaleiros teutônicos, eram também marcados a fogo. Este processo parece ter sido igualmente usado pelos criadores romanos de bovinos, se nos referimos ao Conselho de Virgílio. Uma marca de fogo podia do mesmo modo ser aplicada nos chifres dos bovinos ou nos cascos dos cavalos. Era também usada sobre a pele que recobre o bico ou as patas dos cisnes para identificar seus proprietários: este processo de marcar foi empregado do século XIII ao XIX na Inglaterra estritamente regulamentado que todas as marcas usadas e as aves marcadas deviam ser o objeto

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