Rochas Sedimentares, Metamórficas e Ígneas
Por: Evandro.2016 • 7/5/2018 • 1.419 Palavras (6 Páginas) • 364 Visualizações
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Uma qualidade adquirida no processo de metamorfismo é alta resistência resultante da elevada pressão e temperatura que diminui os poros e aumenta a densidade, também a recristalização fornece fortalecimento das ligações entre os constituintes das rochas. Os diversos tons de cores atribuídos às metamórficas se da pela circulação de fluidos presentes no processo, as cores variam de nuances brancos a escuros, os tons brancos ocorrem pela presença do silicato que possui baixo ponto de fusão e os tons mais escuros devido à existência de minerais ferrosos que tem alto ponto de fusão. A textura foliada tem como característica um protótipo grosseiro, que realiza a divisão dos minerais em camadas laminares, já as não foliadas não tem orientação preferencial.
As rochas metamórficas são divididas em três graus de metamorfismo, baixo, médio e alto, as de baixo grau apresentam Clivagem xistenta, as de médio grau Xistosidade e de alto grau Bandado gnáissico.
Alguns exemplos de rochas metamórficas mais utilizadas na engenharia são o mármore e a ardósia. O mármore apresenta metamorfismo de alto grau e tem como principal mineral o carbonato, tem tons de cores que variam entre cinza, branco, verde e rosa, possui boa resistência, alta durabilidade e usa se mais para acabamentos como pisos, paredes e ornamentações. A ardósia apresenta metamorfismo de baixo grau e tem como principal mineral o siltito, tem tons de cores que variam de cinza a verde, possui boa resistência mecânica, isolamento térmico e também como o mármore utiliza se para acabamentos como pisos, paredes e ornamentações. (HAGEMANN, 2011).
As rochas sedimentares resultam da litificação de sedimentos que foram transportados pela água, vento ou gelo, e depositados em bacias de acumulação marginal ou interior. Esses sedimentos são resultados da desintegração e decomposição de rochas preexistentes, podendo estas serem ígneas, metamórficas ou sedimentares, que sofrem com a ação do intemperismo. (CHIOSSI, 2013).
As rochas sedimentares podem ser classificadas quanto aos tipos de sedimentos que lhes deram origem. Assim elas podem ser divididas em rochas clásticas, químicas ou até mesmo orgânicas como é o caso do carvão. As clásticas são o tipo mais comum de rochas sedimentares e são formadas por restos de outras rochas que se fragmentaram mecanicamente enquanto que as rochas sedimentares químicas são formadas pela decomposição (intemperismo químico) de outras rochas. (CHIOSSI, 2013).
O arenito é um exemplo de rocha sedimentar clástica, composta por grãos de sílica ou quartzo. Suas coras variam de branco a rosa/avermelhado dependendo das impurezas presentes em sua composição. Sua textura depende da granulometria e da compactação da rocha. Caso os grãos sejam mais finos e a rocha mais compacta, o arenito fica com uma textura mais lisa. O mesmo apresenta razoável resistência ao risco, resistência a ácidos, bases e ao ar salino. Graças a estas características são muito utilizados no revestimento de pisos e paredes, bastante aplicáveis em indústrias químicas, e para cobrir o exterior de construções próximas ao mar. Esta rocha ainda pode ser quebrada e utilizada para preencher diques e píeres em combinação com concreto ou asfalto. (HAGEMANN, 2011).
Um exemplo de rocha sedimentar química são os calcários. Eles são formados a partir do mineral calcita, que tem por composição química o carbonato de cálcio. Quando o mineral predominante é a dolomita a rocha calcária é denominada calcário dolomítico. Suas cores variam do transparente ao colorido, dependendo das suas impurezas. As principais impurezas são as sílicas, argilas, fosfatos, carbonato de magnésio, gipso, sulfato de ferro dolomita, matéria orgânica, entre outros. São formadas em regiões de águas rasas, claras e mornas. Podem apresentar texturas compactas, oolítica, pisolítica ou granular dependendo de suas condições de formação. Apresentam solubilidade sendo utilizados na indústria cimenteira, britados para utilização como agregado sólido para concreto, corretor de solo no caso do calcário pulverizado que neutraliza as condições ácidas do solo, entre outras aplicações. (HAGEMANN, 2011).
Referências
CHIOSSI, N. J. Geologia de engenharia. 3. ed. São Paulo: Oficina de textos, 2013.
BRANCO, Pércio de Moraes. Rochas. Disponível em: http://www.cprm.gov.br/publique/Redes-Institucionais/Rede-de-Bibliotecas---Rede-Ametista/Canal-Escola/Rochas-1107.html. Acesso em: 12 de dezembro 2016.
GODOY, Luiz Carlos. Apostila de Geologia: Rochas. Departamento de Geociência. Universidade Estadual de Ponta Grossa. Ponta Grossa.2005.
HAGEMANN, S. E. Materiais de construção básicos. Rio Grande do Sul: Instituto Federal Sul-Rio-Grandense, 2011. 143 p. Disponível em: . Acesso em: 12 dez. 2016. (Apostila).
MACHADO, Fábio Braz. Rochas. Disponível em: http://www.rc.unesp.br/museudpm/rochas/introducao.html. Acesso em 12 de dezembro 2016.
MACHADO, Fábio Braz. Rochas Metamórficas. Disponível em: http://www.rc.unesp.br/museudpm/rochas/metamorficas/metamorficas1.html. Acesso em 12 de dezembro 2016.
VETTORAZZI, Egon; RUSSI, Madalena; SANTOS, Joaquim C. Pizzutti dos.
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